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- O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira (14) em alta de 1,77%, aos 100.440,23 pontos, e teve giro financeiro de R$ 29,4 bilhões
- As três ações que mais ganharam preço foram Vale (VALE3), Bradespar (BRAP4) e Ultrapar (UGPA3)
Hoje foi um dia de instabilidade para o Ibovespa, em meio a sinais trocados tanto das bolsas estrangeiras como do próprio noticiário doméstico. Em Nova York, o Nasdaq abriu em baixa, enquanto o Dow Jones e o S&P 500 tinham viés de alta; à tarde os três índices passaram a subir, puxados pelos bons resultados dos setores bancário e de energia dos Estados Unidos.
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Já no Brasil, o Banco Central divulgou o resultado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de maio, que veio abaixo do esperado, derrubando ações de empresas relacionadas ao consumo. O indicador subiu 1,31% no período, ficando aquém do piso de 1,9% das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast, cujo teto era de 7,2%, com mediana de 4,4%.
Por outro lado, quem sorriu para valer foram os acionistas da Vale. O papel terminou o dia não só com a maior alta do Ibovespa, como também com valor de mercado na máxima histórica, graças à cotação do minério de ferro, que vem se mantendo bem acima de US$ 100 a tonelada.
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O peso de Vale, Petrobras e B3 ajudou a garantir o terreno positivo para o Ibovespa, que encerrou o pregão em alta de 1,77%, aos 100.440,23 pontos, e teve giro financeiro de R$ 29,4 bilhões.
As três ações que mais ganharam preço no dia foram Vale (VALE3), Bradespar (BRAP4) e Ultrapar (UGPA3).
Confira o que influenciou o desempenho desses três papéis.
Vale (VALE3): +7,03% e Bradespar (BRAP4): +6,74%
As vencedoras desta terça-feira foram a Vale, com alta de 7,03%, e a Bradespar, uma das maiores acionistas da mineradora, com 6,74% de ganho. Os dois papéis acompanharam a nova alta do minério de ferro em Qingdao, na China. A commodity ultrapassou os US$ 112 a tonelada em meio a revisões de bancos como o JPMorgan para os preços do insumo.
O JP acredita que a tonelada do minério pode chegar ao final de 2020 com preço de US$ 93, dado que a produção de aço na China tem quebrado recordes e os embarques da commodity para o país asiático, por outro lado, têm crescido de forma tímida.
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Além do dólar em um patamar ainda alto, a economista da Toro Investimentos, Paloma Brum, destaca que cada US$ 1 de alta na cotação da commodity representa um aumento de R$ 300 milhões no Ebitda da mineradora.
A forte alta leva a ação da mineradora a superar níveis históricos de preço, fechando em R$ 61,59. Enquanto isso, o valor de mercado da Vale é o maior desde o Plano Real: R$ 326 bilhões. Em relação ao primeiro pregão após o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), quando fechou em R$ 218,7 bilhões, ela já acumulou crescimento de quase 50% em seu valor de mercado.
Também pesou para o bom desempenho de VALE3 a expectativa de retomada do pagamento de dividendos, que deve ser anunciada junto com os resultados do segundo trimestre de 2020.
Ultrapar (UGPA3): +6,44%
As ações da Ultrapar completam a trinca de campeãs do dia, com alta de 6,44% e os investidores atentos a uma perspectiva mais positiva para a empresa. Ontem, a companhia precificou a emissão de notas no exterior no valor de US$ 350 milhões. Os papéis terão vencimento em 2029, e os juros oferecidos aos investidores são de 5,25% ao ano. A operação se refere a uma reabertura das notas emitidas em 2019.
Na avaliação da economista Paloma Brum, da Toro Investimentos, essa emissão de US$ 350 milhões no exterior chama a atenção. “Com essa entrada de dinheiro a companhia ganha mais fôlego. Em um período ainda incerto como o que vemos hoje, isso traz um pouco de segurança sobre o seu caixa”, observa.
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De fato, o dinheiro vem em boa hora para a empresa, sobretudo por conta das dificuldades enfrentadas por seus principais negócios, como a rede de postos Ipiranga.
*Com Estadão Conteúdo
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