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Confira a recomendação de 13 corretoras para Magazine Luiza (MGLU3)

Ação tem o segundo melhor desempenho do Ibovespa no ano, com alta de 84,69%

Confira a recomendação de 13 corretoras para Magazine Luiza (MGLU3)
Os preços chegaram a cair cerca de 80%, um dos maiores abatimentos oferecidos pela empresa; tanto que chamou a temporada de “Black das Blacks”
  • Ação da Magazine Luiza se destaca mesmo com o cenário de aversão ao risco e tem o segundo melhor desempenho do Ibovespa no ano, com alta de 84,69%, a R$ 87,60
  • Para oito corretoras, a recomendação é de compra, pois acreditam que o papel ainda tem espaço para se valorizar
  • Já para cinco casas de investimentos, a MGLU3 já é negociada a um valor alto e tem indicação neutra

A pandemia da covid-19 derrubou a bolsa brasileira e, até o fechamento do mercado desta terça-feira (29), faz seu principal índice, o Ibovespa, amargar queda anual de 19,08%. Apesar disso, as ações da Magazine Luiza (MGLU3) conseguiram se destacar no cenário de aversão ao risco e têm o segundo melhor desempenho do IBOV em 2020, com alta de 84,69%, a R$ 87,60.

No 2T20, a Magalu reportou prejuízo de R$ R$ 64,5 milhões, revertendo lucro líquido de R$ 386,6 mi, ante ao mesmo trimestre de 2019. Os resultados, no entanto, vieram melhores do que o esperado pelo mercado e seu papel oscila positivamente desde então.

Isso porque, apesar do prejuízo, o volume de vendas da companhia aumentou 49,1% entre abril e junho, em relação ao 2T19. O número é reflexo do aumento de 181,9% no e-commerce e queda de 45,1% nas lojas físicas, que contou apenas com 36% das unidades abertas.

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Vale lembrar também que, devido ao alto valor nominal da MGLU3, a gigante varejista anunciou recentemente que seu Conselho de Administração aprovou a proposta de desdobramento das ações da companhia na proporção de um para quatro. Em fato relevante, a empresa informa que a operação tem o objetivo de conferir melhor patamar para a cotação dos papéis a fim de torná-los mais acessíveis aos investidores.

Neste cenário, o E-investidor consultou 13 corretoras para saber se a ação mais resiliente à crise continua atrativa. Com oito indicações de compra e cinco neutra, todas as casas veem a empresa com bons olhos, mas divergem se o papel já está ou não sendo negociado em seu preço justo.

“Hoje, a Magalu é a empresa mais bem posicionada do varejo brasileiro, pois consegue fazer da melhor forma a integração das lojas físicas e do e-commerce. Então, diante do setor que ainda tem muito espaço para crescer e a atual situação da companhia, vemos a ação com bons olhos”, diz Henrique Esteter, analista da Guide.

Já na outra ponta, o entendimento é que o risco/retorno da ação não vale a pena para os investidores no momento. “Apesar de gostarmos do modelo de negócios e da gestão da Magalu, a companhia negocia a múltiplos de preços bastante esticados, de forma que optamos por uma indicação neutra”, diz Pedro Serra, gerente de research da Ativa Investimentos.

Confira as recomendações para a ação da Magazine Luiza (MGLU3).

Flávia Meireles, analista de research da Ágora Investimentos

  • Recomendação: Neutra
  • Preço-alvo: R$ 82

Justificativa: “Adotamos uma visão mais cautelosa sobre a avaliação, pois desde as quedas no final de março, a MGLU3 superou significativamente o IBOV e nossa cobertura de consumo e varejo. Esse movimento se justifica dada a aceleração de curto prazo no crescimento de GMV e seus efeitos positivos de longa duração.

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Porém, pensamos que a relação risco/retorno agora está equilibrada. Depois de revisitar as estimativas para refletir um crescimento maior de GMV, vemos múltiplos de 2021 sendo negociados acima dos picos.”

Luiz Guanais e Gabriel Savi, analistas do BTG Pactual

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo: R$ 91

Justificativa: “Embora os efeitos da covid-19 tenham trazido um resultado negativo no 2T20, o impacto foi menor do que o esperado, graças ao expressivo crescimento da operação on-line da companhia.”

Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos

  • Recomendação: Neutra
  • Preço-alvo:

Justificativa: “Temos uma recomendação neutra, mesmo com o desdobramento que pode gerar a entrada de novos investidores no papel e aumentar sua liquidez. Entendemos que o potencial de upside está muito limitado, devido à franca recuperação que a MGLU3 tem desde o início da pandemia.

A casa recomendava a ação desde março, mas alterou depois do alto retorno do papel. Entendemos que os múltiplos estão muito elevados e nossa recomendação de compra no setor é em Via Varejo (VVAR3).”

Henrique Esteter, analista da Guide

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo: R$ 98

Justificativa: “Hoje, a Magalu é a empresa mais bem posicionada do varejo brasileiro, pois consegue fazer da melhor forma a integração das lojas físicas e do e-commerce. A companhia também tem investido muito em logística, ficando cada vez menos dependente de terceiros.

Além disso, ela é muito bem capitalizada e tem caixa para fazer aquisições estratégicas. Então, diante do setor que ainda tem muito espaço para crescer e a atual situação da companhia, vemos a ação com bons olhos.”

Irma Sgarz, Thiago Bortoluci e Chandru Ravikumar, analistas do Goldman Sachs

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo: R$ 106

Justificativa: “Atualizamos nosso modelo para MGLU3 para incorporar os resultados do 2T20, recentes feedbacks da gerência da companhia e tendências do mercado. Nosso novo preço alvo da ação subiu 19% e continua a ser baseado em uma mistura da avaliação pelo fluxo de caixa descontado e múltiplas avaliações da SOTP (soma das partes).”

Pedro Serra, gerente de research da Ativa Investimentos

  • Recomendação: Neutra
  • Preço-alvo: R$ 86,32

Justificativa: “Apesar de gostarmos do modelo de negócios e da gestão da Magalu, a companhia negocia a múltiplos de preços bastante esticados, de forma que optamos por uma indicação neutra.”

Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura Investimentos

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo:

Justificativa: “A recomendação vale até o final de setembro e se baseou nas vantagens que a empresa de varejo obteve na pandemia, ampliando sua participação de mercado a partir de sua plataforma eletrônica de vendas, além de sua posição forte de capital, endividamento e governança.”

Antonio Castrucci, analista de Genial Investimentos

  • Recomendação: Neutra
  • Preço-alvo: R$ 79

Justificativa: “Quando falamos em market share e inovação, vemos a Magazine Luiza como líder e uma das principais catalizadoras no mercado de e-commerce formal brasileiro. Isso nos leva a acreditar que a companhia deve continuar a usar essa posição privilegiada para guiar a digitalização do varejo brasileiro, que tem sido impulsionado pelo boom nas vendas on-line e está acelerando os planos digitais da Magalu, fazendo com que a companhia continue surpreendendo o mercado em seus resultados trimestrais.

Apesar da nossa visão extremamente positiva para a Magazine Luiza e o cenário favorável para o mercado de e-commerce, vemos as ações da companhia sendo negociadas à um EV/EBITDA 2021E de 51.7x, o que nos leva a acreditar que a performance futura da MGLU3 já está majoritariamente precificada atualmente, deixando pouco espaço para upside através de nossa metodologia de avaliação de desconto de fluxo de caixa.”

José Falcão C. Castro e Murilo Breder, analistas da Easynvest

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo: aproximadamente R$ 100

Justificativa: “A tese de compra das ações da Magazine Luiza é bem difícil. Ao olhar apenas para o presente, alguns investidores podem considerar o papel caro. Porém, quando se leva em conta a velocidade do seu crescimento nos últimos anos e todo potencial pela frente, estas projeções futuras passam a fazer das suas ações uma oportunidade.”

Igor Cavaca, analista da Warren

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo:

Justificativa: “A Magazine Luiza vem performando bem no ano e, mesmo com a crise da covid-19 e o fechamento do varejo físico, a companhia conseguiu modificar sua estrutura operacional. Vemos que o foco no setor de e-commerce no período ampliou o potencial da empresa, com expectativa de crescimento para os próximos anos.

A Magalu tem mais estrutura para operacionalizar frente aos concorrentes e vem investindo no setor de logística buscando qualidade de produto e serviço ofertado. Além disso, possui uma administração eficiente e vem desenvolvendo projetos ESG, o que tende a aumentar o valor da marca e da operação.”

XP Investimentos

  • Recomendação: Neutra
  • Preço-alvo: R$ 78

Justificativa:

Jorge Junqueira, sócio gestor da Gauss Capital

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo: R$ 98

Justificativa: “Acreditamos que a Magazine Luiza tem a combinação de fatores necessários ao sucesso no varejo. Nossa visão é de que o modelo vencedor em nosso país é aquele capaz de integrar o universo físico com o on-line, tão necessário durante a pandemia que vivemos.

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Nossa visão otimista se deve às oportunidades de crescimento que ainda estão presentes para a companhia com o aumento da participação no consumo populacional (aumento do “share of wallet”) e da rentabilidade por cliente – cabendo destacar a evolução de produtos financeiros – e uma maior rentabilidade do universo multicanal com a reabertura dos ambientes físicos no pós-pandemia.”

Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos

  • Recomendação: Compra
  • Preço-alvo: R$ 107

Justificativa: “Embora os efeitos da covid-19 tenham atingido os resultados da MGLU no primeiro semestre de 2020, o impacto geral ficou abaixo das expectativas, graças ao crescimento impressionante da operação on-line, que compensou parcialmente o fechamento de lojas e a desalavancagem operacional.

Continuamos otimistas com as ações da Magazine Luiza (MGLU3) para o segundo semestre de 2020 e o ano de 2021. Dois pontos sustentam a recomendação de compra: o forte crescimento do e-commerce com a expectativa pela recuperação da economia brasileira, com especialistas do setor acreditando que em 2025 esse número poderia triplicar, e a tendência de consolidação, aumentando a penetração sobre as vendas totais no varejo.”

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