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- Oi é a principal operadora de telefonia fixa do Brasil. Surgiu como Telemar após a privatização da Telebrás, em 1998. Em 2002, a empresa estreou na Bolsa de Valores do Brasil com ações valendo quase R$12.
- A empresa possui um histórico conturbado no mercado financeiro. No ano passado, seus ativos chegaram a atingir R$0,44. A queda nas buscas por telefonia fixa, gasto com multas e ações trabalhistas e endividamento foram alguns fatores que contribuíram para sua desvalorização.
- Apesar do aumento da dívida líquida neste ano, a empresa segue otimista e investe em infraestrutura, oferecendo fibra óptica tanto para banda larga quanto para redes de internet móvel.
(Por Talita dos Santos de Souza, especial para o E-Investidor) – O ativo OIBR3 é geralmente um dos mais buscados entre os investidores. Ele pertence à Oi, uma das empresas com maior market share quando se trata de telefonia, banda larga e TV por assinatura no Brasil e dona de um histórico conturbado no mundo financeiro.
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Principal operadora de telefonia fixa do Brasil, a Oi surgiu como Telemar, após a privatização da Telebrás, em 1998. Nomes de reconhecimento nacional figuram entre os que contribuíram para seu desenvolvimento: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa Econômica Federal e a Petrobras.
Os principais investidores e atuais responsáveis pelo controle da Oi, contudo, são estrangeiros: GoldenTree, York Global Fund, Brookfield e Solus.
Oi no mercado financeiro
Em 2012, a Oi chegou à Bolsa de Valores do Brasil com ações valendo aproximadamente R$ 12,00. Uma queda histórica marcou a trajetória da empresa: em 2020, seus ativos chegaram a atingir R$ 0,44 e a redução de preço significou uma abertura para pequenos investidores.
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Alguns fatores que levaram a essa desvalorização foram a queda nas buscas por telefonia fixa com a chegada da internet, o gasto com multas e ações trabalhistas que levaram ao consequente endividamento e a perda de confiança dos investidores.
Hoje, a companhia negocia ações ordinárias e preferenciais. As primeiras, nas quais o OIBR3 se enquadra, permitem interferência nas tomadas de decisões sobre a organização pelos acionistas, no caso de gigantes como a Oi elas ficam restritas aos investidores com maior participação.
Já as preferenciais (como o nome sugere) dão preferência para o recebimento de dividendos para os acionistas. São interessantes para operações de curto prazo, visto que sua liquidez é beneficiada pelas mudanças do mercado. Essa modalidade, porém, não faz tanto sentido para a Oi, que não está em seu momento mais promissor.
Qual a situação atual da Oi?
A Oi é uma empresa em recuperação judicial desde 2017, ou seja, teve uma dívida (calculada em R$ 64 bilhões) que não foi coberta com a geração de lucro no caixa.
Entretanto, um plano foi colocado em prática em setembro de 2020: além da renegociação com credores (o débito com bancos foi reduzido a 55%), a negociação de ativos foi escolhida como solução para equilibrar as contas.
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Entre as principais medidas para sanar as dívidas está a venda da InfraCo, uma divisão especializada de fibra óptica, e a venda integral da telefonia móvel por R$ 16,5 bilhões para um consórcio formado por Vivo, Tim e Claro. Outra saída da empresa foi a venda de 25% da angolana Unitel, que pertence ao grupo Oi, por US$ 1 bilhão para a petrolífera Sonangol.
A polêmica sobre o investimento em OIBR3 surge, portanto, com a dúvida sobre a recuperação da companhia em um contexto incerto. A obtenção de bons resultados, por outro lado, deixou investidores otimistas.
Como saber se vale a pena investir na OIBR3?
Assim como outras ações, o OIBR3 também é afetado pela volatilidade do mercado e se torna ainda mais arriscada por conta do histórico da Oi, mesmo com os importantes passos dados em sua estabilização.
Para analisar se o investimento vale a pena ou não, é preciso atentar-se para o preço de venda do ativo. Conhecer o histórico e os resultados da companhia permite evitar uma entrada com um valor difícil de ser revertido a lucro no futuro.
No que diz respeito ao futuro, a Oi tem alguns planos traçados, o que deve animar os acionistas. É possível dizer, por exemplo, que a futura expansão da fibra óptica provavelmente será revertida em um número maior de clientes atendidos. Dessa forma, além da superação da dívida, espera-se uma potencial geração de lucro.
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Mesmo com promessas como essas, o cenário não permite ter certezas. Diversificar a carteira continua sendo a escolha mais garantida para evitar grandes prejuízos.
Como investir nas ações da Oi (OIBR3)?
Abrir uma conta em uma corretora de investimentos é o primeiro passo para quem quer colocar dinheiro nas ações OIBR3 da Oi ou em qualquer outra disponível na Bolsa. A organização deve ser certificada pelo Banco Central, a Comissão de Valores Imobiliários (CVM) e pela Bolsa brasileira (B3).
Com a facilidade das transações digitais, transferir valores da conta-corrente para a conta da corretora é um processo fácil, simples e rápido. Defina o quanto quer aplicar e faça a transferência.
A partir de então, já é possível definir quais serão suas ações escolhidas e, com base em leituras e estudos, decidir se as da Oi são uma boa opção para o portfólio. Depois da aplicação, seu acompanhamento é indispensável.