- Analistas do Bradesco BBI consideram haver apoio do Congresso para equipe econômica manter teto de gastos, mas recomendam cautela
- Cenário faz banco manter carteira de longo prazo, com foco em companhias exportadoras atrativas
(Reuters) – O Brasil continua com classificação ‘overweight’ para ações brasileiras em portfólio para a América Latina do Bradesco BBI, que vê o Congresso apoiando a equipe econômica na manutenção do teto de gastos, embora admita que precisa de mais alguns meses para garantir uma clareza maior.
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A equipe liderada por Andre Carvalho estima que o Ibovespa terminará o ano em 107 mil pontos, cerca de 12% acima do patamar atual, avançando para 130 mil pontos no final de 2021. No momento, eles veem ações brasileiras precificando altos riscos políticos e fiscais.
“Políticos irão apoiar a equipe econômica para cumprir o limite de gastos em 2021 e parar de pagar ajuda de emergência antes que a vacina contra covid-19 chegue? Achamos que sim, mas reconhecemos que precisaremos de alguns meses para garantir uma maior clareza”, observaram em relatório a clientes.
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Carvalho e equipe avaliam que os prêmios de risco irão diminuir, com austeridade fiscal e recuperação dos lucros, que o caminho terá obstáculos nos próximos meses, o que os faz manter um portfólio posicionado em ações de valor, com foco no longo prazo e de companhias exportadoras atrativas.
Na América Latina, o Bradesco BBI tem classificação ‘neutra” para México e Peru e ‘underweight’ para Colômbia, Chile e Argentina.
Bancos, Vale, Petro, B3… A carteira do Bradesco BBI
A carteira para a região inclui Itaú Unibanco (ITUB4), Santander Brasil (SANB11), B3 (B3SA3), BR Distribuidora (BRDT3), Lojas Renner (LREN3), Notre Dame Intermédica (GNDI3), Ecorodovias (ECOR3), Iguatemi (IGTA3), Vale (VALE3) e Petrobras PN (PETR4), no caso das brasileiras.
Também fazem parte Banorte, Bolsa Mexicana, Walmex, Fibra Danhos e Pinfra, do México; Copec COPEC e CMPC, do Chile; e Credicorp, do Peru.