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A qualidade dos portfólios dos fundos imobiliários e a proximidade do fim do ciclo de juros no Brasil garantiram uma recuperação em massa da indústria no primeiro semestre de 2025. Como mostramos nesta reportagem, o Ifix – índice de referência para a classe de ativos – registrou a maior alta semestral nos últimos seis anos. O fôlego desperta o interesse dos investidores pessoa física que buscam aproveitar a ‘maré alta’ dos ativos, enquanto os institucionais, empresas ou entidades que administram recursos de terceiros, mostram quais são os seus FIIs preferidos.
Como mostramos nesta reportagem, dados mais recentes do Clube FII, enviados ao E-Investidor, mostram que esse público investiu cerca de R$ 7,6 bilhões no primeiro trimestre do ano em 41 dos 117 FIIs que compõem a carteira teórica do Ifix.
Os números consideraram apenas as alocações do primeiro trimestre deste ano devido ao prazo que os fundos de investimentos possuem para disponibilizar a composição das suas carteiras ao mercado.
Veja os FIIs com as maiores alocações de investidores institicionais
Fundos imobiliários | Volume aplicado |
Kinea Índices de Preços (KNIP11) | R$ 436,5 milhões |
Capitânia Shoppings (CPSH11) | R$ 340,9 milhões |
RBR Logística (RBRL11) | R$ 319,9 milhões |
Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11) | R$ 281,5 milhões |
RBR Crédito Imobiliário Estruturado (RBRY11) | R$ 275,4 milhões |
BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCI11) | R$ 268,1 milhões |
VBI Reits Multiestratégia (RVBI11) | R$ 248,2 milhões |
Tivio Renda Imobiliária (TVRI11) | R$ 242,3 milhões |
Capitânia Securities II (CPTS11) | R$ 238,6 milhões |
Hedge Brasil Shopping (HGBS11) | R$ 228,9 milhões |
Fonte: Clube FIIs/*Dados referentes às alocações do 1º trimestre de 2025 |
O Kinea Índices de Preços (KNIP11) surge como o principal destino dos recursos dos investidores entre os FIIs listados no Ifix. O levantamento mostra que esse grupo alocou mais de R$ 436 milhões no KNIP11 nos três primeiros meses do ano. A preferência tem seus motivos. O FII é relevante no segmento de recebíveis com um patrimônio líquido de R$ 7,38 bilhões e mantém uma estratégia de investimento mais voltada para Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) indexados à inflação.
Para bancos de investimentos e corretoras, o KNIP11 possui estrutura sólida de garantias e devedores com boas notas de crédito, o que reduz o risco do portfólio em temos de Selic a dois dígitos. Por essas características, BTG Pactual, o RB Investimentos e o Itaú BBA Investimentos incluíram as cotas do fundo nas suas carteiras recomendadas para julho.“Com uma carteira diversificada, apenas dois CRIs possuem mais de 4% de participação no portfólio consolidado e o risco de crédito das operações, no geral, é baixo”, ressalta o BBA.
O Mauá Recebíveis Imobiliários (MCCI11) também está entre os preferidos dos grandes investidores da bolsa, com uma alocação de R$ 281,5 milhões. E assim como o KNIP11, o FII é visto como um bom ativo para se ter na carteira em julho. A Genial Investimentos, por exemplo, diz que o MCCI11 possui um portfólio com bons devedores, além de possuir aproximadamente 75% do seu portfólio, com uma participação de mais de 50% nos CRIs que investe.
“Acreditamos que o fundo negocia com um desconto exagerado para o grau de risco do seu portfólio. Fundos que possuem perfil de risco semelhante (como KNIP) negociam próximos a 1x P/VP, e acreditamos que o fundo deva convergir para um patamar semelhante”, justificou a Genial na sua recomendação de compra. A indicação também é acompanhada pela Empiricus e pelo Santander.
O mercado também enxerga oportunidade de investimento nas cotas do BTG Pactual Fundo de CRI (BTCI11), que captou R$ 268,1 milhões dos investidores institucionais.
Para analistas do BTG Pactual, o fundo possui uma carteira de crédito pulverizada, com devedores de baixo risco e boas estruturas de garantiras para casos de inadimplência. “O fundo possui estratégia de alocação híbrida, visando investir em CRIs indexados à inflação e ao CDI”, justifica o BTG a sua recomendação. O Capitania Securities (CPTS11), Hedge Brasil Shopping (HGBS11) e RBR Crédito Imobiliário Estruturado (RBRY11) também estiveram entre as recomendações de bancos e corretoras, consultados pelo E-Investidor.
Confira a recomendação do mercado para os FIIs preferidos dos investidores institucionais
Fundo imobiliário | Volume aplicado | Recomendação |
Kinea Índices de Preços (KNIP11) | R$ 436,5 milhões |
RB Investimentos, Itaú BBA e BTG Pactual
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Mauá Recebíveis Imobiliários (MCCI11) | R$ 281,5 milhões |
Empiricus Research, Genial Investimentos e Santander
|
BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCI11) | R$ 268,1 milhões | BTG Pactual |
Capitânia Securities II (CPTS11) | R$ 238,6 milhões |
Terra Investimentos
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Hedge Brasil Shopping (HGBS11) | R$ 228,9 milhões | BTG Pactual |
RBR Crédito Imobiliário Estruturado (RBRY11) | R$ 275,4 milhões | BTG Pactual |
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