A Fundação Bill e Melinda Gates é uma das maiores entidades sem fins lucrativos do mundo. Mas por trás da organização, criada pelo dono da Microsoft (MSFT34), Bill Gates, e sua ex esposa, está o BMG Foundation Trust, fundo responsável por administrar as doações recebidas pela instituição.
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No período de 3 anos (finalizado em março de 2024), o BMG Foundation Trust registrou rendimento de 47%, chamando a atenção de investidores de todo o mundo. A título de comparação, no mesmo recorte de tempo, o S&P 500 obteve retorno de 32%. E grande parte disso se deveu apenas a duas boas escolhas feitas pelo fundo.
Até março deste ano, o portfólio do fundo de Bill Gates (equivalente a US$ 46 bilhões) contava com 50% de seus investimentos alocados nos papéis da Microsoft – equivalente a 34% – e da Waste Management (W1MC34) – correspondendo a 16% do total.
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A Microsoft é um dos maiores destaques no fornecimento de softwares, além de ser a segunda maior provedora de serviços de infraestrutura e plataforma em nuvem. Hoje, o market cap – valor da empresa com base na somatória de todas as ações da companhia a preço atual – da gigante está avaliado em nada menos do que US$ 3,3 trilhões, com papéis negociados na faixa dos US$ 440.
Analistas e operadores de Wall Street esperam que a empresa do bilionário Bill Gates aumente seus lucros anuais em 14%, dentro dos próximos três a cinco anos, segundo apuração feita pelo portal gringo The Motley Fool. No acumulado de 12 meses, as ações da gigante acumula valorização acima de 28% na Nasdaq. Só em 2024, a alta é superior aos 17%.
Os números são ainda mais favoráveis se analisados os Brazilian Depositary Receipts (BDRs, títulos emitidos no Brasil que representa uma ação de empresa aberta sediada no exterior) da companhia: valorização de quase 53% no acumulado de um ano e de quase 37% só neste ano, considerando os dados desta quarta-feira (24).
Quem é a Waste Management do fundo de Bill Gates
Em termos de receita, a companhia é a maior prestadora de serviços no setor de coleta e descarte de resíduos na América do Norte. A empresa controla cerca de 28% dos aterros sanitários estadunidenses.
O momento positivo que vive a empresa está, em partes, atribuído ao serviço essencial que ela presta. A Waste Management superou o S&P 500 em uma média de dez pontos porcentuais durante os períodos de baixa nos mercados, desde o ano 2000.
A companhia reportou resultados mistos no primeiro trimestre. A receita aumentou 5,5% para US$ 5,2 bilhões, ficando abaixo do esperado paras as vendas, de 6,7%. Ainda assim, analistas e investidores de Wall Street esperam que a Waste Management apresente aumento nos lucros por ação em 12%, dentro dos próximos três a cinco anos.
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A empresa de coleta e descarte de resíduos acumula valorização de 29% nos últimos 12 meses, na Bolsa de Nova York (NYSE, na sigla em inglês) e acima de 22% desde o início de 2024. Já os BDRs da Waste Management apresentam ganhos de 50% no acumulado dos últimos 12 meses e 42% só neste ano.
Os papéis da companhia, que constam do portfólio da BMG Foundation Trust, de Bill Gates e Melinda Gates, eram negociados a US$ 218, no final da manhã desta quarta-feira (24).
