- As eleições presidenciais nos Estados Unidos são um dos pontos que investidores globais devem acompanhar em 2024
- O tema aparece em destaque no relatório Year Ahead 2024, do UBS, a qual o E-Investidor teve acesso em primeira mão
- O documento explica a visão do banco sobre o cenário eleitoral e como isso deve impactar investidores
A continuidade ou o fim do ciclo de aperto monetário nas economias desenvolvidas, guerras em regiões produtoras de petróleo, China com perspectivas de crescimento menor e uma eleição presidencial nos Estados Unidos. Todos esses fatores fazem o UBS esperar por um “novo mundo” no relatório Year Ahead 2024 (“O ano a frente”, em tradução livre), a qual o E-Investidor teve acesso em primeira mão.
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O documento anual traz projeções econômicas e perspectivas para os investimentos, elencando quais devem ser os temas chaves do mercado e quais ativos o time de research do banco vê como oportunidade. Você pode ler todos os detalhes sobre o material nesta outra reportagem.
O ponto central no relatório é que investidores devem se preparar para este novo mundo, caracterizado por incertezas econômicas, instabilidades geopolíticas e profundas mudanças de tecnologia. E a política não vai ficar de fora.
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As eleições presidenciais dos Estados Unidos, as guerras em curso entre Israel-Hamas e Rússia-Ucrânia e a rivalidade entre os americanos e os chineses são destacados como fatores que devem afetar os mercados mundialmente. Investidores devem se preparar para crises de volatilidade política e considerar hedges (operações de proteção do portfólio), destaca o UBS.
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O principal dos pontos é a provável disputa entre o presidente democrata Joe Biden e o ex-presidente republicado Donald Trump nos Estados Unidos, marcada para novembro de 2024.
O relatório mostra que 70% das apostas do mercado indicam que Biden será o candidato democrata no pleito – uma porcentagem considerada “usualmente baixa”, dado que ele é o atual presidente, destaca o UBS. No lado republicano, 80% das apostas são para que Trump seja o candidato do partido, a não ser que obstáculos legais o impeçam de concorrer.
O UBS também chama a atenção para um Congresso dividido nos EUA, com republicados no controle do Senado e democratas, na Câmara. E é ai que está o risco de volatilidade. “Um Congresso dividido significaria que a legislação teria de ser aprovada numa base bipartidária. Isto reduziria a probabilidade de amplas reformas internas, como mudanças na política tributária ou de saúde, ou uma reversão dos gastos climáticos”, diz o relatório.
Olhando atrás
O documento do UBS traz ainda um histórico do desempenho do S&P 500, o principal índice acionário dos EUA, em anos eleitorais. Desde 1928, a pior performance da Bolsa de Valores em um ano eleitoral com vitória democrata foi uma queda de 14,8% no acumulado anual, frente a 9,1% de desvalorização no pior ano de vitória republicana.
Na ponta positiva, o melhor desempenho em ano eleitoral de vitória democrata registrou uma alta de 33,7% no S&P 500, atrás de uma alta de 37,9% no melhor ano de eleições com resultado favorável aos republicanos.
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Mas isso não significa que investidores devem se preocupar demais com o impacto das eleições nas carteiras. A performance média do S&P 500 em anos eleitorais é de 13,1% de valorização.
“Embora as eleições presidenciais dos EUA sejam importantes para a política interna e externa, a nossa investigação mostra que não têm um impacto garantido nos mercados. Nós recomendamos investidores expressam suas preferências políticas na votação e não em seus portfólios”, destaca o banco.