Investimentos

ETFs: como encontrar os melhores e aplicar a estratégia de Warren Buffett em sua carteira

Essa modalidade de investimentos atualmente faz parte da estratégia de investimentos do megainvestidor americano

ETFs: como encontrar os melhores e aplicar a estratégia de Warren Buffett em sua carteira
ETF atrelado ao Índice Teva Tesouro Selic teve tributação aumentada de 15% para 25% (Foto: Envato)

Os Exchange Traders Funds (ETFs) estão encontrando novas formas para fazer parte da carteira dos investidores. O Itaú lançou nessa primeira semana de junho um ETF de dividendos que paga proventos. O ativo teve sua oferta pública encerrada nesta quinta-feira (6). O Nubank também lançou um ETF de dividendos em setembro do ano passado, sendo que o roxinho foi o pioneiro do segmento de dividendos. Essa modalidade de investimentos atualmente faz parte da estratégia de investimentos do megainvestidor americano Warren Buffett.

Buffet possui dois ETFs na carteira. Ambos os ativos têm a mesma estratégia principal: seguir o desempenho do S&P 500, um índice composto por centenas das principais ações das Bolsas dos Estados Unidos. De modo geral, os ETFs tem esse comportamento, de seguir um indicador ou índice de forma idêntica e uniforme.

Seguindo essa linha, parece muito simples encontrar um ETF para investir, visto que ele apenas segue um índice de ações, dividendos ou renda fixa. No entanto, nem sempre é tão fácil como se imagina. Para Marilia Fontes, sócia da Nord Research, o investidor deve incialmente saber se o produto é aderente ao seu perfil de risco. “Não faz sentido um investidor que tem receio de ações aportar em um ETF que segue um índice de ações. O investidor deve ter esse autoconhecimento para não se frustrar”, diz Fontes em evento sobre ETFs do Itaú.

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Já Guilherme Cadanhotto, sócio do Grupo Primo, comenta que o investidor pessoa física também deve olhar para a aderência do fundo. O ideal é encontrar um ETF que tenha uma alta liquidez, pois o investidor pode comprar e vender no momento em que deseja, sem se preocupar se o dinheiro pode ficar parado e sem a possibilidade de resgate. “Essa questão é fundamental, principalmente para o investidor pessoa física. É justamente por isso que a compra de um ETF não é algo fácil, o ideal é sempre olhar tudo”, argumenta.

Fontes, por outro lado, lembra que a orientação para o investidor é ver se o ETF segue seu indicador da forma correta para evitar qualquer susto com o dinheiro aportado. “O mais interessante é buscar ETFs que seguem o seu índice definido de forma mais próxima possível. Se o investidor não se atentar a isso, ele pode até ficar traumatizado quando for resgatar o dinheiro e ver que o ETF não seguiu seu indicador de mercado”, aponta.

No caso da renda fixa, o recomendável para os investidores é aportar em ETFs se o investimento for de curto prazo para ganhar com a marcação a mercado. Já se o investimento for de médio e longo prazo com foco na rentabilidade final, o melhor é ir para os títulos do tesouro. “Isso acontece porque os ETFs de renda fixa não possuem vencimento e acompanham as variações do mercado”, diz Fontes.