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- Entre janeiro e março de 2022, a varejista apresentou prejuízo líquido de R$ 161,3 milhões, revertendo o lucro de R$ 258,6 milhões registrado no mesmo período do ano passado. O lucro líquido ajustado, considerando resultados não recorrentes, também ficou negativo em R$ 98,8 milhões
- Para Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos, apesar da reação mais negativa dos papéis, o balanço deixou claro sinais de recuperação
As ações de Magazine Luiza (MGLU3) abriram em queda nesta terça-feira (17), com os investidores repercutindo os resultados do 1° trimestre, divulgados na noite de segunda-feira (16). Até 11h57, os papéis caíam 4,04%, aos R$ 4,27. No ano, a desvalorização é de 38%.
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Entre janeiro e março de 2022, a varejista apresentou prejuízo líquido de R$ 161,3 milhões, revertendo o lucro de R$ 258,6 milhões registrado no mesmo período do ano passado. O lucro líquido ajustado, considerando resultados não recorrentes, também ficou negativo em R$ 98,8 milhões.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 51,2%, passando de R$ 695,6 milhões para R$ 339,5 milhões. Por outro lado, a receita líquida subiu 6,2% em 12 meses, para R$ 8,7 bilhões, enquanto a margem de lucro bruta cresceu de 25,1% para 27,8%.
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As vendas totais (incluindo marketplace) registraram um avanço de 13,2% na comparação com o 1° trimestre de 2021, para R$ 14,1 bilhões.
Para Rodrigo Crespi, analista da Guide Investimentos, apesar da reação mais negativa dos papéis, o balanço deixou claro sinais de recuperação. “O pior ficou para trás. O EBITDA surpreendeu nossas expectativas, teve uma melhora de margem também”, afirma Crespi. “A margem bruta recuperou de maneira mais acelerada ainda, o que indica capacidade de repasse de custos, dado que a inflação vem pressionando bastante os produtos vendidos pela Magazine Luiza.”
Crespi ressalta o ganho de marketshare no 1° trimestre de 2022, impulsionado pela performance do aplicativo da Magazine Luiza, que tem 40 milhões de usuários ativos. Somente as vendas no e-commerce subiram 16,2% na comparação anual, para R$ 10,2 bilhões.
O GMV (volume bruto de mercadorias) do marketplace cresceu 50% em um ano e ficou em R$ 3,7 bilhões, um bom resultado considerando que, no ano passado, a empresa foi bastante beneficiada pelas vendas on-line. “Ponto negativo é a queima de caixa, tanto por conta de fornecedores, quanto com a atividade de financiamento e investimento. Apesar disso, vemos a empresa com uma posição de caixa robusta, de R$ 1,6 bilhão.”
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No médio prazo, a situação para a empresa permanecerá difícil, já que os fatores macro (inflação e juros altos) pesarão contra as empresas de e-commerce. Entretanto, olhando para o futuro, a Magazine Luiza deve continuar ganhando mercado. A Guide Investimentos tem recomendação de compra para os papéis. “Entre as empresas de e-commerce, a Magazine Luiza deve se recuperar de maneira mais veloz, junto com a Americanas. Já a Via é um papel que deve ficar ainda mais para trás”, afirma Crespi.
A Genial Investimentos também manteve a recomendação de compra para MGLU3, mas reduziu o preço-alvo de R$ 8 para R$ 6. “O “top line” do Magalu veio conforme esperado. Nos surpreendeu, positivamente falando, a evolução da margem operacional nesse trimestre. Por outro lado, uma maior despesa financeira fez com que o lucro líquido da companhia ficasse 23% abaixo do estimado”, explica a casa.