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- Em julho, o ibovespa encerrou o período aos 121.942,98 pontos com uma valorização de 3,27% no acumulando mensal
- A perspectiva de queda da Selic e a alta do preço do petróleo foram as principais razões para os maiores ganhos do IBOV
As expectativas para a queda da taxa Selic nesta quarta-feira (2), quando acontece a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), e a valorização do preço do petróleo refletiram nas ações do Ibovespa. No top 5 dos papéis que acumularam a maior rentabilidade do índice em julho, predominaram os setores da construção civil, varejo e petroleiras. Nesta matéria, mostramos quais foram as ações menos rentáveis do mês.
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As ações da Méliuz (CASH3) foram as que mais se destacaram, com alta de 26,5% no acumulado mensal. O otimismo do mercado se deve às expectativas para o início da queda de juros e também para o recuo da inflação que criam um cenário mais favorável para a companhia. O anúncio do acordo da empresa com o banco Votorantim também ajudou a atrair a atenção dos investidores. “O acordo comercial pode voltar a gerar resultados no segundo semestre de 2023, por isso vimos essa alta do papel no mês”, diz Leandro Petrokas, mestre em Finanças e sócio da Quantzed.
As ações da PRIO (PRIO3) também estiveram entre as maiores altas do Ibovespa. No acumulado de julho, a companhia registrou uma alta de 22,9%. De acordo com a Ágora Investimentos, o bom desempenho tem a ver com a valorização do preço do petróleo que ajudou no desempenho dos papéis.
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No entanto, essa não foi a única causa. As altas refletem o início da operação em novo poço que, segundo a corretora, vai garantir a produção de 8 mil barris por dia. “Com isso, a PRIO ultrapassou a marca de produção de 100 mil barris por dia”, informou os analistas da Ágora.
Vale lembrar que a companhia também comunicou a aprovação do pagamento de R$188,9 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP) neste mês, o que ajudou as ações da companhia a conquistar o título de uma das mais rentáveis de julho.
Os papéis da 3R Petroleum (RRRP3) também acompanharam esse movimento de valorização com ganhos de 19,06% durante o mesmo período. Assim como a PRIO, o fôlego do papel tem relação ao preço do petróleo.
“Empresas de crescimento normalmente têm o preços das suas ações alavancados em relação ao preço da commoditiy. Portanto, naturalmente a alta nas ações foi mais forte que o preço dos barris”, diz Mateus Haag, analista da Guide Investimentos.
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As ações da MRV (MRVE3) também apareceram no ranking das maiores altas com uma valorização de 20,14%. Um dos motivos para os ganhos do papel tem relação com a redução de medidas para reduzir a alavancagem com o anúncio do follow-on em julho para levantar R$ 1 bilhão. Com essa perspectiva, o Goldman Sachs decidiu elevar a sua recomendação de venda para neutra ao enxergar que a empresa tem adotado medidas para reduzir a alavancagem.
A valorização se deve às previas operacionais referentes ao balanço do segundo trimestre deste ano para o setor da construção. De acordo com a Ágora, os números foram positivas e sustentaram a tendência positiva para as ações do setor. A proximidade do corte de juros também contribuiu para o movimento de alta do papel.
A rede de supermercados Atacadão também entrou no ranking ao registrar uma valorização de 22,5% no acumulado do mês. O avanço se deve ao resultado do balanço do 2T23 que surpreendeu às expectativas do mercado mesmo com o cenário inflacionário. Além disso, a companhia conseguiu mostrar para os investidores o controle dos custos de integração das lojas do Grupo BIG. ” Vemos espaço para ganhos graduais e consistentes de margem nos próximos trimestres, à medida que as vendas e as margens amadurecem em linha com os números consolidados do Carrefour Brasil”, informou a Ágora em relatório enviado ao E-Investidor.
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