- Algumas ações se destacaram nos últimos 12 meses e deram retornos polpudos para quem, lá atrás, decidiu montar posição nesses ativos
- A empresa de educação Yduqs (YDUQ3), por exemplo, subiu 122,3% no período, e registrou a melhor rentabilidade de 2023 entre os papéis do Ibovespa
- Considerando o pagamento de dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP), pagos até 15 de dezembro, a Petrobras lidera o ranking entre os pares do Ibovespa, com seus dois papéis nas primeiras posições
O ano de 2023 vai chegando ao fim e alguns investidores têm motivos para comemorar quando o assunto é rentabilidade e dividendos. Algumas ações se destacaram nos últimos 12 meses e deram retornos polpudos para quem, lá atrás, decidiu montar posição nesses ativos. A empresa de educação Yduqs (YDUQ3), por exemplo, subiu 122,3% no período, e registrou a melhor rentabilidade de 2023 entre os papéis do Ibovespa.
Os dados fazem parte de um levantamento da Grana Capital, com dados até o dia 15 de dezembro e enviado com exclusividade ao E-Investidor. Veja a seguir:
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“A Yduqs apresentou resultados sólidos recentemente, com Ebitda ajustado em linha com as expectativas do mercado e com um crescimento projetado para o próximo trimestre”, afirma Felipe Pontes, sócio da L4 Capital. “A empresa parece estar se posicionando para um crescimento sustentável, com foco em inovação e qualidade.”
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No terceiro trimestre deste ano, a Yduqs reportou lucro líquido de R$ 93,3 milhões, alta de 478,2% ante o mesmo período de 2022. Já o lucro líquido ajustado foi R$ 123,3 milhões, avanço de 83,4% na mesma base de comparação.
Além da empresa de educação, mais duas ações do principal índice da bolsa dobraram de preço neste ano: Ultrapar (UGPA3) e CSN Mineração (CMIN3), com valorização de 105,8% e 100%, respectivamente. Fecham o top 5 de melhor rentabilidade os papéis de Cyrela (CYRE3), com alta de 86, 9%, e Petrobras (PETR4), com avanço de 85%.
“Após anos desafiadores, a Ultrapar tem boas expectativas de manutenção de margens positivas. Entretanto, as perspectivas para 2024 são de cautela, dadas as incertezas competitivas no mercado de GLP”, diz Pontes. “A CSN Mineração mostrou um forte aumento de vendas, sinalizando um bom momento para o setor”, acrescenta.
Dividendos
A distribuição de lucros é um dos principais atrativos na escolha de papéis da bolsa para alguns investidores. Considerando o pagamento de dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP), pagos até 15 de dezembro, a Petrobras lidera o ranking entre os pares do Ibovespa, com seus dois papéis nas primeiras posições. A ação preferencial PETR4 registrou dividend yield (DY) de 20,5% e o papel ordinário PETR3, 19,6%.
Além da petroleira, fecham o top as ações de Gerdau (GOAU4), Bradespar (BRAP4) e CSN (CSNA3), com DY de 15,20%, 12,40% e 10,90%, respectivamente. Vale destacar que o dividend yield é um indicador que resulta da divisão do valor dos dividendos anuais pelo preço da ação de uma companhia.
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Para Vitorio Galindo, analista de investimentos CNPI e head de análise fundamentalista da Quantzed, a Petrobras se destacou devido à continuidade de resultados muito fortes neste ano. O preço elevado do petróleo durante boa parte do ano influenciou na geração de caixa e, consequentemente, no pagamento de dividendos.
“A empresa não teve uma intervenção tão grande ou do tamanho que o mercado estava precificando pós-eleições. Acho que esse era o maior risco da tese e o maior medo dos investidores e acabou não acontecendo”, avalia Galindo.
No caso de CSN, o sócio da L4 avalia que a perspectiva para 2024 é de continuidade no crescimento e na geração de valor para os acionistas, “amparada por projeções de aumento na produção e investimentos em expansão – que precisam ser feitos com cuidado, para não impactar os dividendos”.
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