- Segundo o Banco Central, maio teve a maior captação líquida para todos os meses desde 1995
- A caderneta de poupança registra entrada líquida de R$ 63,9 bilhões nos cinco primeiros meses do ano
- Fatores como queda de ações no Ibovespa e a instabilidade em outros investimentos, como títulos do Tesouro, podem justificar o retorno dos brasileiro à caderneta de poupança
Os brasileiros depositaram R$ 37,2 bilhões a mais do que retiraram da caderneta de poupança no mês de maio. Esse é mais um efeito da pandemia de covid-19. Segundo o Banco Central, o dado representa a maior captação líquida para todos os meses desde 1995, quando começou a série histórica.
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Em maio do ano passado, os brasileiros tinham sacado R$ 718,7 milhões a mais do que tinham depositado.
No acumulado de 2020, a caderneta registra entrada líquida de R$ 63,9 bilhões nos cinco primeiros meses. A aplicação começou 2020 no vermelho, com retirada de R$ 15,93 bilhões a mais do que depositaram em janeiro e fevereiro.
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A mudança de hábito dos brasileiros começou em março, com o início da crise provocada pelo novo coronavírus. Nesse mês, os depósitos superaram os saques em R$ 12,17 bilhões. Já em abril, a poupança captou R$ 30,46 bilhões.
Fatores como queda de ações no Ibovespa e a instabilidade em outros investimentos, como títulos do Tesouro, podem justificar o retorno dos brasileiro à caderneta de poupança.
A mudança ocorre quando o rendimento da poupança é de 70% da Taxa Selic, que está em seu menor nível da história. Resta aos investidores a esperança de que a inflação caia devido à crise econômica.