- Small caps são empresas presentes na B3 que têm valor de mercado avaliado entre R$ 300 milhões e R$ 2 bilhões.
- Seus ativos nem sempre são visados pelos investidores tradicionais, mas podem apresentar ótimas oportunidades de rendimento a médio e longo prazos.
- Vale a pena se atentar a opções que tendem a precificar bem em 2022.
Muitas pessoas começam o ano querendo “tirar os planos do papel”. Para um investidor, isso significa responder uma pergunta: quais são as melhores opções de trade ao longo dos próximos meses?
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É aí que as small caps surgem como boas opções para alavancar os ganhos nas negociações da B3.
Veja mais informações sobre as small caps, os prós e os contras de investir nelas e algumas opções que podem ser ótimas escolhas a médio e longo prazos.
O que são small caps?
As small caps são empresas negociadas na bolsa de valores com valor de mercado (VM) menor. Essa conta é feita de modo simples: número de ações negociadas x cotação do ativo.
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Não existe uma fronteira exata entre grandes, médias e pequenas organizações. Por isso, não há muito consenso sobre o limite que uma small cap deve ter para caber nessa categoria.
Mas, pode-se considerar que as small caps têm entre R$ 300 milhões e R$ 2 bilhões de valor de mercado.
Veja o tamanho de outras empresas e o lugar que as small caps ocupam quando o assunto é o tamanho do negócio:
- Nano caps: menos de R$ 50 milhões em valor de mercado
- Micro caps: avaliadas entre R$ 50 milhões e R$ 300 milhões
- Small caps: oscilam entre R$ 300 milhões e R$ 2 bilhões
- Mid caps: R$ 2 bilhões a R$ 10 bilhões de VM
- Large caps: avaliadas entre R$ 10 bilhões e R$ 200 bilhões
- Mega caps: blocos enormes, acima de R$ 200 bilhões
Vale a pena investir em small caps?
Sim, as small caps são uma ótima opção de compra, sobretudo a médio e longo prazos. Vale considerar esse tipo de ativo ao montar sua carteira!
Porém, como todo investimento, é importante pesquisar muito e se atentar a alguns cuidados para não se frustrar no meio do caminho.
Vantagens de investir em small caps
No fim das contas, os benefícios pesam positivamente na balança e tornam as small caps interessantes.
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Confira as principais vantagens das small caps que justificam a opção pelas empresas com menor valor de mercado.
Potencial de crescimento
A primeira vantagem das small caps é sobre a capacidade de crescimento das empresas com esse perfil.
As small caps são consideradas pequenas em relação a outras corporações na bolsa, razão pela qual apresentam maior potencial de expansão em relação às empresas que já estão perto do ponto de maturação.
Por isso, vale a pena considerar que o retorno delas deve ser buscado a médio e longo prazos. É verdade que “barcos pequenos sofrem mais com o tempo”, mas a espera pode compensar.
Dessa forma, você consegue acompanhar a evolução das organizações de dentro do negócio e vê os ativos precificarem bem.
Oportunidade por menor procura
Alguns investidores procuram mais segurança e menor risco. Por isso, fazem o “feijão com arroz” e deixam de considerar empresas menos tradicionais, como são a maior parte das small caps.
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Além disso, os fundos de investimento tradicionais trabalham com grandes valores e costumam priorizar ativos com maior liquidez.
Esses “barcos” são maiores e tendem a balançar menos, mas ignorar os pequenos pode ser um erro do ponto de vista do retorno financeiro.
Afinal, as small caps também têm fundos de investimento especializados na categoria e exchange-traded funds (ETFs), que oscilam por índices desse nicho especificamente, como o SMLL11.
A vantagem é que, com menos procura, o valor das ações das small caps fica menor. Veja esse fator como uma oportunidade.
Boas pagadoras de dividendos
Outro ponto a ser considerado é que, apesar de terem mais desafios para se consolidar no mercado, há small caps que são boas pagadoras de dividendos.
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Além de reforçar os ganhos do investimento, isso pode ser um ótimo termômetro em relação à saúde financeira.
Uma boa forma de garantir isso é observar o índice IDIV da B3, que lista as empresas que estão entre as 33% que pagam os melhores dividendos nos últimos 36 meses (tendo remunerado os sócios por três anos consecutivamente).
Além disso, ele filtra por liquidez, selecionando os ativos que foram negociados em ao menos 95% das três últimas carteiras.
O índice também garante que você não encontrará empresas em recuperação judicial, extrajudicial ou sob intervenção.
Como investir em small caps?
As três formas principais de investir nas small caps são:
- Compra de ações de empresas: comprar ações das small caps é o modo mais direto e tradicional de se investir no segmento. A seguir você encontrará exemplos que são bons pontos de partida para iniciar sua pesquisa no setor;
- Fundos de investimento especializados: contam com a curadoria de um especialista no mercado financeiro e, em tese, são orientados por uma análise dos fundamentos de diferentes empresas e uma leitura sobre o mercado futuro;
- Exchange-traded funds: os ETFs são um ótimo caminho para entrar no ramo das small caps porque representam uma síntese do movimento dessas empresas. A SMLL11 considera uma carteira hipotética e há boas chances de crescer a longo prazo com o amadurecimento das companhias.
Quais small caps acompanhar?
Aqui valem as duas receitas de sempre: é você quem diz quais são os ativos mais indicados para sua estratégia de investimento. Ou seja, antes de compor o portfólio, é fundamental investir bastante tempo em pesquisa.
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Para iniciar a coleta de informação, vale a pena considerar uma lista com cinco exemplos de ações de empresas com bons fundamentos. Vale ressaltar que essa não é uma recomendação de compra.
Veja a seguir as small caps que valem a pena ficar de olho:
- Copasa (CSMG3): é a empresa de saneamento básico de Minas Gerais. O dividendo médio dos últimos cinco anos é de 8,38%, segundo a Investing, mas a taxa de crescimento nesse pagamento é de 56%.
- Wiz (WIZS3): os dividendos pagos pela corretora de seguros caíram de 10,07% para 7,49%, e o preço da ação está em queda desde junho do ano passado, quando chegou a ser precificada próximo dos R$ 17.
- Smiles (SMLS3): pagou no último período dividendos de 20% no valor da ação. A empresa, que faz gestão de milhagem aérea, sofreu sobressaltos na incorporação pela Gol, mas registrou uma valorização nos papéis de R$ 12,86 para R$ 25,64.
- Taesa (TAEE11): a empresa transmissora de energia elétrica tende a ter um bom horizonte com a melhora na crise hídrica. Paga dividendos de quase 12% e, nas últimas 52 semanas, subiu de R$ 29,82 para R$ 41,63;
- Minerva ON (BEEF3): exporta proteína animal em dólar. Com a retomada da demanda, o fim do embargo chinês sobre as carnes brasileiras e o congelamento das exportações argentinas, há uma boa “avenida” de crescimento. Paga dividendos de quase 11%.
Por todos esses fatores, as small caps podem merecer um olhar especial e um lugar cativo em sua carteira de investimentos.
A máxima “pequenas empresas, grandes negócios” se aplica ao setor e é um convite à valorização de investimentos no decorrer de 2022.
Fonte: Suno, Toro Investimentos
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