Mercado

Após fusão com B2W, Americanas (AMER3) sofre com volatilidade

Em abril, a Lojas Americanas anunciou a fusão com a B2W, mas a operação ainda não agradou o mercado

Lojas Americanas (Foto: Fábio Motta/Agência Estado)
  • Segundo analistas, o investidor prefere aguardar a entrega de resultados da Americanas (AMER3) para investir em suas ações
  • De abril até o pregão desta segunda-feira (11), os papéis da companhias sofreram uma queda superior a 50%

A fusão entre as Lojas Americanas e B2W, antiga companhia de comércio eletrônico, não atendeu, até o momento, as expectativas do mercado e sofre com alta volatilidade nos últimos dias. O desempenho do valor das ações AMER3 tem sido negativo desde o anúncio do negócio. De acordo com analistas, a operação gerou algumas incertezas para o investidor que analisa o desempenho da empresa neste momento.

A derrocada no valor dos papéis já alcançou uma queda de 50,55% desde o dia 29 de abril, quando houve o anúncio da fusão, até o pregão desta segunda-feira (11). Além disso, nos últimos cinco dias, as ações têm apresentado alta volatilidade com ganhos e quedas significativas. Nesta segunda-feira, por exemplo, fechou em R$ 33,79, alta de 0,15%.

Na avaliação de Pedro Serra, gerente da Ativa Investimentos, o investidor preferiu ficar de fora da companhia para compreender melhor como a Americanas (AMER3) deve seguir com o negócio a partir da nova estrutura. Mas há outro fator que tem maltratado não só a companhia como também o setor de varejo. 

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“Desde a combinação de negócios, o setor de varejo como um todo vem sendo penalizado pela abertura da curva de juros de 10 anos e por um cenário macroeconômico mais instável”, aponta Pedro. Para a AMER3, a recomendação da Ativa Investimentos é neutra, com preço-alvo de R$ 57,70.

Já Danniela Eiger, Head de Varejo e Co-Head de Equity Research, afirma que a retomada das vendas do varejo físico e o aumento dos preços dos produtos contribuíram para o baixo desempenho da companhia que apostou no e-commerce com a fusão. “Agora, estamos vivendo em uma tendência positiva de retomada da economia”, afirma. “O aumento de preços dos produtos de eletrodomésticos, mesmo não sendo o forte da Americanas, prejudica o poder de compra dos consumidores ”, acrescenta.

Além disso, ela cita também que o investidor está preferindo empresas com resultados mais consistentes do que apostar em ações com alta volatilidade. “A Americanas ainda tem alguns resultados para entregar de acordo com o que eles direcionaram”, ressalta.