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- O Ibovespa encerrou o pregão desta quinta-feira (9) em baixa de 0,61%, aos 99.160,33 pontos, e teve giro financeiro de R$ 26,6 bilhões
- As três ações que mais ganharam preço no dia foram Lojas Americanas (LAME4), Eletrobrás PNB (ELET6) e Eletrobrás ON (ELET3)
A Bolsa já está quase lá novamente. O Ibovespa chegou a superar os 100 mil pontos no começo do pregão, algo que não ocorria há mais de 4 meses. Mas o movimento foi fugaz e, poucos minutos depois, o principal índice do mercado acionário brasileiro já oscilava em queda, alinhado à maioria dos pares norte-americanos. Essa toada negativa foi mantida até o fim e a Bolsa cedeu 0,61%, aos 99.160,33 pontos.
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No pregão anterior, o Ibovespa teve alta de 2,05% e ficou bem perto da linha psicológica dos 100 mil, perdida no início de março.
“Houve ruídos políticos nesta semana, com o Maia contrariando a visão do Guedes sobre privatizações este ano, no momento em que o governo busca alternativas para melhorar a arrecadação e encontrar alguma alternativa que contribua para readequar o fiscal, como tributação de dividendos e a volta da CPMF, ideias que não agradam”, diz Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus. “Com o dia negativo lá fora, e aproximação do fim de semana, a cautela acaba prevalecendo, até porque a realização (de lucros) tem sido pouca.”
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Na máxima de hoje, o Ibovespa foi a 100.191,24 pontos, maior nível intradia desde 6 de março (então aos 102.230,50), e, na mínima, retrocedeu a 98.860,83 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 26,6 bilhões. Na semana, o índice acumula ganho de 2,48% e, no mês, avança 4,32%, cedendo agora 14,25% em 2020.
As três ações que mais ganharam preço no dia foram Lojas Americanas (LAME4), Eletrobrás PNB (ELET6) e Eletrobrás ON (ELET3).
Confira o que influenciou o desempenho desses três papéis:
Lojas Americanas (LAME4): +10,12%
O bom resultado de LAME4, que teve a maior alta do pregão (+10,12%), é fruto das expectativas positivas do setor de varejo. O otimismo está no ar desde quarta-feira, quando foi revelado pelo IBGE que as vendas em maio foram quase 14% superiores às de abril.
Isso foi interpretado pelo mercado como mais uma sinalização de que, em relação à covid-19 o pior já passou para a economia. Entretanto, para Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, os dados do varejo em maio justificam menos uma entrada no setor do que os fatores de cada empresa – as captações no mercado entre eles.
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“Tem papéis bem interessantes, de empresas que conseguiram se adaptar, aumentar as vendas online. E muitas estão conseguindo acessar o mercado de capitais para levantar recursos”, afirma Cruz.
Entre maio e junho, o movimento nas lojas físicas do País aumentou 194%, enquanto nos shoppings centers, o crescimento foi de 126%. Em relação a junho de 2019, porém, as quedas ainda são fortes, de 70,94% e 75,94%, respectivamente.
Os dados são do Índice de Performance do Varejo (IPV), realizado pela FX Retail Analytics e pela F360º, plataforma de gestão de varejo para franquias, pequenos e médios varejistas, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).
Eletrobrás PNB (ELET6, +9,39%) e ON (ELET3, +8,60%)
Na quarta-feira, o Estadão/Broadcast apurou que o governo tenta garantir que a venda da Eletrobras não levará a um aumento nas tarifas de energia, e que o Ministério da Economia estaria disposto a elevar a fatia dos recursos obtidos com a privatização da companhia que iriam para Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
O projeto de venda encaminhado ao Congresso prevê que um terço da arrecadação vá à CDE. Os senadores querem uma quantia maior, de 50%.
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A pretensão do governo de ceder na matéria levou Eletrobras ON a subir 8,60%, e a ação PNB, 9,39%, completando as três maiores altas do dia.
Os investidores viam nas notícias a sinalização de que o projeto de desestatização da companhia pode enfrentar menos resistências no Legislativo, e assim, passar mais rápido do que se previa.
“Sempre foi um tema que a gente sabia que exigia um cuidado maior, especialmente no Senado. E a venda seria muito positiva para o País”, comentou Jorge Junqueira, sócio da Gauss Capital.
A informação se somou às sinalizações dadas desde o final de semana pelo titular da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a possibilidade de privatizações ainda em 2020.
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“Essa negociação não significa que a privatização sai em 2020, mas mostra que vai amadurecer mais rapidamente, facilitando o processo”, disse Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.
*Com Estadão Conteúdo