Clientes do BTG Pactual poderão investir diretamente nas moedas digitais bitcoin e ether no começo do próximo trimestre, conforme o maior banco de investimentos da América Latina reforça estratégia envolvendo essa crescente classe de ativos.
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“O BTG entendeu que havia uma grande oportunidade e lacuna no mundo de cripto“, disse André Portilho, responsável pela área de Ativos Digitais do BTG, que destaca ser o primeiro banco no país a dar acesso a esses ativos em suas plataformas.
Apesar da forte volatilidade das moedas digitais, bem como um ambiente regulatório ainda embrionário, um número cada vez maior de empresas começou a aceitá-las como meio de pagamento, sendo a rede de cinemas norte-americana AMC um exemplo recente.
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Neste ano, mesmo com a forte correção desde a máxima histórica em abril, quando encostou em 65 mil dólares, o bitcoin acumula valorização de mais de 60%, negociado na tarde da última sexta-feira ao redor de 47.300 dólares.
Para efeito de comparação, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, contabiliza no mesmo período um declínio em torno de 6%.
O acesso ao mercado cripto para os clientes do BTG Pactual digital e do BTG+ será disponibilizado de maneira gradual, por meio da nova plataforma do grupo, Mynt, focada 100% em criptoativos. E o plano é incluir outras moedas digitais ao longo do tempo.
“Teremos uma plataforma completa com ativos baseados em blockchain” afirmou Portilho, sem detalhar quais serão os novos ativos.
“De imóveis a benefícios, temos uma série de ativos que podem ser tokenizados. Vamos explorar isso de acordo com as demandas do mercado e principalmente, sempre de acordo com a regulação vigente.”
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Ele acrescentou que vários desses ativos digitais também estarão disponíveis nas demais plataformas do BTG, mas não no sistema de home broker – o acesso será feito pelos aplicativos e sites do BTG Pactual.
A liquidez das negociações, segundo o executivo, será feita pela própria Mynt, “assegurando preços competitivos com o mercado”.
A plataforma incluirá conteúdo com o objetivo de educar e informar os clientes sobre essa tecnologia em um segmento em que já atuam nomes como o Mercado Bitcoin.
“Acreditamos que isso, juntamente com todo o conteúdo educacional que vamos trazer junto, será não só um diferencial, como também vai ajudar no desenvolvimento do mercado”, afirmou.
Essa não é a primeira incursão do BTG no mundo de criptomoedas. Em 2019, o grupo emitiu o security token ReitBZ. Em abril deste ano, lançou um fundo de bitcoin.
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Portilho não mencionou os valores envolvidos no novo negócio, afirmando apenas que o investimento está sendo feito de forma gradativa.