Investimentos

Coinbase, a bolsa de criptos, prepara IPO na Nasdaq. Pode isso, Arnaldo?

Essa pode ser a primeira grande listagem de um concorrente direto da Nasdaq

Coinbase, a bolsa de criptos, prepara IPO na Nasdaq. Pode isso, Arnaldo?
O app da Coinbase, a bolsa de criptomoedas dos Estados Unidos (Foto: Tiffany Hagler-Geard/Bloomberg)
  • A bolsa de criptomoedas foi avaliada em mais de US$ 8 bilhões em 2018 após uma rodada de financiamento de US$ 300 milhões liderada pela Tiger Global Management
  • A receita da Coinbase mais do que dobrou no ano passado em relação a 2019, quando alcançou a lucratividade

(Crystal Tse/WP Bloomberg) – A Coinbase Global Inc., a maior bolsa de criptomoedas dos Estados Unidos, entrou com um pedido de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) por meio de uma listagem direta na Nasdaq. Essa decisão, espera-se, pode ser um momento revolucionário para a indústria das criptos.

A empresa não levantará nenhum produto da transação, disse a Coinbase em um documento apresentado à SEC, a comissão americana de valores mobiliários.

A oferta da Coinbase pode ser a primeira grande listagem na Nasdaq de um concorrente direto. Todos os anteriores, incluindo Spotify Technology, Slack Technologies, Asana e Palantir Technologies, foram listados na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse). A Roblox Corp., empresa de videogames online, também anunciou que está planejando uma listagem direta, depois de adiar seu IPO e levantar capital de forma privada.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Quando iniciou sua operação, em 2012, a Coinbase arrecadou mais de US$ 500 milhões de patrocinadores que incluem Andreessen Horowitz, Y Combinator e Greylock Partners, de acordo com seu site. A bolsa de criptomoedas foi avaliada em mais de US$ 8 bilhões em 2018 após uma rodada de financiamento de US$ 300 milhões liderada pela Tiger Global Management.

A receita da Coinbase mais do que dobrou no ano passado em relação a 2019, quando alcançou a lucratividade. A empresa reportou um lucro líquido de US$ 322 milhões sobre receita líquida de US$ 1,14 bilhão em 2020, em comparação com um prejuízo líquido de US$ 30 milhões sobre receita de US$ 483 milhões um ano antes. A empresa detém 43 milhões de usuários verificados, dos quais 2,8 milhões fazem transações na plataforma mensalmente, mostra o arquivo.

O Bitcoin estava sendo negociado em torno de US$ 50.000 na quinta-feira, 25 de fevereiro, depois de atingir a cotação máximo histórica de US$ 57.355 em 21 de fevereiro. As criptomoedas foram impulsionadas pela maré de estímulos monetários e fiscais destinados a combater o impacto da pandemia. A Coinbase disse que a maior parte de sua receita líquida deriva de transações em Bitcoin e Ethereum.

Entre os fatores de risco potenciais que podem afetar os planos de listagem, a Coinbase listou a natureza volátil das criptomoedas como a principal preocupação. “Se a demanda por esses ativos criptográficos diminuir e não for substituída por uma nova demanda por ativos criptográficos, nossos negócios, resultados operacionais e condição financeira podem ser afetados adversamente”, mostra o documento.

A Coinbase será listada sob o símbolo COIN. Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Allen & Co. e Citigroup estão assessorando a transação.

Publicidade

Informe seu e-mail

Faça com que esse conteúdo ajude mais investidores. Compartilhe com os seus contatos