Banco BS2 lança serviço de gestão de carteiras offshore

O modelo de carteira administrada foi lançado em fevereiro deste ano. Na prática, ele consiste em montar uma estratégia de investimento personalizada para os clientes, respeitando cada perfil de risco, objetivos e fazendo os reajustes necessários conforme as movimentações de mercado.

Com a assessoria offshore, o banco busca ampliar o leque de aplicações na carteira das pessoas físicas, que antes era focada no mercado nacional. “Pela primeira vez, o cliente pode ter aplicações fora do país sem toda a complexidade burocrática de investir no exterior, além de obter uma consultoria que faça a gestão, tanto dos recursos que possuiu no BS2, quanto em outros bancos”, afirma Mauro Orefice, diretor de investimentos da BS2 Asset. O objetivo é ampliar as oportunidades de gestão no segmento private (clientes com grande patrimônio).

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Diferentemente da maior parte dos bancos digitais, voltados para os clientes de varejo, o BS2 busca atender um perfil ‘intermediário’ de investidores, com patrimônio de R$ 5 milhões. Ao todo, a BS2 Asset possui cerca de R$ 1 bilhão sob gestão, entre carteiras administradas e fundos.

De acordo com Orefice, a queda na taxa básica de juros (Selic) fez muitos investidores buscaram outras alternativas além da renda fixa doméstica. Somado a isso, o conjunto de ruídos políticos no Brasil foi outro motivador da migração por ativos estrangeiros.

“O PIB do Brasil é cerca de 2% do total mundial. Se você pensar em portfólio global, provavelmente não colocaria mais do que essa mesma porcentagem aqui. A diversificação geográfica, em mercados, classes e ativos é essencial”, destaca Orefice.

Custos da gestão

Para o serviço de gestão, é cobrada uma taxa de administração fixa atrelada ao montante de cada investidor ou núcleo familiar. O BS2 ressalta que a taxa de rebate, a comissão normalmente paga ao assessor, é reinvestida na carteira do cliente.

Segundo Orefice, a taxa pré-estabelecida evita que haja conflitos de interesse, induzindo que os clientes comprem determinados ativos geridos por instituições possivelmente parceiras. O banco digital alega que se houvesse uma taxa de performance, poderia ter conflito no caso da gestora aplicar ativos mais arriscados para clientes com perfil conservador pensando em lucrar mais.

“Quando o cliente percebe esses riscos e encontra um produto em que é feito com o foco em isentar interesses paralelos, ele não volta atrás dos produtos que não prezam por esse compromisso”, diz Orefice.

A casa reforça que acontecem casos em que a taxa de administração é anulada, já que os ganhos acabam voltando para a carteira de cada cliente – especialmente com clientes de perfil mais arriscado.

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