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Boeing rescinde o acordo de fusão com a Embraer

Joint venture envolvendo a área de jatos regionais da companhia brasileira tinha sido acertada em 2018

Boeing rescinde o acordo de fusão com a Embraer
(Foto: Divulgação Embraer)
  • A Boeing encerrou as negociações com a Embraer para estabelecer uma joint venture envolvendo a área de jatos regionais da companhia brasileira
  • Os termos e condições do acordo tinham sido aprovados em 17 de dezembro de 2018
  • A empresa brasileira ainda não se manifestou sobre a decisão da fabricante americana

(Felipe Laurence/Estadão Conteúdo) A Boeing anunciou neste sábado, 25, que encerrou as negociações com a Embraer para estabelecer uma joint venture envolvendo a área de jatos regionais da companhia brasileira. O prazo para as duas empresas finalizarem o acordo terminou na sexta-feira, 24, mas havia a possibilidade de as negociações serem estendidas até outubro.

“A Boeing exerceu seu direito de encerrar as negociações após a Embraer não satisfazer as condições necessárias (para o acordo)“, diz a empresa americana, em nota.

Segundo a empresa, a joint venture já havia recebido aval “incondicional” da maioria das autoridades reguladoras, com exceção da Comissão Europeia, que iria se posicionar até o dia 7 de agosto. “A Boeing trabalhou de forma diligente por mais de dois anos para finalizar a transação com a Embraer. Nos últimos meses, tivemos produtivas, mas em última instância, sem êxito, negociações sobre as condições da parceria”, diz Marc Allen, presidente da Embraer Partnership & Group Operations da Boeing. “Todos nós trabalhamos para resolver esses pontos antes do prazo, mas não aconteceu. É extremamente decepcionante. Mas chegamos a um ponto no qual a continuidade das negociações não iria resolver os problemas restantes.”

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Os termos e condições aprovados em 17 de dezembro de 2018 definiram a criação de uma joint venture (Boeing Brasil Commercial) contemplando ativos do segmento de Aviação Comercial da Embraer e serviços relacionados (segmento de Serviços & Suporte) com 80% de participação da Boeing e 20% da Embraer. Em 10 de janeiro de 2019, o governo brasileiro informou que não exerceria seu direito de veto no negócio das duas empresas. A Boeing e a Embraer vão manter sua parceria já existente, assinada em 2012 e renovada em 2016, para a fabricação e apoio conjunto da aeronave militar C-390 Millennium.

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