Mercado

Abertura de Mercado: dados do Boletim Focus, expectativa pelo PIB e corte nos impostos sobre ações na China pautam esta segunda-feira

A semana ainda conta com dados do Produto Interno Bruto tanto no Brasil quanto nos EUA e números do PIB

Painel da B3 (Foto: Gabriela Biló/Estadão)
  • O Boletim Focus mostrou alta na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, de 2,29% para 2,31%, além de manter a projeção de inflação para este ano em 4,90%
  • Entrou em vigor hoje uma redução pela metade no imposto sobre as transações no mercado de ações, até então de 0,1%, com o objetivo de restaurar a confiança dos investidores na  bolsa de Xangai, a segunda maior do mundo
  • As discussões em torno da desoneração da folha de pagamentos, com custo de R$ 7,2 bilhões a R$ 11 bilhões para o Governo Federal, devem atrair as atenções nos próximos dias

A semana começa com as principais bolsas europeias e os índices futuros em Nova York operando em alta. O ânimo parece vir do oriente, onde entrou em vigor hoje uma redução pela metade no imposto sobre as transações no mercado de ações, até então de 0,1%, com o objetivo de restaurar a confiança dos investidores na  bolsa de Xangai, a segunda maior do mundo.

A redução de impostos, válida também para os papéis negociados em Shenzhen, é a primeira desde 2008. O contrapeso também vem da Ásia, depois que as ações da China Evergrande Group voltaram a ser negociadas após 17 meses, recuando 89%, em seu pior dia desde a listagem, no fim de 2009.

A empresa reportou prejuízo de 33,01 bilhões de yuans no primeiro semestre do ano, corroborando com o ceticismo dos investidores com o setor imobiliário chinês.

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O dólar oscila perto da estabilidade frente a outras moedas fortes, enquanto os contratos futuros de petróleo exibem ganhos limitados e os preços futuros do minério de ferro tiveram queda de 0,85% em Dalian, cotados a US$ 111,39 por tonelada.

O clima mais favorável no exterior é um bom sinal para os ativos locais. As discussões em torno da desoneração da folha de pagamentos, com custo de R$ 7,2 bilhões a R$ 11 bilhões para o governo Federal, devem atrair as atenções nos próximos dias.

Agenda econômica

Brasil: O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, faz palestra em dois eventos nesta segunda-feira (14h e 19h). O Boletim Focus mostrou alta na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, de 2,29% para 2,31%, além de manter a projeção de inflação para este ano em 4,90%.

Nos próximos dias, saem o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de agosto e dados do Governo central de julho, na quarta-feira, os resultados do setor público consolidado e da Pnad Contínua mensal de julho, na quinta-feira, o PIB do segundo trimestre de 2023, a balança comercial e o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) de agosto, todos na sexta-feira.

EUA: Sem maiores direcionadores hoje, a agenda traz o relatório Jolts de abertura de vagas, na terça-feira, a segunda estimativa do PIB do segundo trimestre, na quarta-feira e o payroll, com os dados do mercado de trabalho, na sexta-feira.

Ainda são esperados as leituras preliminares de agosto do índice de preços ao consumidor, na sexta-feira. Três dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) também participam de eventos: Raphael Bostic, de Atlanta, e Susan Collins, de Boston, na quinta-feira e Loretta Mester, Cleveland, e Rafael Bostic (Atlanta), na sexta-feira.

Europa: A ata da última reuniãode política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira, é o destaque da semana. Também são esperados as leituras preliminares de agosto do índice de preços ao consumidor da Alemanha, na quarta-feira, e da zona do euro, na quinta-feira, além do índice de gerentes de compras (PMI) da zona do euro, na sexta-feira.

China: O lucro industrial registrou queda de 15,5% entre janeiro e julho, na comparação com igual período do ano passado. Entre janeiro e junho, a baixa havia sido de 16,8% ante igual intervalo do ano anterior. Em julho, houve ainda o quinto recuo mensal consecutivo, com baixa de 6,7% ante igual mês de 2022. Enquanto isso, os lucros das empresas estatais caíram 20,3% entre janeiro e julho, na comparação anual. Os lucros das empresas privadas tiveram baixa de 12,4%.

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