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- Conforme a prévia operacional não auditada, a empresa contabilizou R$ 414 milhões em vendas contratadas entre julho e setembro, o que indica um crescimento de 192,5% em relação aos R$ 141,5 milhões registrados no mesmo período de 2019
- Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos, explica que a taxa de juros baixa tem ajudado muito a aumentar a demanda por imóveis de uma forma geral
- Para Gustavo Akamine, analista fundamentalista da Constância Investimentos, a alta nas ações pode ser explicada pela forte procura por casa de campo no mercado de alto luxo, assim como a chamada de assembleia para apresentar novas medidas de governança da JHSF
Na última terça-feira (5), a JHSF divulgou números animadores do seu segmento de incorporação no terceiro trimestre deste ano. Conforme a prévia operacional não auditada, a empresa contabilizou R$ 414 milhões em vendas contratadas entre julho e setembro, o que indica um crescimento de 192,5% em relação aos R$ 141,5 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
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As ações JHSF3 fecharam o pregão desta quarta-feira (7) em R$ 7,54, uma alta de 3,71% em relação aos R$ 7,27 negociados nesta terça (6).
A JHSF atua na incorporação imobiliária, shopping centers, gastronomia e hotelaria. Entre os destaques do bom resultado, a companhia informou um crescimento de 321,2% nas vendas da Fazenda Boa Vista, com faturamento total de R$ 289,5 milhões. No mesmo período do ano passado, o empreendimento registrou um montante de R$ 68,7 milhões.
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Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos, explica que a taxa de juros baixa tem ajudado muito a aumentar a demanda por imóveis de uma forma geral. “Mas ainda esperamos dificuldades nas áreas de shoppings, hotéis e restaurantes”, analisa Chinchila.
Diferentemente da Fazenda Boa Vista, as vendas contratadas do Fasano Cidade Jardim recuaram para R$ 26,5 milhões, uma queda de 56,5% ante 2019 (R$ 60,9 milhões). O empreendimento Boa Vista Village, por sua vez, teve R$ 98 milhões em vendas contratadas no terceiro trimestre, mas não há dados do ano passado para fins de comparação.
Para Gustavo Akamine, analista fundamentalista da Constância Investimentos, a alta nas ações pode ser explicada pela forte procura por casa de campo no mercado de alto luxo, assim como a chamada de assembleia para apresentar novas medidas de governança da JHSF.
“A empresa foi muito criticada no passado por transações entre partes relacionadas, mas agora terá um conselho com nove assentos, sendo sete conselheiros independentes. Além disso, ela irá criar um comitê somente para analisar transações com partes relacionadas e terá uma nova política para tais transações”, explica Akamine.
O que esperar das ações?
Conforme mostrou o Broadcast, o BTG Pactual mantém recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 11, o que representa uma valorização de 45,89% considerando a cotação de R$ 7,54 nesta quarta (7).
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Segundo Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, analistas do BTG Pactual, além da taxa de juros baixa, “a covid-19 criou alguma demanda adicional para segundas residências”.
Cambauva e Credendio também avaliam que o terceiro trimestre deverá apresentar números mais fracos para a divisão de shoppings/hotéis/restaurantes, mas a incorporação tende a compensar esse cenário.
Chinchila afirma que ainda há tendência de aumento nas vendas de imóveis também para o 4T20, o que pode ser positivo para ações da companhia.
O analista da Constância diz que impactos positivos poderão ocorrer se a tendência de casa de campo se perpetuar além do período da epidemia. “Se for somente um fato isolado de alguns meses, o impacto seria menor [para as ações]”, acrescenta.
Quais têm sido os resultados da companhia?
Na última sexta-feira (2), o Conselho de Administração da JHSF aprovou o pagamento de dividendos intermediários no valor total de R$ 46 milhões, o equivalente a R$ 0,0671 por ação ordinária.
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O valor deverá ser pago de acordo com a posição acionária desta quarta (7) e, a partir desta quinta-feira (8), os papéis passam a ser negociados ex-direitos. O crédito será feito aos acionistas a partir do próximo dia 19 de outubro.
Com validade até 26 de fevereiro de 2022, a incorporadora JHSF também abriu programa de recompra de ações, no final de agosto, até o limite de 28.000.000 de ações ordinárias, que representam 4,0844272051% do total de ações da companhia em circulação no mercado.
Segundo a empresa, o programa tem a “finalidade de maximizar a geração de valor para os acionistas”.
Procurada pelo E-Investidor, a JHSF não quis comentar o assunto.
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