• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Investimentos

Alexandre Schwartsman: ‘Não há um risco, e sim uma certeza de problema fiscal’

Economista vê a situação atual como a mais grave já vivida pelo Brasil do ponto de vista fiscal

Por Lucas Baldez

18/01/2021 | 4:40 Atualização: 15/01/2021 | 15:54

O economista Alexandre Schwartsman (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)
O economista Alexandre Schwartsman (Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)

Neste início de 2021, praticamente todas as atenções do mercado financeiro estão direcionadas ao processo de vacinação pelo mundo e às perspectivas de retomada econômica. Ao longo dos próximos meses, com a esperada imunização da população e a normalização das atividades, a política econômica do governo brasileiro voltará ao centro do debate. E o que dará o tom da cobrança será o risco fiscal do País.

Leia mais:
  • Onde Investir em 2021: As ações mais indicadas para o investidor
  • Índices de renda fixa golearam Ibovespa na última década. A história vai se repetir?
  • O que esperar da renda fixa para 2021?
Imagem de background da newsletter Imagem de background da newsletter no mobile
News E-Investidor

Assine a nossa newsletters e receba notícias sobre economia, negócios e finanças direto em seu e-mail

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Para o economista Alexandre Schwartsman, a discussão nem deve mais ser se há ou não um “risco”. O ex-diretor de assuntos internacionais do Banco Central, que atualmente comanda a consultoria Schwartsman & Associados, não tem dúvidas de que o Brasil terá problemas fiscais daqui a três ou quatro anos.

Apesar de outros momentos recentes de crise, Schwartsman aponta a situação atual como a mais grave do ponto de vista fiscal. Ele diz que, tanto com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como na transição para o governo de Lula e após o fim da presidência de Dilma Rousseff, o País conseguiu aprovar reformas que deram fôlego às contas públicas. “Hoje não temos isso no horizonte”, afirma.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

O ex-diretor do BC, que também foi economista-chefe dos bancos ABN Amro e Santander, não acredita na capacidade do governo do presidente Jair Bolsonaro de conduzir a agenda econômica prometida. Schwartsman diz que no curto prazo, por exemplo, seria essencial estender um auxílio emergencial mais reduzido e direcionado à parcela da população mais vulnerável: “O fim do benefício dará outro tranco na economia”.

No longo prazo, ele aponta como fundamentais as reformas tributária e administrativa, as medidas da PEC emergencial para ajudar estados e municípios, a lei de responsabilidade social proposta pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), entre outras ações. “Existe uma agenda. Está lá. É ir na prateleira, comprar e ter vontade de apresentar ao Congresso”, diz.

Confira, abaixo, a íntegra da entrevista com Alexandre Schwartsman:

“Existia uma perspectiva pré-pandemia de estabilização da dívida em um horizonte razoável. A pandemia matou de vez isso. Testou os limites da capacidade do governo, que já eram bastante estreitos

E-Investidor – Qual é o tamanho do risco fiscal hoje no País?

Alexandre Schwartsman – Antes da pandemia, havia uma perspectiva de recuperação econômica, de disciplina com a reforma previdenciária. Mas vemos uma mudança na trajetória do País. As expectativas de PIB são mais baixas do que imaginávamos. Só poderia mudar o rumo se fizéssemos as reformas necessárias para preservar o teto de gastos nos próximos cinco, seis anos.

Publicidade

Com a paralisia do governo no que diz respeito às reformas, a ausência de alternativas de política econômica, não é nem que há ‘risco’ fiscal, é uma certeza que teremos um problema fiscal. Nos próximos três, quatro anos, vamos enfrentar problemas fiscais.

E-Investidor – Já tivemos outros momentos delicados na história do Brasil. A situação atual é a mais grave pela qual já passamos ou houve momento mais crítico no que diz respeito ao ambiente fiscal?

Schwartsman – Tenho a impressão de que é a mais grave. Sempre tivemos momentos de crise. Do primeiro para o segundo governo FHC (Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente), por exemplo, fizemos uma transição para o regime de câmbio flutuante e um ajuste que não foi o ideal. Houve também uma transição delicada do governo FHC para o Lula. Mas o Lula aumentou o superávit.

Mais recentemente, após o segundo governo Dilma (Rousseff, ex-presidente), não houve exatamente um ajuste, mas teve o teto de gastos, revertendo algo que parecia mais grave. Conseguimos aprovar reformas que em algum grau melhoraram as contas públicas. Hoje não temos isso no horizonte. Então, a situação parece mais grave.

Publicidade

E-Investidor – A pandemia foi decisiva ou já caminhávamos para a mesma situação?

Schwartsman – Pesou bastante, agravou a situação. Existia uma perspectiva pré-pandemia de estabilização da dívida em um horizonte razoável. A pandemia matou de vez isso. Testou os limites da capacidade do governo, que já eram bastante estreitos.

Havia um plano de voo, fizemos a reforma da previdência e a PEC emergencial. Mas a situação ficou muito mais complicada. E o plano permanece o mesmo. Não conseguiram nenhuma ideia nova. É falta de imaginação. Ao longo desse caminho, o governo foi queimando as pontes com o Congresso. A aliança com o Centrão não faz parte de um plano de contribuição com reformas. Por um lado, temos a pandemia. E do outro, um governo que não mostra capacidade de avançar a agenda.

E-Investidor – Qual é a sua avaliação sobre a recente declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro, de que o Brasil está quebrado?

Publicidade

Schwartsman – Se for quebrado em não pagar as contas, não é verdade, pois o País está pagando. Se for porque não há espaço para mais nada no orçamento, sim. Tentando interpretar o que ele quis dizer, acredito que seja por não ter espaço no orçamento. Isso é verdade. Mas ele também estava respondendo sobre uma promessa de campanha, sobre a tabela do imposto de renda.

Conseguimos uma proeza: um orçamento de mais de um trilhão, mas o governo só pode usar 6% do total, que são os gastos discricionários, porque 94% são gastos obrigatórios.

E-Investidor – O governo vai conseguir privatizar as estatais prometidas, como Eletrobras e Correios, por exemplo?

Schwartsman – Claro que não. Não vai. Precisa ter um mínimo de competência no processo. Precisa contratar bancos, ver quanto vale. Petrobras, Banco do Brasil e Caixa estão fora. A Eletrobras estava no plano, mas não avançou. Quanto aos Correios ninguém fez nada e, provavelmente, não valem muita coisa. Temos um presidente que não compra a ideia e um ministro sem o mínimo de competência. Ficamos com a suposta competência do Tarcísio (Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura) no programa de concessões, mas a verdade é que avançamos muito pouco nas concessões.

“Tanto o aumento do desemprego como a arrecadação refletem o impacto da recessão propriamente dita. Não é uma crítica ao IBGE, mas nas circunstâncias atuais, a taxa ainda subestima o desemprego verdadeiro

E-Investidor – O desemprego chegou a 14,3% e já atinge 14,1 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE divulgados em dezembro referentes ao trimestre de agosto a outubro. Até que ponto a menor arrecadação de impostos contribui para esse cenário?

Publicidade

Schwartsman – Tanto o aumento do desemprego como a arrecadação refletem o impacto da recessão propriamente dita. Não é uma crítica ao IBGE, mas nas circunstâncias atuais, a taxa ainda subestima o desemprego verdadeiro. Muita gente saiu do mercado porque a perspectiva de emprego é ruim e pelo benefício do auxílio. Pode estar na casa dos 20 (o desemprego). Está refletindo um ‘trancaço’ que a economia sofreu. Verdade que caímos muito de fevereiro a abril. De lá para cá, não recuperamos o nível de emprego. Eram 94 milhões de pessoas empregadas em fevereiro e em outubro, 85,5 milhões, corrigindo a sazonalidade. Então, temos 8,5 milhões a menos trabalhando.

E-Investidor – Que medidas de curto prazo poderiam ser tomadas agora?

Schwartsman – No curto prazo, estender o auxílio, menor, mas mais localizado. O auxílio foi muito generoso comparativamente ao que podíamos pagar. Talvez não precisasse de R$ 600 para 68 milhões. Poderia ter sido mais focado em segmentos vulneráveis da população. O mercado de trabalho não se recupera. E o fim do auxílio vai dar outro tranco na economia.

E-Investidor – E de longo prazo?

Publicidade

Schwartsman – Para o longo prazo, precisamos de reformas administrativa e tributária e passar as medidas da PEC emergencial para estados e municípios poderem lidar com gastos excessivos de pessoal. Também envolve a proposta que está sendo encampada pelo Tasso Jereissati (senador pelo PSDB-CE), a lei de responsabilidade social, que conseguiria manter o nível de gastos e conter efeitos mais fortes sobre desigualdade e pobreza. Existe uma agenda. A agenda está lá. Não exige ser um gênio. É ir na prateleira, comprar e ter vontade de apresentar ao Congresso.

E-Investidor – Como a questão fiscal afeta os investimentos estrangeiros no Brasil e a bolsa de valores? Ou o problema já está precificado?

Schwartsman – Difícil dizer. O interesse do investidor estrangeiro está ligado à liquidez. Os juros estão baixos em praticamente todos os lugares. O Fed (banco central americano) vem mantendo os juros baixos, com o Banco Central Europeu na mesma toada. Além disso, neste momento, o investidor está disposto a tomar risco por conta da chegada da vacina.

Vejo a recuperação de mercado em cima disso. Antes da crise, o dólar estava a R$ 4 e agora está a R$ 5. Tenho a impressão de que a bolsa brasileira não é a melhor maneira de medir a questão do risco. O risco transparece muito mais no câmbio e na curva de juros.

“Tenho a impressão de que a bolsa brasileira não é a melhor maneira de medir a questão do risco. O risco transparece muito mais no câmbio e na curva de juros

E-Investidor – O que o investidor precisa ter em mente sobre o risco fiscal antes de investir? Que informações são mais relevantes neste momento não ter surpresas lá na frente?

Schwartsman – A informação relevante é: vou ter meu dinheiro de volta? Basicamente, é isso. Se recebe de volta e compra menos depois, é um problema. Se compra menos, ele perdeu dinheiro. No caso do investidor brasileiro, a questão é se o retorno cobre ou não a inflação. Para o estrangeiro, é se o retorno vai ser maior ou menor que o dólar no período. Se for menor, ele perde dinheiro. E a variação do dólar vai depender da percepção do risco fiscal. Se ele tiver a sensação de que o risco vai fazer o dólar disparar, não coloca dinheiro aqui.

E-Investidor – Os juros baixos costumam estimular os investimentos, mas as expectativas são de que a Selic, hoje em 2%, já comece a subir ainda em 2021. Isso pode desestimular os investimentos no País?

Schwartsman – Eu trabalho ainda com inflação abaixo da meta para este ano. Então, não há motivos para subir os juros logo. A meta para o ano que vem é a Selic em 3,5%. Já mostra que é preciso normalizar a política monetária. O compromisso de não subir os juros era de a inflação ficar abaixo da meta.

Não acho que vai ser um fim de mundo. Está absolutamente no preço. Trabalha-se com um juro médio, não pelo Focus, mas pela curva de DI, em 4% na metade de 2021 e de 5,75% na primeira metade do ano que vem. A questão para o empresário não é a Selic. Ele vai olhar para um horizonte de “X” anos e calcular se receberá o dinheiro de volta valendo a mesma coisa.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • ELET3
Cotações
02/07/2025 23h19 (delay 15min)
Câmbio
02/07/2025 23h19 (delay 15min)

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Imposto de Renda 2025: é possível saber em qual lote vou receber a restituição? Saiba como

  • 2

    Governo pode barrar o corte do IOF; vale antecipar a compra de dólar?

  • 3

    Ricos continuam a enriquecer, mas ‘vergonha do luxo’ muda hábitos de consumo

  • 4

    Dólar mais barato: veja as contas globais que cortaram o IOF e prometem reembolsos

  • 5

    Bolsa de Valores a 160 mil pontos? Veja as projeções dos bancos para o 2º semestre de 2025

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o As ações preferidas de bancos e corretoras para investir em julho de 2025
Logo E-Investidor
As ações preferidas de bancos e corretoras para investir em julho de 2025
Imagem principal sobre o 9 de julho: veja o que abre e fecha durante o feriado estadual
Logo E-Investidor
9 de julho: veja o que abre e fecha durante o feriado estadual
Imagem principal sobre o Vem feriado por aí: veja o que abre e o que fecha no dia 9 de julho
Logo E-Investidor
Vem feriado por aí: veja o que abre e o que fecha no dia 9 de julho
Imagem principal sobre o 10 pequenos luxos que podem atrapalhar seus planos de aposentadoria tranquila
Logo E-Investidor
10 pequenos luxos que podem atrapalhar seus planos de aposentadoria tranquila
Imagem principal sobre o 10 erros que impedem a classe média de subir para a classe média alta
Logo E-Investidor
10 erros que impedem a classe média de subir para a classe média alta
Imagem principal sobre o Investir é só para ricos? 3 ideias que derrubam esse mito
Logo E-Investidor
Investir é só para ricos? 3 ideias que derrubam esse mito
Imagem principal sobre o Aposentadoria ameaçada? Veja os 5 erros que muita gente comete sem perceber
Logo E-Investidor
Aposentadoria ameaçada? Veja os 5 erros que muita gente comete sem perceber
Imagem principal sobre o 4 perguntas para entender se suas finanças estão tão estáveis quanto parecem
Logo E-Investidor
4 perguntas para entender se suas finanças estão tão estáveis quanto parecem
Últimas: Investimentos
Menos ações, mais renda fixa: onde investir no restante do ano, segundo a EQI Research
Investimentos
Menos ações, mais renda fixa: onde investir no restante do ano, segundo a EQI Research

Corretora reduz alocação em ações após alta da Bolsa no 1º semestre e revisa para baixo target do Ibovespa; no longo prazo, otimismo se mantém

02/07/2025 | 16h31 | Por Luíza Lanza
Banco Inter entra na briga pelos clientes de cofrinhos digitais com o novo “Meu Porquinho por Objetivos”
Investimentos
Banco Inter entra na briga pelos clientes de cofrinhos digitais com o novo “Meu Porquinho por Objetivos”

Clientes poderão dar nomes às metas de investimento e juntar dinheiro de forma automática

02/07/2025 | 14h48 | Por Jenne Andrade
Qual o impacto de uma deportação de Elon Musk nas ações da Tesla?
Investimentos
Qual o impacto de uma deportação de Elon Musk nas ações da Tesla?

Conflito entre presidente dos EUA e o dono da Tesla preocupa, mas impacto é limitado a curto prazo

02/07/2025 | 14h08 | Por Manuela Miniguini
Dólar mais barato: veja as contas globais que cortaram o IOF e prometem reembolsos
Investimentos
Dólar mais barato: veja as contas globais que cortaram o IOF e prometem reembolsos

As instituições aguardavam a oficialização do decreto que derrubou as medidas do governo sobre o imposto

02/07/2025 | 14h00 | Por Beatriz Rocha
Ver mais

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

Logo do 'News E-Investidor'

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão e com os Termos de Uso.

Obrigado por se inscrever! A partir de agora você receberáas melhores notícias em seu e-mail!
notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador