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- Derivativo é uma aplicação que tem seu preço derivado de um ativo, que pode variar entre uma taxa de referência, um índice de mercado, moedas, ações e até commodities
- Há quatro os tipos de derivativos negociados na B3: contratos a termo, contratos futuros, opções e swaps
- E-Investidor realiza uma live nesta quarta-feira (23) sobre o tema no YouTube
Em momentos de crise e de juros baixo, como o que vivemos, os especialistas recomendam diversificar os investimentos para se proteger e trazer mais rentabilidade ao patrimônio. Porém, alguns investidores perdem boas oportunidades simplesmente por não conhecerem determinados ativos que podem ajudar a alavancar a carteira. Um exemplo disso é o mercado de derivativos, que ainda é um mistério para muitos.
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Como o nome já indica, o derivativo é uma aplicação que tem seu preço derivado de um ativo, que pode variar entre uma taxa de referência, um índice de mercado, moedas, ações e até commodities. Assim, o investidor não compra o bem em si, mas sim o direito à sua oscilação. Há quatro os tipos de derivativos negociados na B3: contratos a termo, contratos futuros, opções e swaps.
Nos dois primeiros casos, os contratos representam um compromisso de comprar ou vender um ativo por um preço já determinado em uma data no futuro. Ou seja, é possível adquirir ações de uma empresa X, com ambas as partes firmando no ato do compromisso que em um período de Y dias os papéis serão negociados novamente pelo valor Z.
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A diferença entre eles é que, nos contratos a termo, a liquidação da operação ocorre somente na data de vencimento do papel. Já no caso dos futuros, existe um ajuste diário e quem comprou pode vender o contrato antes da data para outro investidor. Assim, a pessoa pode conquistar maiores lucros com a operação, vendendo o ativo em seu momento de maior valorização dentro do período acordado.
Em relação às opções, negocia-se o direito de comprar ou de vender um ativo por um preço fixo numa data futura. Para isso, deve ser pago um prêmio ao vendedor. Neste caso, a diferença é que quem compra o derivativo adquire o direito do contrato, mas não é obrigado a devolvê-lo depois de uma data.
Com os swaps, o contrato é um acordo onde dois investidores negociam a troca de rentabilidade entre dois ativos. Assim, no vencimento, se a valorização do contrato do investidor A for superior a do investidor B, o investidor A também recebe a diferença da sua valorização em relação ao investidor B, além dos ganhos do ativo.
Proteção ou alavancagem?
Segundo especialistas do mercado consultados pelo E-Investidor, os derivativos podem ser utilizados tanto para proteger a carteira como para alavancar os ganhos do portfólio. Afinal, os contratos permitem aos investidores acesso há produtos mais caros em uma aplicação comum. “Os contratos são uma porta de entrada a alguns ativos para quem tem menos capital”, afirma Gabriel Tadeu, analista de produtos da CM Capital.
Porém, sua principal indicação é para proteção do patrimônio, pois usá-lo para obter grandes lucros é apostar na especulação. “É muito arriscado investir desta forma independentemente do ativo”, comenta Marco Harbich, estrategista da Terra Investimentos.
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Assim, os contratos são mais indicados para os investidores que queiram se proteger de, por exemplo, possíveis variações cambiais, mantendo seu poder de compra. “Os derivativos também são muito utilizados por instituições como forma de proteção”, diz Harbich.
Indicado para investidores experientes
Os especialistas lembram, contudo, que a aplicação não é aconselhada para investidores iniciantes ou conservadores. Isso porque, os contratos não são simples de serem operados e pode haver grande prejuízo na operação.
“É necessário saber negociar muito bem para conseguir tirar o máximo de benefícios”, diz Tadeu, da CM Capital.
Além disso, como os custos do contrato serem baixos, os menos experientes podem achar que não está perdendo muito dinheiro na operação, quando na verdade está. “Perder R$ 0,60 por contrato pode não parecer muito, mas a pessoa esquece que a operação tinha 10 mil contratos e todos eles tiveram a mesma desvalorização, o que aumenta em muito o prejuízo”, ressalta Harbich, da Terra Investimentos.
Dessa forma, a orientação é buscar entender o máximo possível sobre o tipo de contrato e o ativo ao qual ele é atrelado. Além disso, é importante ficar atento aos preços, pois um valor mais baixo não significa que a operação está livre de riscos. “Tem que tomar cuidado com a falácia do preço baixo dos contratos”, afirma Harbich.
Live E-Investidor
Para ajudar o investidor a entender ainda mais sobre a aplicação, o E-Investidor realiza uma live nesta quarta-feira (23) com o seguinte tema: “Derivativos: tudo o que você precisa saber para operar com segurança”.
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Com início às 11h30, o bate-papo ocorre pelo YouTube. Os convidados são Mário Avelar, head da mesa de derivativos da Ágora Investimentos, e Luciano França, sócio-fundador da Avantgarde Asset Management. A live será comandada por Márcio Kroehn, editor-chefe do E-Investidor.
Você pode participar enviando suas dúvidas que serão respondidas ao final da conversa. Inscreva-se no canal e não deixe de participar!