O que este conteúdo fez por você?
- Com grande variedade de produtos e gestoras, mercado de fundos de investimentos apresenta boas oportunidades para os investidores
- Indústria soma captação líquida de mais de R$ 126 bilhões até o fim de novembro deste ano
- Levante Advice foi lançada com o objetivo de ajudar os investidores a escolherem os melhores fundos
- Felipe Bevilacqua, CIO da Levante Advice, afirma que plataforma é um hub com diversas informações sobre o produto para os investidores
O mercado de fundos de investimentos apresenta boas oportunidades para os investidores brasileiros. Com extensa variedade de produtos (fundos de ações, renda fixa, de previdência, multimercado, moedas, entre outros) e grande quantidade de gestoras, trata-se, hoje, da principal porta para quem quer iniciar no mundo dos investimentos.
Segundo dados da B3, há mais de 6.900 fundos que fazem parte desta indústria e de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a captação líquida desta modalidade foi de R$ 126,8 bilhões até o fim de novembro deste ano e, pela primeira vez desde julho, todos os tipos de fundos de ações tiveram retorno mensal positivo.
Em mercado desta escala, muitos investidores acabam encontrando dificuldades na hora de escolher em qual fundo investir. É com o objetivo de facilitar este processo que surgiu a Levante Advice. “Somos um hub de fundos onde oferecemos notícias, comparadores, buscadores, simulações e análises sobre os produtos”, diz Felipe Bevilacqua, CIO da plataforma.
Em entrevista exclusiva ao E-Investidor, Bevilacqua contou sua visão sobre a indústria de fundos e mais detalhes sobre a Levante Advice. Confira os principais trechos:
E-Investidor: Qual o tamanho do mercado de fundos no Brasil?
Felipe Bevilacqua – O mercado de fundos é muito grande no País e ele é a principal entrada dos investidores para muitas classes de produtos. O grande ponto de mudança que ajudou a fomentar esse mercado foi a abrupta redução da Selic até 2% ao ano.
Isso porque os fundos são uma forma menos complexa de resolver o problema de rentabilidade dos investidores. Afinal, o produto facilita o acesso a estratégias que são difíceis de serem colocadas em prática por pessoas físicas.
É uma indústria que já cresceu bastante nos últimos anos e vai crescer ainda mais daqui para frente.
Para quem os fundos são indicados?
O fundo deve estar presente na carteira de todos os investidores. O quanto ele vai ter peso na carteira varia do perfil de cada pessoa, mas é muito importante ter o produto no portfólio. Até para os investidores mais experientes é interessante, pois trata-se de uma aplicação complementar.
Como existem fundos dos mais variados ativos, eles são importantes para a diversificação. Por exemplo, um fundo multimercado macro opera libra, rublo, dólar, euro, lira turca e um investidor não consegue negociar tudo isso sozinho.
O que é a Levante Advice e como ela funciona?
Somos um hub de fundos, onde oferecemos notícias, comparadores, buscadores, simulações e análises sobre os produtos. Abrimos a carteira do fundo para que a pessoa veja exatamente em quais ativos está se expondo e a porcentagem do peso deles no portfólio da gestora.
Além disso, também há uma rede social lá dentro, chamada My PM Follow, onde os investidores podem seguir e interagir com seus gestores preferidos. Toda a plataforma é completamente gratuita e qualquer pessoa pode acessá-la.
Dessa forma, trazemos informações que não são cedidas aos investidores para que eles escolham os fundos com base em sua qualidade e não puramente com base no retorno dos últimos 12 meses.
Quantos fundos há na plataforma e como eles são selecionados?
Temos cerca de 2 mil fundos analisados, que são quase todos os que estão disponíveis na maioria das corretoras para o varejo. Nosso filtro para selecioná-los são: ter mais de R$ 50 milhões de patrimônio sob gestão, mais de 50 cotistas, mais de 12 meses e não ser restrito.
Nosso objetivo é chegar no final do primeiro trimestre de 2021 com análise de todos os fundos disponíveis por qualquer corretora no Brasil.
Como são feitas as análises?
As análises são feitas com base em critérios quantitativos e qualitativos. A parte quanti tem 50% de peso e leva em consideração a liquidez e o risco e retorno do fundo. Já a parte quali, que representa os outros 50%, é dividida em três requisitos.
20% é definido por “Pessoas” (Formação dos profissionais do fundo, experiência, alinhamento de interesses do time, remuneração, quantidade de profissionais e turnover da equipe), outros 20% por “Processos” (pesquisa, construção do portfólio, tomada de decisão, governança corporativa e controle de riscos) e os últimos 10% por “Análise da Gestora” (tempo de existência, patrimônio total sob gestão e outros produtos da casa).
A parte quantitativa olha para o passado, enquanto a qualitativa, para o futuro, para tentar prever como será a performance do fundo com base na qualidade por trás dele. As notas vão de uma a cinco estrelas e há um ranking destacando os melhores.