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- Pandemia da covid-19 afetou as bolsas ao redor do mundo e o setor de companhias aéreas foi um dos que mais sofreu com a crise
- Ação da Azul (AZUL4) acumula grande queda ao longo do ano, mas inverteu o sinal em novembro e subiu 68,60%
- Oito corretoras se dividem entre três recomendações de compra, três neutras e duas de venda
A pandemia da covid-19 impactou severamente as bolsas ao redor do mundo devido às severas medidas de isolamento social impostas para controlar a disseminação da doença. Com isso, os setores mais dependentes da circulação das pessoas foram muito prejudicados e ainda acumulam grandes quedas no ano, como é o caso das companhias aéreas.
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Azul (AZUL4) e GOL (GOLL4), possuem o 11º e 10º pior desempenho do Ibovespa até o fechamento do mercado desta quarta-feira (2), com desvalorização agregada de 30,47%, a R$ 40,52 e 31,66%, a R$ 25,15, respectivamente. Até aqui, o IBOV sobe cai 3,26% em 2020, aos 111.878,53 pontos.
Apesar do desempenho ruim até o momento, o sinal se inverteu em novembro e as duas ações se destacaram positivamente no período. No caso da Azul (AZUL4), o ativo avançou 68,60% no mês, com o melhor desempenho entre os papéis que compõem o IBOV. No período, o principal índice da B3 subiu 15,90%, o seu melhor novembro desde 1999. Já a Gol (GOLL4) cresceu 49,90% no mês passado.
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Neste cenário, o E-Investidor consultou oito corretoras para saber qual a recomendação para o papel depois do salto em novembro. Com três sugestões para “compra”, três “neutra” e duas “venda”, as casas de investimentos têm visões bem diferentes em relação à AZUL4. Confira:
Ágora Investimentos
- Recomendação: Neutra
- Preço-alvo: –
Justificativa: “Nossa recomendação Neutra é justificada por: um equilíbrio pouco atraente entre risco e retorno, os preços das passagens permanecem sob pressão e a negociação de ações a 8,6x EV/EBITDA 2021”, diz José Francisco Cataldo, head de Research da Ágora.
Goldman Sachs
- Recomendação: Compra
- Preço-alvo: R$ 39,10
Justificativa: “Vemos a empresa bem posicionada em um cenário de recuperação de demanda, com potencial ganho de market share. Reconhecemos, no entanto, que dada a recente alta, o upside está menor do que alguns meses atrás”, afirmam Bruno Amorim, Osmar Camilo e João Frizo, analistas do Goldman Sachs.
UBS BB
- Recomendação: Venda
- Preço-alvo: R$ 15,50
Justificativa: “Esperamos um começo de 4T20 e 1T21 com tendências positivas. Vemos, no entanto, a Azul com um valuation muito caro”, afirmam Rogerio Araujo, Nahan Silva e Andressa Varotto, analistas do UBS BB.
Easynvest
- Recomendação: Neutra
- Preço-alvo: –
Justificativa: “A ação segue muito volátil. Assim como caíram pelo medo, estão subindo, em grande parte, pela euforia. Por isso, é preferível aguardar por resultados em busca de uma melhor sinalização de que os impactos econômicos estão, de fato, caminhando para o fim”, dizem José Falcão C. Castro e Murilo Breder, analistas da Easynvest.
BTG Pactual
- Recomendação: Compra
- Preço-alvo: R$ 47
Justificativa: “A companhia reportou resultados mais fortes do que o esperado durante o terceiro trimestre deste ano e realizou um bom trabalho em termos de gestão”, dizem Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, analistas do BTG Pactual.
Ativa Investimentos
- Recomendação: Compra
- Preço-alvo: R$ 48,80
Justificativa: “Reconhecemos uma forte melhora em termos de RPK [demanda] e ASK [oferta] nos últimos quatro meses e observamos uma realidade menos anuviada para a empresa neste momento.
Ademais, sua estratégia de focar em rotas sem sobreposição fora do triângulo BSB-RIO-SAO, a chegada da alta temporada, a diminuição da expectativa de queima de caixa no 4T20, adoção de rígido controle de liquidez e de despesas nos fazem acreditar que os ativos da companhia podem se beneficiar do processo de retomada fomentado pelo desenvolvimento de vacinas e a normalização do fluxo de pessoas”, afirma Ilan Arbetman, analista da Ativa.
Warren
- Recomendação: Neutra
- Preço-alvo: –
Justificativa: “Os sinais de recuperação da economia estão consistentes e uma vacina já para o primeiro trimestre de 2021 torna a retomada dos setores mais afetados pela pandemia mais rápida. Essa expectativa se refletiu no movimento mais forte que observamos em novembro, principalmente para o setor da aéreas.
Acreditamos que a Azul fez ajustes importantes na sua estrutura operacional e financeira, o que permitiu a redução do risco a uma intensificação das consequências da pandemia. Vemos potencial nos próximos anos mas, efetivamente, a velocidade de difusão da vacina será definitiva na velocidade de recuperação da empresa”, diz Igor Cavaca, analista de investimentos da Warren.
Elite Investimentos
- Recomendação: Venda
- Preço-alvo: –
Justificativa: “Apesar da recuperação esperada do setor nos próximos trimestres – a qual parte já foi parcialmente precificada na alta das cotações das ações da Azul na últimas semanas – e do ainda bom desconto em suas cotações em relação aos preços pré-pandemia, não nos sentimos confortáveis em recomendar o posicionamento em suas ações no longo prazo.
Com ambiente econômico atual de recuperação ainda bastante frágil e dólar ainda alto, torna-se muito arriscado o investimento em ações deste setor. Acreditamos que existem outros setores menos voláteis que podem trazer uma relação risco-retorno mais vantajosa ao investidor”, afirma Alexandre de M. Marques Filho, analista da Elite.
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