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Mercado

Por que as bets se tornaram vilãs para Magalu, Americanas e Casas Bahia

Analistas apontam os possíveis impactos das apostas online para as varejistas, que já enfrentam dificuldades com os juros altos

Bruno Andrade é repórter do E-Investidor
Por Bruno Andrade

02/10/2024 | 14:00 Atualização: 03/10/2024 | 7:39

Magazine Luiza (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)
Magazine Luiza (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)

Não é novidade que a alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, seja um vilão para empresas como Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e Casas Bahia (BHIA3). O cenário atual é de que os juros devem encerrar 2024 a 11,75% ao ano, segundo o mais recente boletim Focus. A questão é que, além de o setor enfrentar a alta de juros, um novo concorrente surgiu nos últimos 12 meses, as bets (empresas de apostas online). Para quem olha de fora, pode parecer que isso não tem muita conexão, mas, ao notar estudos do setor, os números começam a ficar preocupantes e acendem o sinal de alerta para os analistas ouvidos pelo E-Investidor.

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Segundo dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 46% dos brasileiros que apostam afirmam que já deixaram de consumir algum produto para apostar. O estudo aponta que os brasileiros gastam em média R$ 6 bilhões com apostas online por mês. Outros dados chamam ainda mais a atenção.

Conforme os analistas do Santander, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os gastos com apostas esportivas online representam cerca de 20% do orçamento discricionário das famílias de baixa renda e 36% do orçamento de lazer das classes de renda mais baixa. Jonas Carvalho, CEO da Hike Capital, observa que esses números são resultados de uma sociedade com baixo nível de educação financeira, forte influência de diversas propagandas massivas para o segmento e a busca por retornos rápidos em uma sociedade totalmente desigual.

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“Em uma sociedade onde as desigualdades são evidentes, muitas vezes esses comportamentos podem ser incentivados pela esperança de escapar de dificuldades financeiras”, diz o especialista. A fala também é reforçada por um estudo do Banco Central, que mostra que 5 milhões de pessoas beneficiárias do Bolsa Família enviaram R$ 3 bilhões às empresas de apostas utilizando o Pix. O gasto médio dessa faixa de renda com as bets por pessoa foi de R$ 100.

Ou seja, olhando os números e os dados, o Brasil ganhou um novo setor que consome uma fatia relevante do orçamento das famílias, sejam elas de baixa ou de alta renda. O questionamento que fica para os investidores de Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e Casas Bahia (BHAI3) é como a nossa atual situação impacta diretamente essas três empresas.

Na visão de Daiane Gubert, head de assessoria de investimentos da Melver, o setor varejista tende a ter um grande impacto. Ela estima que todo o segmento deve ter uma redução de até 11,2% de seu faturamento – ou seja, menos R$ 117 bilhões a serem injetados no varejo. “Todas as empresas varejistas serão impactadas, do pequeno lojista às grandes redes”, aponta.

Qual segmento do varejo será o mais impactado pelas bets?

O consenso dos analistas é de que nem todos os setores no varejo serão impactados da mesma forma. As estimativas apontam que Magazine Luiza, Americanas e Casas Bahia devem sofrer mais com as mudanças, assim como o setor de supermercados.

De acordo com Lucas Barbosa, analista da Ativa Investimentos, o setor alimentar será ainda mais impactado pelo fato de ser uma compra recorrente, com predominância mensal. “O consumidor tem o hábito de comprar um iogurte ou uma geleia, mas no mês seguinte ele não compra justamente para apostar nas bets. Ou seja, ele deixa de consumir e gerar receita para o supermercado para injetar dinheiro na empresa de aposta online”, argumenta.

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O analista da Ativa aponta que a empresa a ser mais impactada é a rede de supermercados Assaí (ASAI3). Segundo ele, a companhia é voltada para o setor de atacarejo que tem como foco central as pessoas de baixa renda. Já Rodrigo Simões, economista e professor da Faculdade do Comércio, concorda com esse desvio de consumo e que as empresas do setor de alimentos tendem a ter os primeiros cortes dos consumidores nesse cenário de disputa do porcentual da renda dos brasileiros que fazem apostas esportivas.

Esse conceito é chamado de share of wallet, que é exatamente o porcentual de consumo do indivíduo em determinado segmento ou local. Por exemplo, antes das bets, uma pessoa de baixa renda gastava 60% do salário com alimentação, 35% com contas básicas, vestimentas, aluguel e a parcela de móveis e 5% com o lazer, se sobrar.

Com a chegada das bets, ela passa a gastar 20% do seu salário somente com as apostas, trazendo uma necessidade de rearranjo dos demais gastos. Para Lucas Barbosa, da Ativa, e Rodrigo Simões, da Faculdade do Comércio, a redução viria do setor alimentício. Já Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, diz acreditar que o setor de alimentos seria o de menor impacto.

“Mesmo que o consumidor faça algum corte, o básico da alimentação deve continuar. Já as empresas que trabalham com o crediário, como as Casas Bahia, podem sofrer com a inadimplência. Essa acaba sendo a lógica do vício: você chega a um ponto de descontrole em que precisa escolher o que pagará, se é a comida ou o crediário, e as pessoas de baixa renda tendem a continuar consumindo alimentos”, argumenta.

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A especialista da Empiricus diz que os setores de varejo alimentício e saúde serão os menos afetados pelas bets. Todavia, os de bens duráveis que trabalham com parcelamento via cartão de crédito ou crediário serão altamente impactados, o que para ela complica a situação para o Magazine Luiza, Americanas e Casas Bahia.

Já o analista da Ativa acredita que o impacto nessas empresas seria diferente, indo mais pelos produtos de menor preço, como um mouse. Desse modo, esse produto de médio e baixo custo tende a ficar no estoque, o que faz com que as empresas passem a ter um desarranjo no balanço. “Ao longo do tempo, o estoque vai aumentar e isso impactará o capital de dívida da companhia. No final, a varejista precisará fazer algumas remarcações, umas promoções e isso pesará também na rentabilidade da empresa no curto e médio prazo”, aponta.

Vale lembrar que as três empresas do setor varejista já estão em situação difícil ou tentando retomar a lucratividade. Daiane Gubert, da Melver, menciona o Magazine Luiza: a empresa conseguiu mostrar para o mercado no último balanço com melhora na rentabilidade. Segundo a especialista, a empresa tende a sofrer com o aumento de estoques e regressão da melhora do balanço.

No entanto, a mais impactada, segundo ela, será a Americanas. “A Americanas poderá ser ainda mais impactada, pois já possui desafios significativos na situação atual. As apostas representam um problema potencial a ser adicionado. As varejistas se reunirão em Brasília com a intenção de discutir o tema devido à urgência em função dos impactos e números alarmantes”, salienta Daiane Gubert.

Magalu (MGLU3), Americanas (AMER3) ou Casas Bahia (BHAI3): qual ação comprar agora?

Os analistas têm um consenso: o investidor não deve comprar agora as ações do Magalu (MGLU3), Americanas (AMER3) e Casas Bahia (BHAI3). O motivo é justamente o desafio do setor com a alta de juros e a disputa de mercado de consumo com as bets. Além disso, outros fatores como a reestruturação do Grupo Casas Bahia e a recuperação judicial da Americanas entram na conta dos especialistas.

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Por isso, cada analista acabou sugerindo uma ação diferente para o investidor. A Ativa tem recomendação de compra para o Mercado Livre (MELI34) com preço-alvo de R$ 108 para o Brazilian Depositary Receipt (BDR), crescimento de 15,71% na comparação com o fechamento de terça-feira (1º), quando a ação encerrou o pregão a R$ 93,33.

“É inegável que o Mercado Livre também está no grupo de risco em relação à queda de receitas devido à perda de participação nos gastos das famílias. No entanto, a empresa é muito mais resiliente por estar financeiramente mais organizada”, explica Lucas Barbosa.

Larissa Quaresma, da Empiricus, também recomenda compra para o Mercado Livre. Ela diz que a empresa atua no modelo de plataforma, priorizando a relação comercial entre o comerciante e o consumidor final – fazendo o impacto das bets ser menor para a companhia. Outra ação recomendada pela analista é o Grupo SBF (SBFG3), empresa dona da Centauro.

Ela comenta que a companhia “faz um trabalho excelente” de recuperação de rentabilidade com o aumento da geração de caixa e margens de lucratividade da operação em um bom nível. A especialista também reafirma que a ação está barata, mesmo após ter subido quase 50% em 2024.

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Daiane Gubert, head de assessoria de investimentos da Melver, comenta que as ações da Azzas (AZZA3), fusão entre o Grupo Soma e a Arezzo, também são uma boa opção para o investidor. “A capacidade de ambas as empresas de entregar crescimento e boa rentabilidade demonstra a força de suas marcas; portanto, a combinação dessas forças e a captura das sinergias é muito positiva para os acionistas”, argumenta.

A Ativa também tem recomendação para a Azzas, com preço-alvo de R$ 92,40, uma possível alta de 121% na comparação com o fechamento de terça-feira (1º), quando a ação encerrou o pregão a R$ 41,76. De modo geral, o consenso dos analistas aponta que nenhuma empresa estará imune aos problemas das bets. Mas essas empresas recomendadas por eles são as que podem se sair melhor dessa situação, ao contrário de Magazine Luiza, Americanas e Casas Bahia.

Segundo Priscila Zat, especialista em investimentos da Warren Investimentos, a situação da bets no Brasil é difícil. Para ela, mesmo que as pessoas sejam livres para gastar o dinheiro onde quiserem, utilizar o orçamento familiar destinando a apostas pode trazer prejuízos. “O ideal seria a pessoa ter um gerenciamento das suas finanças, refletir sobre os objetivos de vida, principalmente onde ela está, e onde você quer chegar, quais os caminhos a serem percorridos, ter consistência, e focar no que quer, sem dúvida, são as melhores decisões”, aponta.

Ainda assim, Juliana Inhasz, economista e professora do Insper, comenta que estamos longe de o país ter um alto nível de educação financeira. Por isso, ela entende que seria interessante uma alta fiscalização do governo sobre as bets com o uso de auditoria, para ver se as companhias possuem inidoneidade e trabalho sério com seus apostadores e coibir as que fazem lavagem de dinheiro – além da necessidade de investimento em educação financeira. Essa seria uma das formas de mitigar os impactos no setor varejista para empresas como o Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e Casas Bahia (BHAI3).

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