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- Os papéis do grupo educacional Cogna vêm em uma trajetória de intensa queda há alguns meses. Somente em 2021, a baixa foi de 38,5%
- Na última segunda-feira (1), entretanto, os ativos registraram o maior salto em um pregão desde abril de 2020, de 12,9%
- No pregão desta quarta-feira (3), os papéis fecharam em alta de 3,21%, aos R$ 2,89
Os papéis do grupo educacional Cogna (COGN3) vêm em uma trajetória de intensa queda há alguns meses. Somente em 2021, a baixa foi de 37,5%. Na última segunda-feira (1), entretanto, os ativos registraram o maior salto em um pregão desde abril de 2020, de 12,9%, após a Somos Sistemas (controlada pela Vasta, que pertence à Cogna) ter anunciado a conclusão da compra da Editora Eleva.
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Mesmo com esse recente fôlego adicional, a casa de análises Nord recomenda as vendas dos papéis. Sob o título de ‘Venda as ações da Cogna’, o relatório feito pela research ressalta que o cenário deve continuar desafiador para o conglomerado de educação. Com muitas das frentes de atuação afetadas, a expectativa é de que a companhia tenha uma recuperação pós-pandemia mais lenta que os pares na Bolsa.
Segundo a Cogna, a captação do ensino presencial continua pressionada, o que impacta negativamente a receita da Kroton – segmento de ensino superior, de onde vem a principal fonte de receita do grupo. As escolas Saber e as escolas parceiras da Vasta, segmento de ensino básico, também registraram redução no número de alunos, já que a segunda onda do coronavírus se agravou no início de 2021, pico do período de matrículas para o ano letivo.
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De acordo com dados da Bloomberg, o mercado espera que a receita da empresa caia 5% no 3º trimestre de 2021. As expectativas para o EBITDA da Cogna (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) no período são de uma queda expressiva, de 77%.
Apesar de considerar que as projeções podem estar um pouco exageradas, a Nord reconhece que não há mais tanto espaço para a alta dos papéis. A COGN3 esteve entre as recomendações da casa dentro da série ‘Nord Deep Value’ (para ações de empresas em situação delicada, mas com perspectivas de melhora) até o mês passado. “O cenário e a perspectiva macroeconômica não são bons. Para a Cogna, que tem grande exposição à atividade econômica (PIB), a crise ainda pode impactar de forma relevante os avanços do seu turnaround”, afirma a research.
No pregão da quarta-feira (3), os papéis fecharam em alta de 3,21%, aos R$ 2,89.