Mercado

Paulo Guedes sair do governo é o maior risco do Brasil, indicam gestoras

Consulta do Bradesco BBI indica perspectivas para os mercados e a economia do País

Paulo Guedes sair do governo é o maior risco do Brasil, indicam gestoras
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
  • Paulo Guedes deixar o governo é o principal risco do País no momento. Maioria dos gestores acreditam que a probabilidade de isso acontecer está entre 10% e 30%
  • Atualmente, há uma avaliação de que a retomada da economia será bem mais lenta
  • Em comparação à primeira enquete, gestores acreditam que dólar vai terminar o ano mais alto

Durante os dias 4 e 5 de maio, o Bradesco BBI consultou 101 representantes das principais gestoras de recursos do Brasil sobre as perspectivas para os mercados e a economia do País. Este é o terceiro levantamento da instituição desde que a pandemia começou. O primeiro foi feito no mês de março e o segundo em abril.

Na nova pesquisa, o Bradesco BBI verificou que a saída de Paulo Guedes do governo é o principal risco que o País corre na visão dos consultados. Além disso, houve uma nítida piora na avaliação sobre o tempo necessário para a volta à normalidade e, consequentemente, sobre o desempenho esperado da economia.

O E-Investidor listou as principais conclusões que o Bradesco BBI fez com base nas respostas das gestoras.

Paulo Guedes sair do governo é o principal risco

Segundo o levantamento, o principal risco que os gestores enxergam para o País no momento é o ministro Paulo Guedes sair do governo (40,6%). Em seguida, estão a segunda onda da covid-19 (34,7%) e a falência das empresas brasileiras (14,9%).

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Sobre a probabilidade de Guedes deixar o cargo, 41,6% deles acreditam que há entre 10% e 30% de chances. Outros 24,8% responderam que esta possibilidade está entre 30% e 50%, enquanto 14,9% apontaram entre 50% e 70%.

A economia vai demorar para retomar suas atividades

Agora há uma nova avaliação sobre a retomada da economia. No levantamento feito há um mês, 16% dos consultados acreditavam que as atividades voltariam até o fim de maio e 56% somente de julho em diante.

Agora, ninguém espera que ocorra até o fim de maio: 68% creem que ocorra no terceiro trimestre de 2020 e 24% depois de setembro.

Dólar mais alto

Na primeira enquete, 30,7% dos gestores acreditavam que o valor da moeda americana no final do ano seria entre R$ 4,91 e R$ 5,10 ou acima de R$ 5,10.

Agora, 40% deles acreditam que a cotação será acima de R$ 5,30 no final de 2020, 27% entre R$ 5,10 ou R$ 5,30 e 23% entre R$ 4,91 e R$ 5,10.

Há um mês, o valor esperado para a moeda era de R$ 5 no final de 2020. A cotação atual é de R$ 5,82, no fechamento desta quinta-feira (14).

Gestores agora preferem ações de empresas do varejo

Segundo dados da enquete de abril, o top 3 de setores que os gestores comprariam para adicionar ao seu portfólio seriam o elétrico (20,2%), de bancos (20,2%) e do varejo (16%).

Na enquete do mês de maio, o top 3 continua o mesmo, mas em ordem diferente. Segundo os dados, agora os gestores têm preferência para adicionar ao seu portfólio ações de empresas do setor do varejo (20,2%), bancos (18,2%) e elétrico (15,2%).

Fugindo do risco

Os dados do segundo levantamento mostraram que 65,3% dos gestores responderam “não” quando perguntado se pretendiam aumentar o beta do seu portfólio nos próximos dez dias.

Publicidade

Já na terceiro, 80,08% responderam “não” quando questionados se tem a intenção de aumentar o beta do seu portfólio nos próximos 30 dias.

Ofertas secundárias de ações dos setores de saúde e varejo

Perguntados se teriam interesse em participar de ofertas secundárias de ações e de quais setores, 40% responderam que estão de portas abertas para a área da saúde. Na sequência, 37,9% indicaram o varejo.

Informe seu e-mail

Faça com que esse conteúdo ajude mais investidores. Compartilhe com os seus contatos