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IPCA+: Boletim Focus projeta avanço da inflação; veja como ficam os títulos nesta segunda-feira

Alguns produtos do Tesouro Direto são vinculados ao índice que mede o avanço dos preços no País

IPCA+: Boletim Focus projeta avanço da inflação; veja como ficam os títulos nesta segunda-feira
Veja como títulos do Tesouro ficam com a projeção do Boletim Focus para a inflação (Imagem: Adobe Stock)

O Boletim Focus desta segunda-feira (29) trouxe nova aposta de avanço para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024. De acordo com o documento, que traz as projeções do mercado para os principais índices econômicos do País, a expectativa para o IPCA ao término deste ano passou de 4,05% para os 4,10%.

O Índice Geral de Preços (IGP-M), outro instrumento de medida da inflação, também foi revisto para cima no relatório de mercado emitido pelo Banco Central (BC): passou 3,49% para 3,52% em 2024.

Com as perspectivas colocadas pelo documento do BC, os títulos públicos vinculados à inflação devem ser impactados e ficam no radar de investidores brasileiros.

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Nesta manhã, às 9h35, o Tesouro IPCA+, com vencimento em 2029, oferecia rentabilidade anual de 6,41%. O título tem parte do rendimento atrelado à flutuação da inflação nacional e é utilizado por muitos investidores como forma de proteção contra a desvalorização da moeda (uma das consequências reais da inflação).

Outro ativo do Tesouro Direto, vinculado ao IPCA, com vencimento para 2035, oferece rendimento anual de 6,23%. O mesmo título, mas com recolhimento de juros semestrais, retorna ao investidor 6,26% ao ano. Pode ser atrativo para complementar renda. No entanto, no caso de resgate antecipado, o Tesouro Nacional garante a recompra pelo valor de mercado do produto.

Já o Tesouro Prefixado com vencimento para 2027, a título de comparação, oferece nesta manhã rentabilidade anual de 11,98%. O mesmo título, com vencimento mais distante, para 2031, devolve 12,28% aos investidores.

Por que o IPCA+ 6% chama a atenção de investidores?

A oportunidade é vista pelo mercado como rara. Por consequência, gera interesse e alvoroço entre aqueles que podem surfar essa onda. Isso porque o retorno é considerado como ‘juros de crise’. Em outras palavras, são taxas atrativas, especialmente a longo prazo, podendo ser aliadas para quem almeja um plano de aposentadoria, por exemplo.

Considerando os últimos cinco anos, foram poucos os períodos em que houve oferta de taxas reais pagando acima de 6% ao ano. A avaliação é da especialista em mercado de capitais, Jaqueline Kist. Ao comparar com títulos que retornam 1% ao mês, o ganho do IPCA+ 6% ganha os holofotes.

Um exemplo prático: o IPCA registrou variação mensal de 0,83% no começo deste ano, em fevereiro. O investidor que obteve ganho nominal de 1% ao mês auferiu, na realidade, lucro real de 0,17%. Na faixa dos 6% ao ano, oferecidos pelo Tesouro, o retorno real mensal fica em torno de 0,49% — acima da inflação e à frente do concorrente.

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É importante ressaltar que esses títulos do Tesouro entregam aquilo que prometem, desde que o investidor os mantenha até o vencimento. Sendo objetivo: que ele cumpra o contrato firmado. Ninguém está isento de contratempos e imprevistos financeiros que obriguem o investidor vender o título antes do tempo. Mas, nesses casos, as variações do mercado podem ser implacáveis e a chance de prejuízo é real.

Antes de adquirir qualquer produto no mercado, como o Tesouro IPCA+ é recomendada a busca por profissionais capacitados, da área de finanças. Além de apontarem o perfil de cada pessoa (e os ativos mais adequados), um assessor de investimentos pode ajudar a entender as necessidades e urgências que tem o cliente.