No Brasil, além do exterior mais negativo, as preocupações com o cenário político e deterioração fiscal bem como a disparada em casos e mortes por Coronavírus no Brasil devem pesar sobre os negócios. Este sentimento de aversão ao risco deve ter impacto no dólar que encerrou a sessão de ontem cotado aos R$ 5,90, mesmo após a atuação do banco central.
Os investidores começam o dia hoje com a notícia de mais gastos fiscais no horizonte, já que ontem, deputados e senadores aprovaram em sessão no Congresso projeto que autoriza reajuste salarial de até 25% das polícias do Distrito Federal, que tem custo estimado de R$ 505 milhões por ano. O texto vai à sanção presidencial, que tem até 27 de maio para vetar o projeto de auxilio emergencial.
No âmbito corporativo, os investidores devem acompanhar a divulgação hoje do balanço da Petrobras, que será divulgado após o fechamento do mercado.
Antes disso, a alta dos preços do petróleo pode ajudar as ações da estatal. Já as empresas de telecomunicações devem reagir a decisão do STJ de conceder liminar que libera as empresas para cortarem sinal de inadimplentes na crise.
Fica ainda no radar uma das pautas do Senado para hoje, que inclui o estabelecimento de um teto para os juros do cartão de crédito e do cheque especial. Para o Ibovespa, esperamos uma abertura mais negativa, acompanhando os pares internacionais.
Agenda econômica
Brasil: A agenda econômica é vazia. O Tesouro faz leilão devenda de NTN-F e LTN às 11h. Na lista de balanços, os destaques são os resultados da Petrobras e da B3 do 1T20, após o fechamento dos mercados.
EUA: Os pedidos de auxílio-desemprego na semana até 9 de maio serão divulgados às 9h30.
Europa: O índice de preços ao consumidor (CPI) na Alemanha subiu 0,9% em abril na variação anual, desacelerando em relação à leitura anterior de março (1,4%). O resultado superou a estimativa preliminar de alta de 0,8%.