Investir em imóveis é uma tradição dos brasileiros, principalmente se o intuito for ganhar com o aluguel. No entanto, os analistas do mercado financeiro comentam que entre comprar o imóvel físico e investir em fundos de investimentos imobiliários (FIIs), a melhor escolha fica com os fundos – claro, dependendo de alguns fatores.
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Essa modalidade de investimentos pode gerar receios em quem investe em imóveis físicos, visto que os fundos imobiliários são cotados em bolsa e sofrem com a volatilidade do mercado. Por causa disso, muitos investidores querem continuar no imóvel físico.
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No entanto, Carolina Borges, analista de fundos imobiliários da EQI Research não recomenda manter essa postura. “Investir via fundos imobiliários traz benefícios como liquidez, maior exposição a setores diferentes da economia e a possibilidade de ter em seu portfólio imóveis de alto padrão”, explica.
Já Angelo Ferraretto, diretor de gestão da Integral Brei, comenta que a volatilidade do mercado também acontece com os imóveis físicos. “Quando os juros sobem, a compra de imóvel financiado fica mais cara, o que diminui a liquidez ou obriga o proprietário a diminuir o valor do imóvel para venda. As pessoas pensam que os imóveis delas não ficam mais baratos, mas se eles quiserem vender, também precisam colocá-lo no valor do mercado, que pode ser menor que o pago inicialmente”, diz Ferraretto.
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Com base nesse otimismo, o E-Investidor perguntou para os analistas quais são os melhores fundos imobiliários para ter na carteira em 2024. A reportagem reuniu os 10 fundos mais citados pelos analistas, que são BTG Pactual Fundo de Fundos (BCFF11), Capitania Securities II (CPTS11), Fundo de Fundos Kinea (KFOF11), TRX Real Estate (TRXF11), CSHG Prime Offices (HGPO11), XP Malls (XPML11), Vinci Shopping (VISC11), Bresco Logística (BRCO11), BTG Pactual Logística (BTLG11) e Vinci Logística (VILG11).
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Para saber quanto rendeu por mês R$ 500 mil aplicados nesses fundos, o E-Investidor encomendou um levantamento de Einar Rivero da Elos Ayta Consultoria. O levantamento retirou a rentabilidade de cada fundo e simulou ela dentro da carteira com os dez fundos com pesos iguais no valor de R$ 500 mil.
Segundo o levantamento, quem ficou com R$ 500 mil investidos nessa carteira ao longo de 2023 teve um rendimento anual de R$ 48.995 ou R$ 4.082,91 por mês.