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11 ações de empresas para quem pensa na aposentadoria

Papéis que de longo prazo e ações de empresas que pagaram dividendos nos últimos anos são opções para quem está de olho na aposentadoria

É necessário que o investidor entenda que, ao entrar na renda variável, ele assume mais riscos. Foto: Envato Elements
  • Na hora de montar uma carteira de investimentos, é necessário se perguntar quais são os seus objetivos, prazos e disposição ao risco. Especialmente quando se trata de aplicações que podem garantir uma aposentadoria tranquila no futuro
  • Ricardo França, analista de investimentos da Ágora Investimentos, e Paloma Brum, analista da Toro Investimentos, citaram algumas ações que podem ser adquiridas para quem pretende utilizar a renda variável para compor a aposentadoria

Na hora de montar uma carteira de investimentos, é necessário se perguntar quais são os seus objetivos, prazos e disposição ao risco. Especialmente quando se trata de aplicações que podem garantir uma aposentadoria tranquila no futuro.

No caso da renda variável, é necessário reconhecer os riscos e analisar bem o cenário atual.

Ricardo França, analista de investimentos da Ágora Investimentos, sugere a esse tipo de investidor que ele busque ações de empresas que se adaptam a diversos cenários, já maduras e consolidadas no mercado. Porém, tais aportes precisam ser bem pensados.

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“Acho que dá para combinar o investimento em renda variável, mas precisa ser bem diversificado. Para não ficar na mão de um mercado mais volátil”, conta França.

Paloma Brum, analista da Toro Investimentos, indica que o investidor componha uma carteira com pelo menos cinco ativos de setores diversos.

“Um exemplo é investir em empresas com receitas dolarizadas e outras com maior exposição ao mercado nacional. Com isso, os riscos de mercado são minimizados e diminui-se a chance de que uma única alocação comprometa a rentabilidade de toda a carteira”, diz a analista da Toro.

Os especialistas citaram algumas ações que podem ser adquiridas para quem pretende utilizar a renda variável para compor a aposentadoria. Foram considerados os papéis visando o longo prazo, pagadores de dividendos nos últimos anos e que valem a entrada neste momento.

Apesar das dicas, Brum ressalta: “A carteira de investimentos deve ser sempre reavaliada, pois não existe ativo de renda variável que garanta a sua rentabilidade ao longo do tempo”.

Ações para quem está planejando a aposentadoria

Veja a lista das ações de empresas que podem ser vantajosas a quem visa a aposentadoria:

1. Alupar (ALUP11), Cemig (CMIG4) e CPFL Energia (CPFE3)

Os papéis da Alupar (ALUP11), Cemig (CMIG4-2,23%) e CPFL Energia (CPFE3) são citados por Ricardo França, analista da Ágora Investimentos, como boas opções para o longo prazo. As empresas de energia têm contratos longos que são reajustados de acordo com a inflação.

2. B3 (B3SA3)

A B3 (B3SA3) apresenta boa rentabilidade, margens altas e alta eficiência operacional, além de ser uma boa pagadora de dividendos aos acionistas. Pela boa perspectiva presente e futura para a empresa, Paloma Brum recomenda a compra das ações B3SA3 para o longo prazo.

3. Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4)

Bradesco (BBDC4-0,62%) e Itaú Unibanco (ITUB4-0,67%) vêm conseguindo ampliar os seus processos de digitalização. Os bancos privados de grande capitalização, de forma geral, possuem muita resiliência a cenários variados.

Por isso, suas ações tendem a sofrer menos ou até ter ganhos em cenários de aversão ao risco, como o atual. Além disso, são bons pagadores de dividendos, destaca Paloma Brum.

4. Cyrela (CYRE3)

As ações Cyrela (CYRE3) são uma boa oportunidade e estão bem descontadas. A analista da Toro explica que, por ser focada nos segmentos de moradia de alto e médio padrão, a empresa não é tão dependente das condições de financiamento e do crescimento da economia brasileira, que atualmente está comprometida com a alta dos juros e pela queda na renda média dos brasileiros.

5. ISA CTEEP (TRPL4)

Dentro do setor elétrico, o segmento de transmissão é pouco impactado pelos riscos hidrológicos e pelas variações de preço. Esse fato leva a uma vantagem comparativa para a ISA CTEEP (TRPL4) frente às demais companhias, já que ela atua somente neste segmento.

A empresa segue uma linha de distribuição de dividendos considerada alta e apresenta uma boa governança corporativa, segundo o que indica a especialista Paloma Brum.

6. Lojas Renner (LREN3)

Considerada uma das empresas mais bem geridas da Bolsa brasileira, as Lojas Renner (LREN3-3,45%) têm exposição à clientela de classes A e B, cujo consumo é mais resiliente em cenários de crise. A empresa apresenta os melhores indicadores de rentabilidade, se comparada a outras empresas do setor de moda.

Apesar de todo o impacto da pandemia de coronavírus, Paloma Brum acredita que as Lojas Renner continuarão com seus números fortes. “A companhia vem focando cada vez mais nas suas operações on-line, que tiveram forte crescimento nos últimos trimestres“, diz.

7. MRV Engenharia (MRVE3)

O aumento no número de vendas, que reduziu os estoques, a perspectiva de retomada da economia brasileira pós-pandemia e o déficit habitacional nos Estados Unidos são motivos que fazem Paloma Brum enxergar com bons olhos o futuro da MRV Engenharia (MRVE3) no setor de construção civil no Brasil e no exterior.

A MRV adquiriu 51% da sua coirmã americana, a AHS Residential, que atua como incorporadora, construtora e administradora de aluguéis residenciais. O objetivo é fazer a expansão do negócio nos EUA, onde existe excesso de demanda.

Além disso, as ações estão muito descontadas. Em um ano, elas perderam 42% do seu valor.

8. Sanepar (SAPR4)

Para a analista da Toro, a Sanepar (SAPR4) possui uma boa gestão, além de atuar no Paraná, estado com alto poder aquisitivo. A sua inclinação para investimentos sustentáveis e ecologicamente corretos e sua posição no setor de saneamento básico também são considerados fatores positivos para a analista, que recomenda a compra das ações.

9. Totvs (TOTS3)

A Totvs (TOTS3) possui atuação diversificada entre diversos segmentos econômicos, o que em parte a protege de cenários de crise da economia. Paloma Brum reforça que a empresa está inserida em um setor de constante ampliação: o de tecnologia para o setor financeiro.

10. Vale (VALE3)

A presença global da Vale (VALE3-2,21%), com manutenção de operações de extração em vários continentes, permite a redução de risco geográfico. A empresa apresenta uma estrutura operacional, capacidade de gestão de custos e poder de negociação que a colocam em uma posição privilegiada.

Ao indicar os papéis VALE3, Ricardo França reforça que, em uma estratégia diversificada, é importante ter exposição às ações de empresas exportadoras, que é o caso da Vale.

11. Weg (WEGE3)

A Weg (WEGE3-2,33%) possui uma sólida posição de caixa líquido, o que abre espaço para novas aquisições em setores estratégicos, permitindo crescimento mesmo em um eventual caso de estagnação da receita. Além disso, de acordo com Paloma Brum, a empresa conta com produtos de alta qualidade e um histórico de retornos constantemente altos.