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Urânio entra no radar dos investidores; saiba como investir

Mercado ainda é pouco explorado, mas está em tendência de crescimento

Urânio entra no radar dos investidores; saiba como investir
Usina Nuclear Doel, na Bélgica. Foto: Envato Elements
  • Em setembro, o governo federal criou a ENBpar, empresa focada no desenvolvimento do setor no País
  • “Embora energia solar e eólica sejam essenciais como produtoras de energia limpa por não ter emissão de carbono, elas são dependentes de fatores naturais externos. A exploração de urânio pode acontecer de forma ininterrupta com alta eficiência”, aponta especialista.
  • As aplicações nesse tipo de investimento são estratégias que contribuem para a diversificação do portfólio dos investidores

As aplicações em urânio estão no radar dos investidores pela capacidade de entrada em um mercado ainda pouco explorado, mas com tendência de crescimento. Embora possa ser considerada parte da estratégia ESG, é necessário reconhecer que há riscos.

Em setembro deste ano, foi divulgado o decreto (Nº 10.791) anunciando a criação da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar), companhia pública organizada sob a forma de sociedade anônima vinculada ao Ministério de Minas e Energia. O processo acontece conforme previsto na Lei nº 14.182/21, que estabelece as regras para a desestatização da Eletrobras (ELET6).

De acordo com Eduardo Grübler, analista de investimentos da Warren, a nova estatal é reflexo de um passo importante na produção de energia nuclear, obtida a partir do urânio. “Embora energia solar e eólica sejam essenciais como produtoras de energia limpa por não ter emissão de carbono, elas são dependentes de fatores naturais externos. A exploração de urânio pode acontecer de forma ininterrupta com alta eficiência”, aponta.

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Ainda segundo o analista, projetando a necessidade energética atual para os próximos anos, mesmo sem considerar a tendência de aumento do uso de aparelhos eletrônicos, a produção de energia proveniente do urânio é essencial para diminuir a dependência de fontes de energia não sustentáveis ou vinculadas à variação climática, o que torna o elemento uma das melhores apostas de investimento para o médio e longo prazo.

André Campos, head da Mesa de Operações Estruturadas da Ativa, explica que a cadeia de exploração é feita em três processos: exploração, desenvolvimento e produção.

Enquanto no primeiro é feito um trabalho de geologia em busca de fontes e potencialidades, o segundo é feito o desenvolvimento do negócio e avaliação de custos. Por fim, a produção compra o projeto da desenvolvedora e coloca em prática até vender para as usinas nucleares, que transformam em energia.

Segundo o especialista da Ativa, por conta dos altos custos e projeções atrativas, o oferecimento de ativos para investidores é um objetivo da corretora.

Urânio é ESG?

Grubler chama atenção para o movimento da Finlândia em busca de incluir o urânio como título sustentável dentro da União Europeia. Embora o elemento em si não seja perigoso, os resíduos da produção de energia podem gerar fortes danos.

Segundo o analista da Warren, a tecnologia atual é completamente diferente da utilizada em 1986, quando houve o desastre de Chernobyl. Além disso, ele afirma que não há possibilidade de produzir energia limpa suficiente sem utilização do elemento. “Existe um certo medo da sociedade em geral, em qualquer lugar do mundo, sobre as consequências. Entretanto, isso vem mudando com a aceleração tecnológica utilizada na exploração e com a percepção da eficiência dessa fonte”, complementa Grübler.

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Já Campos aponta que o risco de danos ambientais e sociais não podem ser menosprezados, pois o impacto pode ser de elevada grandeza, especialmente porque ainda não existe um direcionamento claro para resíduos radioativos. Apesar disso, ele reconhece a evolução tecnológica de exploração do urânio.

Como investir?

De acordo com Grubler, a compra de ações de empresas exploradoras é a forma mais direta de investir em urânio. Além disso, existe a possibilidade de aplicar por meio de Fundo de Índice (ETF, na sigla em inglês), como o Global X Uranium ETF (URA) e o North Shore Global Uranium Mining ETF (URNM). Este último integra a estratégia do fundo Warren Green.

Além da possibilidade de investir por meio de ações e ETFs, a Ativa lançou um Certificado de Operações Estruturadas (COE), no qual investe na Cameco Corporation (NYSE: CCJ) por meio do banco BNP Paribas. A aplicação inicial é de R$ 1 mil com vencimento em três anos.

Segundo Campos, por ser um tipo de ativo com capital protegido, o investidor não perde, o que une a segurança de renda fixa, mas com projeção de rentabilidade de renda variável. Neste COE, a expectativa é que o retorno pode chegar a 80% até o fim do vencimento.

“Por ser COE, o investidor pode estar exposto a um ativo sem espaço para perdas, visto que se o ativo se desvalorizar, o investidor receberá todo o capital inicialmente investido. Mas caso o COE valorize, o investidor recebe o capital investido e, na Ativa, mais duas vezes a variação positiva do ativo limitado a 40% no período”, explica Campos

Outra opção ainda é o Vitreo Urânio FIM, fundo que investe diretamente no preço da commodity. Lançado no início deste ano, o fundo tem aporte inicial mínimo de R$ 100.

10 principais empresas do setor
Cameco Corporation (NYSE: CCJ)
Ur-Energy Inc (NYSE: URG)
NexGen Energy Ltd (NYSE: NXE)
Rio Tinto Group (NYSE: RIO)
BHP Group (NYSE: BHP)
Uranium Energy Corp (NYSE: UEC)
Energy Fuels Inc (NYSE: UUUU)
Denison Mines Corp (NYSE: DNN)
Lightbridge Corporation (NASDAQ: LTBR)
Uranium Royalty Corp (NASDAQ: UROY)
Fonte: Yahoo Finance

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