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Investidores se declaram “especialistas”, mas investem na poupança; veja pesquisa

O levantamento foi feito pelo Itaú Personnalité com o Instituto Locomotiva

Investidores se declaram “especialistas”, mas investem na poupança; veja pesquisa
Caderneta de poupança é a aplicação favorita dos brasileiros. Imagem: Adobe Stock

Uma pesquisa do Itaú Personnalité com o Instituto Locomotiva mostrou que 77% dos brasileiros que recebem mais de R$ 10 mil por mês consideram ter conhecimento médio ou avançado para tomar decisões sobre o futuro financeiro. Entre eles, porém, 41% mantêm investimentos em poupança, de modo que os portfólios são pouco diversificados e há apego a investimentos de menor risco.

O levantamento, intitulado Itaú Personnalité: Brasileiros e a Alta Renda, foi compartilhado em primeira mão com o Broadcast Investimentos. Os dados apontam ainda que 89% dos entrevistados acreditam que estão se preparando financeiramente para o futuro, mas apenas 20% se enquadraram no patamar considerado de alto planejamento financeiro, que leva em conta critérios como estabelecimento de metas de longo prazo, controle de ganhos e despesas, reservas para emergência e aposentadoria.

“As pessoas estão mais interessadas na gestão e planejamento de suas vidas financeiras, mas ainda não conseguem organizar todas as informações que recebem para transformá-las em decisões. Por isso, ainda vemos uma participação da poupança relevante nas opções de investimento, mesmos entre os que se descrevem como arrojados”, disse a diretora do Itaú Personnalité, Adriana dos Santos.

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No recorte por gênero, as mulheres demonstram maior interesse em aprender sobre finanças e investimentos: 43%, versus 34% dos homens. “Falar sobre finanças ainda é tabu. Por isso, é preciso simplificar a linguagem e trazer o tema para o dia a dia”, afirmou Santos.

Ainda, 59% dos brasileiros assumiram ter receio de errar na escolha dos investimentos, 68% disseram temer perder dinheiro com crises econômicas e 71% admitiram ter medo de sofrer algum golpe na internet.

Com abrangência nacional, a pesquisa utilizou métodos quantitativos e qualitativos, por meio de questionários e grupos de discussão, e contou com uma base de 1,2 mil entrevistados.