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Com 7 dias de B3, ações da Vamos (VAMO3) saltam na Bolsa

O IPO da companhia movimentou R$ 1,186 bilhão e as ações saltaram quase 5% na semana de estreia

Com 7 dias de B3, ações da Vamos (VAMO3) saltam na Bolsa
Grupo Vamos. Foto: Divulgação
  • Em seu primeiro dia na Bolsa, as ações da companhia registraram alta de 18,12%
  • Destaque no setor de locação de caminhões, máquinas e equipamentos, o grupo Vamos possui mais de 15 mil veículos e conta com uma rede de concessionárias espalhadas pelo Brasil
  • Segundo os analistas, o segmento de locação de caminhões tem muito espaço para crescimento no País

A Vamos (VAMO3), empresa de locação de caminhões pertencente ao Grupo Simpar (SIMH3) – antigo Grupo JSL que também detém a locadora Movida (MOVI3) – fechou a sua primeira semana na B3 em alta de 4,67%, com as ações cotadas a R$ 32,50 no fechamento do mercado de sexta-feira (12).

A ação da companhia estreou no dia 29 de janeiro precificada a R$ 26. No total, foram ofertados 34.215.328 papéis primários e 11.405.109 ações secundárias, sendo todas destinadas aos investidores institucionais.

Até 16h15 desta segunda-feira,8 , VAMO3 tinha alta de 7,48% na B3, cotada a R$ 34,90.

Destaque no setor de locação de caminhões, máquinas e equipamentos, o grupo Vamos possui mais de 15 mil veículos e conta com uma rede de concessionárias espalhadas pelo País. Veja o que esperar das ações:

Panorama

No Brasil, a maior parte da logística se dá pelo sistema rodoviário. Para Igor Cavaca, analista da Warren, como a operação da Vamos é focada nesse segmento, há um forte potencial de expansão nas receitas. “Para efeitos de comparação, nos EUA, o mercado de locação de veículos pesados é de 16%. Aqui é de 1%”, diz Cavaca.

Fora a estrutura logística que beneficia a companhia, aqui estamos falando de um produto: os caminhões, subsidiados pelo governo. “O governo custeia os empréstimos para os caminhões porque a  maior parte do nosso processo de logística é realizado por rodovias. Com a baixa taxa de juros, a empresa tende a se favorecer ainda mais”, diz Cavaca.

Com a IPO, a Vamos movimentou cerca de R$ 1,186 bilhão. Desses, R$ 890 milhões serão destinados ao caixa da companhia para a renovação da frota para a locação e também para as máquinas e equipamentos. Os outros R$ 296 milhões restantes irão para a Simpar.

Para Mário Goulart, analista CNPI da 02 Research, o Ebitda da companhia é forte e favorece as perspectivas futuras. “A Vamos possui uma margem operacional de 60% mesmo com a margem líquida, ou seja, com uma despesa financeira robusta por conta da posição de endividamento relativamente alta”, diz.

Por ser uma empresa de locação, a Vamos é um negócio que precisa de capital de maneira intensiva, pois tem que fazer dívida para comprar o equipamento que irá locar. “No fim das contas, é algo controlável e específico da atividade”, explica Goulart.

Segundo informações da Bloomberg, em 2017, a companhia viu as receitas saltaram 99% – em 2018, o salto foi de 127%. “São números muito expressivos e que mostram que a Vamos sabe fazer dinheiro”, diz Goulart.

Na visão do analista, a alta nas ações durante a estreia na B3 se deve pela mistura de fundamentos com o famoso Fomo (Fear Of Missing Out), ou na tradução, medo de ficar de fora. “Todo IPO dos últimos tempos está funcionando na base do Fomo”, diz.

Já para Cavaca, o motivo da alta no primeiro dia é a busca por ativos de risco. “Estamos vivendo um momento com uma demanda muito grande por ativos de risco no mercado brasileiro por parte do varejo. A maior parte dos IPOs está subindo bastante por conta disso”, diz.

Para Gustavo Akamine, analista da Constância Investimentos, dois motivos explicam o movimento de alta na semana. “Primeiro, a oferta era restrita, por isso, abrir para o mercado como um todo permitiu a entrada de mais investidores. Além disso, a Vamos é uma empresa que proporciona muito crescimento e ações que têm esse grande potencial de crescer têm sido muito favorecidas na bolsa”, diz.

Perspectivas

Por meio da Simpar, a Vamos está presente em todas as frentes para os caminhoneiros e frotistas, desde os produtos financeiros para quem deseja adquirir o seu próprio caminhão, até a locação para quem não quer ter que arcar com as despesas. “Por conta dessas características de transporte e logística, o crescimento da empresa está diretamente relacionado ao crescimento do agronegócio no país”, diz Goulart.

Sendo assim, a recomendação de Goulart é de compra. “Tanto a Vamos, como a Simpar, vejo com bons olhos. Contudo, com a holding, você investe em mais empresas do grupo e tem um valor de, em média, 25% acima do que as partes separadas”, diz Goulart.

Segundo Cavaca, a Warren ainda não possui recomendações para a empresa. “Os papéis têm um potencial de diversificação, pois é um tipo de empresa que não tínhamos no mercado de bolsa e a capacidade de expansão das suas operações torna-se bastante interessante para o investidor”, diz.

Na visão de Akamine, as perspectivas são positivas. “Além de ser a maior player do setor, a companhia conseguiu se capitalizar antes dos concorrentes. Por ser a pioneira, tem essa vantagem e está conquistando grandes contratos para fazer a gestão de frotas”, diz. “A Vamos é uma boa opção para os investidores que buscam uma empresa de crescimento.”

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