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Investir em empresas que são boas pagadoras de dividendos pode ser uma forma de conseguir renda passiva com aplicações em ações. Essa é inclusive a estratégia seguida pelo maior investidor pessoa física brasileiro, Luiz Barsi Filho. O bilionário construiu seu patrimônio por meio da “carteira de ações previdenciária”, que busca investir em companhias sólidas e que distribuem proventos robustos para garantir renda de aposentadoria.
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Ao adotar essa técnica, é comum buscar dados no longo prazo para acompanhar a frequência e o volume de dividendos repassados pelas empresas nos últimos anos. Nesta reportagem, o Bora Investir, portal da B3, procurou ajudar os investidores nessa missão, trazendo um levantamento feito por Einar Rivero, consultor financeiro da Elos Ayta Consultoria.
O estudo elencou as ações que pagaram dividendos acima da taxa Selic (atualmente em 10,50% ao ano) nos últimos três anos. Para o cálculo, foi considerado o dividend yield (DY), um indicador que mostra os proventos pagos por uma empresa em relação aos preços de suas ações. Confira abaixo:
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As campeãs em rendimento de dividendos foram as ações da Petrobras (PETR4;PETR3), que tiveram as maiores medianas nos últimos 3 anos, com 38,85% e 38,54% de DY, com mínimo de 21,43% e 19,07%, respectivamente, nesse período.
A petroleira, junto com outras duas empresas da lista – Metalúrgica Gerdau (GOAU4) e Bradespar (BRAP4;BRAP3) –, têm seus resultados fortemente influenciados pelo desempenho de commodities, conforme explica Mônica Araújo, Estrategista de Renda Variável da InvestSmart XP.
“O bom desempenho nos últimos anos se deu pelo aumento do volume de produção e venda e consequentemente pelo lucro ao final do período. Além da política de distribuição de dividendos mais agressiva dessas empresas, há também os dividendos extraordinários”, aponta.
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No caso da Petrobras, Araújo destaca que a política de dividendos prevê a distribuição de 40% do fluxo de caixa livre do período. A destinação do restante é avaliada pelo Conselho de Administração (CA). Nos últimos anos, a estatal realizou distribuições extraordinárias, o que contribuiu para o elevado dividend yield, mas esse repasse extra não necessariamente vai ocorrer sempre.
No início de março, por exemplo, a petroleira chegou a anunciar que não pagaria os dividendos extraordinários aguardados pelo mercado. Com a reação negativa ao anúncio, a estatal voltou atrás e anunciou no final de abril a tão aguardada aprovação do pagamento de 50% dos R$ 43,9 bilhões em proventos extras que haviam sido retidos.
No terceiro lugar do pódio, ficou a Metal Leve (LEVE3), com DY de 17,81% de mediana. Araújo, da InvestSmart XP, destaca que, apesar de a empresa ter como política de dividendos o mínimo legal, a distribuição tem ficado acima do mínimo, dada a forte geração de caixa e o baixo nível de investimentos.
Já Bradespar e Metalúrgica Gerdau possuem política de distribuição de dividendos de 30% do lucro líquido ajustado, segundo a estrategista. Em função dos resultados recentes, ambas as empresas têm conseguido manter um repasse interessante de proventos. Araújo pontua ainda que, como a Vale é a principal investida da Bradespar, a distribuição de dividendos da holding tem relação direta com os pagamentos da mineradora.
No caso da BrasilAgro (AGRO3), que ficou no último lugar da lista, com DY de 12,72% de mediana, há forte dependência da evolução do preço das commodities agrícolas e eventualmente da alienação de ativos. “Portanto, é importante acompanhar qual realmente será a recorrência na distribuição e o que pode vir a ser dividendo extraordinário em função da venda de ativos”, afirma a estrategista da InvestSmart XP.
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Para conferir mais informações sobre as empresas que se destacam no pagamento de dividendos, é possível acessar esta reportagem do Bora Investir, portal da B3.
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