Mercado

As 5 empresas de capital aberto mais valiosas do Brasil

Setor financeiro e de commodities têm destaque no ranking

Vale integra o grupo das empresas de capital aberto mais valiosas do Brasil.
  • Considerando apenas o mercado brasileiro, além de Vale, Petrobras e Itaú, o top cinco das companhias de maior valor de mercado abarca também a Ambev (US$ 38,62 bilhões) e o Bradesco (US$ 34,32 bilhões). Ou seja, destacam-se os setores financeiro, de commodities e de consumo
  • Nesta segunda-feira (10), a VALE3 fechou em alta de 2,56%, cotada em R$62, e cresce 2,12% no mês e 16,32% no ano. Já a PETR4 fechou cotada em R$ 23,33, subindo 5,09% no mês e caindo 22,70% no ano
  • Das 20 companhias latinas com maior valor de mercado, 13 são brasileiras. Destas, cinco são bancos: Itaú Unibanco, Bradesco, BTG, Santander e Banco do Brasil. O que mostra a força do setor financeiro no mercado de capitais brasileiro

Três das cinco mais valiosas empresas de capital aberto da América Latina são do Brasil. A Vale, com seus US$ 102 bilhões de valor de mercado, está no topo do ranking e à frente da argentina Mercado Livre, que cotada atualmente em US$ 80 bilhões.

Na sequência, aparecem Petrobras (US$ 56 bilhões) e o Itaú Unibanco (US$ 46,46 bilhões) em quarto e sexto lugar, respectivamente. A quinta posição da lista ficou com a America Movil (US$ 49,10 bilhões).

As 5 empresas de capital aberto mais valiosas do Brasil

Considerando apenas o mercado brasileiro, além de Vale, Petrobras e Itaú, o top cinco das companhias de maior valor de mercado abarca também a Ambev e o Bradesco. Ou seja, destacam-se os setores financeiro, de commodities e de consumo.

Confira os valores de cada uma delas a seguir:

  • Vale: US$ 102 bilhões
  • Petrobras: 56 bilhões
  • Itaú Unibanco: US$ 46,46 bilhões
  • Ambev: US$ 44,95 bilhões
  • Bradesco: US$ 39,37 bilhões

O superintendente de Research da Ágora Investimentos, Francisco Cataldo, explica que essas companhias são as conhecidas blue chips, de grande reconhecimento dentro e fora do País.

Preencha os campos abaixo para que um especialista da Ágora entre em contato com você e conheça mais de 800 opções de produtos disponíveis.

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão , com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso

Obrigado por se cadastrar! Você receberá um contato!

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

“São empresas que têm, geralmente, ações negociadas fora do Brasil, e têm uma grande capitalização em função disso”, diz Cataldo.

No caso da Petrobras, Cataldo destaca a expertise da companhia em águas profundas, além das reservas brasileiras que permitem preços competitivos. Sobre a Vale, o benefício está, por exemplo, no alto preço do minério de ferro.

“Considerando o volume de vendas e capacidade produtiva, a Vale deve ter uma geração de fluxo de caixa livre bastante boa, que vai permitir, inclusive, pagar dividendos extraordinários, possivelmente agora no terceiro trimestre”, lembra Cataldo.

Commodities e o dólar

Stefano Spinelli, operador da RB Investimentos, acrescenta que, com o enfraquecimento do dólar, as commodities estão se fortalecendo, principalmente o minério de ferro que beneficia a Vale.

Quanto à Petrobras, segunda do ranking, ele explica que o impacto do consumo na pandemia pode ter afetado os negócios de petróleo.

“Os contratos futuros de petróleo chegaram a ser negociados em um patamar negativo. Isso nunca tinha sido visto antes. Mas, ainda assim, ela [Petrobras] tem boa perspectiva. Vale também não para de subir já há um tempo”, analisa Spinelli.

Sobre a Ambev, o operador da RB ressalta que a gestão da companhia é bem avaliada no mercado.

Contudo, a redução do consumo no Brasil devido à pandemia teve impacto para a empresa. “É um papel [da Ambev] que não veio tão ruim, mas abaixo das expectativas [após divulgação de balanço]”, considera Spinelli.

Como estão os papéis dos bancos?

Das 20 companhias latinas com maior valor de mercado, 13 são brasileiras. Destas, cinco são bancos: Itaú Unibanco, Bradesco, BTG, Santander e Banco do Brasil. O que mostra a força do setor financeiro no mercado de capitais brasileiro.

O sócio da Acqua Investimentos, Bruno Musa, esclarece que, apesar de estarem enfrentando a concorrência “saudável” das plataformas digitais, os bancos alcançaram o tamanho e importância que têm atualmente na economia devido ao histórico de juros altos e grande concentração bancária.

Tanto que o setor financeiro têm se destacado no principal índice da bolsa brasileira.

“Se olhar o Ibovespa este ano, o Bradesco tem mais espaço para andar do que o Itaú. Então, muita gente tem colocado o Bradesco como uma recomendação para compra porque teve uma distorção muito grande. Mas ambos continuam sendo extremamente importantes e têm um peso grande no índice”, diz Musa.

O operador da RB Investimentos acrescenta que o risco político é hoje o maior desafio do setor bancário. “Há oportunidades no setor por ele estar um pouco para trás. O risco político deixa o investidor desconfiado de entrar neste tipo de papel. Mas no médio e longo prazo eles devem se valorizar”, confia Spinelli.