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FIIs de multipropriedade e loteamento devem se destacar em 2021

Esse tipo de ativo paga mais dividendos e tem melhores retornos

FIIs de multipropriedade e loteamento devem se destacar em 2021
Fazenda Boa Vista, um exemplo de empreendimento em um lote. Foto: Divulgação/Fazenda Boa Vista
  • Assim como as ações, os Fundos Imobiliários (FIIs) também têm setores específicos, como de logística e shopping
  • Especialistas do mercado afirmam que os Fundos Imobiliários de multipropriedades e loteamentos devem se destacar em 2021
  • Aplicação tem pagamento de dividendos e rentabilidade maior do que os outros segmentos do produto

Investir em Fundos Imobiliários (FIIs) é uma boa forma de diversificação para quem busca melhor rentabilidade e não quer ficar muito exposto à renda variável. O produto bateu seu recorde de cotistas e de volume negociado diariamente em 2020. Especialistas do mercado acreditam que o crescimento deve continuar neste ano e há setores de FIIs que podem se destacar.

Assim como há diferentes segmentos das empresas listadas na B3 (varejo, commodity, bancos, etc..), os fundos imobiliários também apostam em diferentes setores da economia, como logística, shopping, híbridos, multipropriedade e por aí vai.

Um levantamento da Ativa Investimentos aponta que os FIIs que devem entrar nos holofotes do investidores em 2021 são os do segmento de multipropriedade e loteamento. Segundo dados da corretora, estas aplicações pagaram dividendos acima da média do IFIX nos últimos 12 meses, de 6,41%, contra 9,36%.

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De acordo com a Hedge Investments, estes fundos também são mais rentáveis. Enquanto o IFIX teve retorno de -10,2% no ano passado, os fundos de Recebíveis Imobiliários caíram 0,1% no período.

Entre janeiro e dezembro de 2020, estes fundos realizaram captações. Os sete que obtiveram os maiores números somam cerca de de R$ 1,4 bilhão.

Confira os FIIs de multipropriedade e loteamento que mais captaram no período

Fundo Captação (R$ milhão)
Iridium Recebíveis (IRDM11) R$ 442
Hectare CE (HCTR11) R$ 359
Devant Recebíveis (DEVA11) R$ 204
TG Ativo Real (TGAR11) R$ 171
Mérito Desenvolvimento Imobiliário (MFII11) R$ 85
Banestes Recebíveis (BCRI11) R$ 80
Tordesilhas FII (TORD11) R$ 60

Fonte: Ativa Investimentos

O que são FIIs de multipropriedade e loteamento

Os FIIs deste segmento são basicamente fundos de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) lastreados para empreendimentos imobiliários de multipropriedades ou em lotes residenciais/comerciais. Dessa forma, o produto gera renda mensal isenta de imposto de renda para seus cotistas.

“O investidor dá crédito ao empreendedor e o fundo recebe mensalmente, semestralmente ou anualmente dos vários CRIs que têm nele e repassa para os cotistas”, diz Mário Campos, analista de Fundos Imobiliários da Ativa Investimentos, ressaltando que por este motivo o dividend yield desse produto é maior do que a média.

Ao contrário dos tradicionais fundos de tijolo, em que o investidor adquire cotas de um conjunto de imóveis, este FII representa uma promessa de pagamento futuro com juros do empreendedor que tomou o empréstimo. Então, os fundos de multipropriedade e loteamento são uma mistura de renda fixa com variável, pois os investidores ficaram sujeitos aos pagamentos já acordados e também da variação da cota do fundo.

Por que a perspectiva deles é positiva?

Neste cenário, os especialistas ressaltam que essa forma de financiamento para empreendimentos imobiliários deve continuar crescendo em 2021, o que vai impulsionar os FIIs de multipropriedade e loteamento. “Existe uma demanda e uma atratividade para o setor”, afirma Roberto Sampaio, sócio-diretor da Empírica Real Estate.

Campos salienta que a demanda e atratividade são grandes, porque é mais vantajoso para os empreendedores levantar os recursos via CRI do que por meio de empréstimo de bancário e, para os investidores, o produto gera pagamentos de dividendos relevantes. “Além disso, com a perspectiva da Selic voltar a subir neste ano, os prêmios vão ficar ainda maiores”, diz o analista da Ativa.

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Apesar disso, a aplicação é mais arriscada do que os outros tipos de FIIs, já que o ativo ainda não existe e o investidor fica sujeito a problemas durante a construção e o início da operação do local. “Por isso é importante aplicar em um fundo pulverizado e que tem CRIs de empresas financeiramente sustentáveis”, pontua Campos.

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