- Levantamento realizado pela Economatica considerou as ações em que ela informou ter posição durante entrevista ao podcast Tubacast, publicado em 20 de janeiro
- Barsi informou durante a entrevista que sua estratégia de investimentos é “bastante balanceada em termo de BESST”, que consiste em bancos, energia, saneamento, seguros e telecomunicações
- Seus investimentos valorizaram 9,29% neste ano e 0,67% nesta semana
Investidora e conselheira de diversas empresas listadas na B3, como IRB Brasil (IRBR3), Santander e Klabin (KLBN11), Louise Barsi viu sua carteira decolar em 2023. Seus investimentos valorizaram 9,29% neste ano e 0,67% nesta semana (de 6 de fevereiro a 10 de fevereiro).
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O levantamento realizado pela Economatica considerou as ações que ela informou ter posição, em entrevista ao podcast Tubacast, publicada no dia 20 de janeiro. Barsi disse ter alocações em BB Seguridade (BBSE3), Taurus (TASA4), Santander (SANB3), Banco do Brasil (BBAS3) e Taesa (TAEE11).
O estudo considerou que a investidora tem a mesma posição em todas as ações. O E-Investidor procurou-a para saber os pesos dos papéis no portfólio, mas Barsi optou por não dar maiores informações.
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Ela também informou durante a entrevista que sua estratégia de investimentos é “bastante balanceada em BESST”, sigla que representa os setores bancários, energia, saneamento, seguros e telecomunicações. Suas alocações são 70% em previdenciárias e 30% em oportunidades.
“O primeiro termo corresponde às empresas mais menos instáveis ao longo do tempo, o segundo são companhias que podem se valorizar no curto prazo”, explica Bruno Madruga, sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos.
Segundo o especialista, esse estilo de carteira é para quem espera receber dividendos das companhias mais resilientes e, ao mesmo tempo, surfar em boas oportunidades no curto prazo.
Veja como foi o desempenho dos papéis neste ano:
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O E-Investidor conversou com especialistas para entender quais foram os motivos que afetaram cada ação separadamente. Veja abaixo:
- BB Seguridade (BBSE3) – valorizou 6,64% no ano, mas desvalorizou 1,24% na semana
Luis Novaes, analista da Terra Investimentos, afirma que o bom resultado do BB Seguridade era esperado pelo mercado. “Todos os segmentos da companhia tiveram influência positiva sobre os resultados da empresa”. A companhia encerrou 2022 com lucro líquido de R$ 6 bilhões, valor 53,7% maior que 2021.
A Brasilseg, por exemplo, se mantém com o maior fator contribuinte para o desempenho, contando com índice de sinistralidade ainda melhor em relação aos últimos meses, devido à redução de reivindicações do setor agrícola e menor casos de mortes relacionados à covid-19. “Dois fatores que prejudicaram os resultados da empresa em 2021”, afirma o especialista.
A BB Corretora também demonstra evolução, com maior volume de receitas a partir de corretagem. “Os resultados financeiros foram favorecidos pelos altos juros básicos brasileiros e ajudaram a seguradora a registra seu melhor resultado na história”, diz Novaes.
- Taurus (TASA4) – valorizou 13,56% no ano, mas desvalorizou 4,71% na semana
Segundo Malek Zein, analista de ações da casa de análises do TC, não houve nenhum motivo específico pelo desempenho da Taurus neste ano. “A ação é simplesmente volátil”. O especialista diz apenas que as expectativas para o balanço do 4º trimestre de 2022 e o 1º de 2023 são positivas, o que pode gerar bons dividendos aos acionistas, e assim, chamar a atenção dos investidores neste começo de ano.
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“Os bons resultados devem ocorrer porque houve um aumento na intenção de compra de armas nos EUA e os dados do Exército de novos registros de armas no Brasil também foram fortes”, diz o especialista.
- Santander (SANB3) – valorizou 2,23% no ano e 5,52% na semana
Guilherme Ishigami, broker da RJ Investimentos, diz que o Santander teve um balanço financeiro abaixo do esperado pelo mercado, o que derrubou as ações na última semana. A instituição financeira teve lucro líquido gerencial (quando se exclui o ágio de aquisições) de R$ 1,689 bilhões. O montante representa uma queda de 56,5% em relação ao mesmo período de 2021 e de 45,9% em relação ao terceiro trimestre de 2022.
Porém, nesta semana, segundo o especialista, o mercado corrigiu a cotação do papel, assim como o do setor bancário como um todo, o que ajudou a companhia a se valorizar. “Esse reajuste de preços ocorreu porque os resultados dos bancos vieram acima do esperado”
- Banco do Brasil (BBAS3) – valorizou 16,24% no ano e 2,98% na semana
Carlos André Vieira, analista-chefe do TC, diz não haver nenhum motivo pela alta do Banco do Brasil. Ele diz apenas que “talvez exista um reflexo no curto prazo dado os bons balanços financeiros apresentados por outras instituições financeiras”. O BB divulgará seu resultado na próxima semana.
- Taesa (TAEE11) – valorizou 7,76% no ano e 0,81% na semana
O desempenho da Taesa, segundo Ricardo França, analista da Ágora Investimentos, é dado o fato de a Bolsa de Valores brasileira estar volátil neste começo de ano. “Para se proteger da variação, o investidor procura ações que sejam mais resilientes, como o setor de distribuição de energia”, diz o especialista. A Taesa, por exemplo, tem contratos de longo prazo, trazendo uma maior previsibilidade sobre seus resultados operacionais e financeiros.