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- Na ausência de produtoras com alta performance na bolsa, as varejistas é que ganham com a alta na produção de eletroeletrônicos
A alta de quase 20% na produção de eletroeletrônicos em junho reforça a leitura de que o varejo está conseguindo driblar os efeitos da pandemia de covid-19 em 2020. Para analistas consultados pelo E-investidor, com a ausência de produtoras de alta performance na bolsa, as varejistas são as empresas com maior potencial de ganhos a partir desse indicador.
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Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), houve expansão de 19,9% em junho, contra maio. Contudo, a produção industrial do setor elétrico e eletrônico ainda acumula queda de 14,5% no primeiro semestre do ano.
“Hoje não temos grandes nomes listados [na bolsa] do setor de produção de eletroeletrônico no Brasil. Quem ganha são as varejistas, que são referência e, dada a escala que elas possuem, conseguem sempre encontrar demanda para os seus produtos”, diz Henrique Esteter, analista da Guide Investimentos.
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Para ele, empresas como a Positivo (POSI3), que produz notebooks e softwares, são exemplos de nomes do setor produtivo de eletroeletrônicos que poderiam ter algum ganho com a notícia, mas longe do impacto direto que as varejistas podem ter nos papéis.
Na sexta-feira (7), as ações da Positivo registraram queda de 46,62% no acumulado do ano. Em contrapartida, B2W (BTOW3), Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VVAR3), apresentaram crescimento positivo de 94,21%, 80,57% e 70,37%, respectivamente, no mesmo período.
O crescimento das ações destas companhias, mesmo em período de crise, se comprova também nos dados de vendas. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), as vendas desses produtos cresceram 46,25% em maio, se comparado ao mês de abril.
O sócio Veedha Investimentos, Rodrigo Moliterno, também concorda que o potencial de crescimento das ações é maior para as empresas que comercializam do que as que produzem. Ele cita, por exemplo, a Whirlpool SA (WHRL4), responsável por marcas conhecidas no Brasil, como Brastemp e Consul, que poderia colher algum resultado. “Mas como é um papel que não tem muita liquidez, talvez não esteja no radar do mercado”, diz o sócio da Veedha. A ação da empresa tem queda de 14,38% no acumulado do ano.
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Moliterno também destaca o papel do e-commerce nos resultados do varejo no período de lockdown, que também deverá ser aperfeiçoado para o pós-pandemia. “As empresas do varejo eletrônico vão continuar sendo beneficiadas. Elas são as grandes responsáveis por vender esses produtos [eletroeletrônicos]”, diz Moliterno.