Entre as opções de investimentos em renda fixa, estão as LCAs. Elas chamam bastante atenção por serem isentas de impostos e taxas administrativas. Os riscos de aplicar dinheiro nessa modalidade também são baixos, o que agrada principalmente os investidores iniciantes.
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Da sigla, as Letras de Crédito do Agronegócio ajudam a financiar o mercado agro. Depois de analisar o funcionamento de uma letra de crédito, o investidor pode escolher entre três opções de títulos: os prefixados, pós-fixados e híbridos.
A principal diferença entre eles é a forma como os juros são calculados, ou seja, como o dinheiro está previsto para render. Conheça os produtos:
- LCA prefixada: o ativo rende uma taxa fixa de juros e o interessado sabe o valor exato que vai receber no momento em que contrata o título;
- LCA pós-fixada: tem parte do rendimento atrelado a indicadores econômicos que podem ser o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), Índice de Preços do Consumidor (IPCA) ou a Selic, a taxa básica de juros;
- LCA híbrida: combina as modalidades anteriores, com uma taxa fixa e um indicador econômico para assegurar a rentabilidade.
Além da liquidez, que pode variar de acordo com a instituição emissora, é importante estar atento ao período de carência das LCAs, ou seja, ao tempo em que não se pode realizar movimentações na aplicação. Atualmente, esse período é de 9 meses.
Como escolher entre LCA prefixado e pós-fixado?
Depois de entender as diferenças entre as modalidades, fica a dúvida: qual LCA é o melhor? A resposta é bastante simples: depende.
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Isso porque o ativo, bem como sua rentabilidade, liquidez, tempo de vencimento e resgate devem estar alinhados com os seus objetivos financeiros. Dessa forma, é possível criar um planejamento com estratégias que ajudem a potencializar os ganhos com letras de crédito.
No entanto, é importante destacar que os investimentos prefixados já contam com os juros futuros embutidos. Por exemplo, se há um consenso do mercado de queda dos juros, as taxas prefixadas oferecidas já contemplarão essa redução. Assim, a aplicação deve superar a variação do IPCA – índice favorito do mercado para medir a inflação do País porque, dessa forma, o investidor garante que seu poder de compra está aumentando, e não se reduzindo ou ficando estável.
Nos pós-fixados, por sua vez, o ideal é que o rendimento tente superar as referências econômicas as quais está embutido ou, pelo menos, segui-las. Isso porque o investidor não tem a certeza de um retorno exato, mas de uma valorização que vai oscilar conforme a taxas de juros básicos.
Quais os riscos de uma LCA?
Antes de investir na modalidade, é importante se manter atento aos riscos das LCAs. Questões como liquidez, inflação e o tipo de prazo procurado pelo investidor são grandes pontos de atenção. Por exemplo, caso o investidor precise resgatar o dinheiro antes do dia de vencimento, não terá o seu rendimento garantido a depender da liquidez e pode ainda sofrer descontos no valor investido, dependendo do tempo de aplicação.
A inflação, por sua vez, vai determinar o poder de compra do investidor ao vencimento do ativo. Para títulos pós-fixados, que possuem o IPCA como um dos indicadores para sua rentabilidade, ela pode influenciar ainda mais sobre o preço final do ativo.
Em relação às opções de resgate, prazos mais curtos podem deixar o porcentual de rendimento bem abaixo do registrado no ativo tradicional. Por isso, as LCAs são geralmente recomendadas para quem deseja realizar investimentos de médio ou longo prazo.
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