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Alguns gestores de fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDCs) estão convocando assembleias para devolver os recursos aos seus cotistas por causa da falta de novos recebíveis de crédito para compor suas carteiras. “Isso está ocorrendo em vários fundos, eu mesmo essa semana, tive que participar de três assembleias para devolver o dinheiro aos cotistas”, diz Daniel Pegorini, CEO da Valora Investimentos.
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Ele explicou que a queda brusca da atividade econômica por causa da quarentena nos grandes centros urbanos está reduzindo a produção de recebíveis no curto prazo.
“Está acontecendo basicamente o que ocorreu quando da greve dos caminhoneiros em 2018. Aquilo gerou um aprendizado, se faz a assembleia para devolver o dinheiro, pois quando a carteira está ativa, rende CDI + 3%, CDI + 4% ao ano, mas se não tem papel, não rende nada”, exemplifica. “Não se trata de resgate ou de risco de inadimplência, o que estamos vendo é uma devolução de recursos aos investidores”, ressaltou.
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De acordo com dados do boletim diário de fundos de investimentos da Anbima divulgado na última sexta-feira (17), o segmento de FIDCs mostrou uma redução de R$ 3,266 bilhões em patrimônio no mês até último dia 14, sendo uma queda de R$ 112,6 milhões em FIDCs de fomento mercantil, e de R$ 3,126 bilhões em FIDCs de agro, indústria e comércio; e cerca de R$ 30 milhões da subcategoria Outros.
Com essa saída desses recursos das carteiras, o patrimônio total dos FIDCs ficou em R$ 189,8 bilhões em 14 de abril último. “Vamos ver uma redução das ofertas de novos FIDCs, exceto para casos muitos específicos do Agro, como um que estamos estruturando na área de transporte de grãos e oleaginosas do Centro-Oeste e Sudeste”, diz.
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