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- Índices de S&P500 e de Nasdaq acumulam altas em agosto até o momento
- Isso porque as empresas seguem com estoques elevados, o que sugere uma redução do consumo dos norte-americanos
- Investidor precisa ter cautela antes de manter posição nas companhias listadas nas bolsas dos EUA
Os principais índices de mercado dos Estados Unidos acumulam ganhos nas últimas semanas, mas analistas consultados pelo E-Investidor alertam para os riscos de recessão que a economia norte-americana demonstra e que impactarão os ativos por lá.
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Segundo dados da Stratton Capital, os índices S&P 500 e Nasdaq encerraram o mês de julho com altas de 9,1% e de 12,35%, respectivamente, no acumulado mensal. Já neste mês de agosto, a performance chega a 8,9% para o S$P500 e 11,8% para o Nasdaq.
Apesar dos ganhos, o risco da economia norte-americana entrar em uma recessão econômica ainda permanece. Esta reportagem esclarece o que o investidor deve ficar atento antes de comprar ativos nos EUA.
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O gestor de investimentos da Stratton Capital, Marcelo Cabral, acredita que o momento de baixa da maior economia do mundo ainda está por vir. De acordo com ele, a demanda por produtos segue caindo no país e, por consequência, mantém os estoques das empresas elevados.
Desta forma, as perspectivas não devem ser de continuidade de ganhos semelhantes ao do mês anterior. Pelo contrário, as estimativas são que os preços das ações sofram ainda mais. “A tendência do mercado continua sendo de baixa por conta de dois motivos: do aumento da taxa de juros que ainda não chegou ao fim e da piora dos resultados das empresas em função da recessão econômica”, destaca Cabral.
Os riscos alertam para o investidor com posição nos Estados Unidos ou que pretende se expor ao mercado norte-americano mudanças nas estratégias de investimentos. Cabral aconselha ficar de fora do mercado de renda variável e esperar o cenário econômico dar sinais mais consistentes de recuperação.
“A gente está recomendando para os nossos clientes os investimentos de renda fixa em dólares porque estão mais atrativos do que a bolsa. Com o movimento de alta dos juros, os produtos de renda fixa ficaram mais atrativos”, acrescenta Cabral.
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No entanto, para quem deseja manter posição nos EUA ou até entrar no principal mercado do mundo, Arthur Siqueira, sócio-diretor da GeoCapital, ressalta que, além da escolha de bons papéis, os ganhos na bolsa de valores acontecem em uma perspectiva de longo prazo.
“O investidor que tem “estômago” para ficar no mercado ganha no longo prazo com as voltas que o mercado financeiro dá”, ressalta Siqueira. Nesta perspectiva, os investidores devem buscar empresas mais “resilientes” às volatilidades do mercado e que conseguem se defender da inflação além das companhias dominantes no segmento de mercado em que atuam.
“Estamos falando de empresas de luxo, como a Louis Vuitton. A Disney também tem uma base de ativos que só ela tem. Você não vê os preços dos ingressos do parque da Disney sendo revisados para baixo”, detalha Siqueira sobre algumas das companhias que se encontram no portfólio da gestora de investimentos.