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- As três ações que mais ganharam preço na semana foram Cogna (COGN3), Via Varejo (VVAR3) e Lojas Americanas (LAME4)
- A alta da Cogna foi influenciada pelo anúncio do IPO da Vasta, seu braço de ensino básico, na Nasdaq, em Nova York
- As varejistas em geral viveram um bom momento, influenciado pela divulgação de dados do IBGE que sugerem um cenário mais animador de retomada da economia
A partir desta semana, além dos habituais balanços com as maiores altas e baixas da Bolsa a cada dia, o E-Investidor passará a mostrar, às sextas-feiras, quais foram os papéis que se destacaram a cada semana, em variações positivas e negativas.
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Nesta semana de 6 a 10 de julho, as três ações que mais ganharam preço foram as da Cogna (COGN3), com mais de 20% de valorização, seguidas por Via Varejo (VVAR3), com 13,76%, e Lojas Americanas (LAME4), com 13,61%. As varejistas vivem um momento de otimismo, fruto das expectativas positivas que a divulgação de dados do IBGE, na quarta-feira, alimentou no setor.
Confira a seguir o que influenciou o desempenho desses três papéis:
Cogna (COGN3): +20,14%
Os papéis ON da Cogna foram bem desde o início da semana. Já na abertura do pregão de segunda-feira, disparam 8,33%. O mercado repercutiu o anúncio do IPO da Vasta, subsidiária de serviços educacionais da Cogna, na Nasdaq, em Nova York. A oferta era esperada pelo mercado desde o final de 2019, e casas como o BTG Pactual afirmaram, há algumas semanas, que a oferta não estava incorporada aos preços das ações da Cogna.
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Na sexta, COGN3 teve o segundo maior avanço do Ibovespa. As ações da companhia de educação foram as mais negociadas do mercado, com mais de 110 mil operações, após a gestora Alaska anunciar aumento de participação, na véspera. Segundo a Cogna, o Alaska chegou a 188,589 milhões de ações ordinárias, o que representa 10,05% do capital social da empresa de educação.
De acordo com Márcio Gomes, analista da Necton Investimentos, o anúncio da oferta primária de ações (IPO, na sigla em inglês) da Vasta, braço de ensino básico da Cogna, desbloqueou o valor das ações.
“O papel voltou para regiões de R$ 10 e com o Alaska aumentando posição, o mercado como um todo comprou a oferta”, afirma Gomes.
Já Henrique Esteter, da Guide, destaca que a companhia encontra uma janela de crescimento após chegar a registrar uma das dez maiores perdas de valor de mercado em 2020.
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“Olhando comparativamente o rali da Cogna no ultimo mês, a Yduqs ficou estacionada e hoje as duas estão praticamente com a mesma performance no ano”, observa Esteter. Cogna acumula perdas de 24,41%, enquanto Yduqs recua 23,75%.
“Há uma perspectiva mais favorável e o fluxo forte na Cogna não deve parar tão cedo, principalmente com movimento grande de pessoa física”, prevê o analista.
COGN3 fechou a semana valendo R$ 8,65.
Via Varejo (VVAR3): +13,76%
A semana foi generosa para a Via Varejo e as demais varejistas em geral. Além dela e de Lojas Americanas – terceira desta lista -, também ganharam preço Magazine Luiza (+11,32%, quinta maior alta) e B2W Digital (+11,12%, sexta maior).
Esse movimento é fruto das expectativas positivas do setor de varejo. O otimismo está no ar desde quarta-feira, quando foi revelado pelo IBGE que as vendas em maio foram quase 14% superiores às de abril.
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Segundo Igor Cavaca, analista de renda variável da Warren, o mercado tem precificado esse maior otimismo em relação à retomada da economia.
“Tanto lá fora quanto aqui há diversos indicadores que estão sendo positivos, acima da expectativa do mercado, e isso tem mostrado que existe a possibilidade de a crise ter uma resistência menor do que era esperado”, afirma.
Entre maio e junho, o movimento nas lojas físicas do País aumentou 194%, enquanto nos shoppings centers, o crescimento foi de 126%. Em relação a junho de 2019, porém, as quedas ainda são fortes, de 70,94% e 75,94%, respectivamente.
VVAR3 fechou a semana cotada a R$ 17,69.
Lojas Americanas (LAME4): +13,61%
Além desse alto astral que contagiou o varejo como um todo, o papel das Lojas Americanas também teve uma boa semana por outra razão. O fato relevante que catapultou o desempenho de LAME4 foi o anúncio da empresa, na segunda-feira, de que vai fazer uma oferta primária de ações, envolvendo papéis ON e PN, e que pode trazer à B3 108 milhões de novas ações ON e 135 milhões de ações PN, com a captação de até R$ 7,040 bilhões.
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Cerca de R$ 3 bilhões seriam utilizados em uma capitalização via subscrição privada de ações da B2W. O restante seria investido no aplicativo Ame Digital, na integração dos negócios online e offline e na otimização da estrutura de capital da varejista.
Ao comentar a possibilidade de realização da oferta, a XP Investimentos chamou atenção em especial para o fortalecimento “significativo” do grupo Americanas-B2W no varejo digital. Esse tipo de visão, de fortalecimento do negócio com a captação de dinheiro sem os custos de um financiamento, que levou as ações da Via Varejo e do BTG Pactual a subirem mesmo durante follow-ons, pode se repetir neste caso.
“O mercado vê uma captação como algo mais saudável do que contrair um empréstimo. A reação pode ser em linha com a da Via Varejo”, diz Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos.
LAME4 encerrou a semana cotada a R$ 35,22.
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*Com Estadão Conteúdo
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