New Climate: falta transparência climática para gigantes globais

O relatório que monitora o comprometimento com o clima de 25 das maiores empresas do mundo aponta que a redução das emissões agregadas de gás carbônico das companhias analisadas chega, no máximo, a 40%. Longe da meta, que é de 100%, ou seja, emissão líquida neutra também nomeada de “net-zero”. As brasileiras JBS (JBSS3) e Vale (VALE3) integram a lista.

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Gigantes globais como Google, Amazon, Apple, BMW Group e Enel também foram avaliadas. O documento foi elaborado pelo New Climate Institute em parceria com o Carbon Market Watch.

Entre as razões para a busca pela diminuição das emissões de carbono, está o objetivo de atingir a meta da ONU e outras instituições de evitar o aquecimento global com o aumento médio de 1,5°C da temperatura global até 2040.

Chamado Corporate Climate Responsibility Monitor 2022, o documento mostra que as 25 companhias são responsáveis por 5% do total das emissões globais de Gases de Efeito Estufa (GEE). Em 2019, segundo o auto-relato das respectivas empresas.

Nenhuma das empresas avaliadas foram classificadas como “integridade alta” ou “alta transparência”.

Segundo análise da Vale, que se comprometeu a se tornar neutra em carbono até 2050, o documento destaca que a mineradora brasileira implementa uma série de medidas de redução de emissão em todos os escopos, alguns dos quais são inovadores e poderia levar a reduções substanciais “Por outro lado, em uma visão abrangente, falta a estratégia de redução de emissões da Vale, e o provável impacto de redução das medidas propostas não permanece claro”, afirma do relatório.

A meta da Vale visa a autoprodução de 100% da energia para consumo até 2025 no Brasil e em 2030 nos outros países onde atua. Apesar do objetivo divulgado, o Monitor reafirma que falta clareza para realizar uma avaliação abrangente.

No caso da JBS, que anunciou sua meta de net-zero para 2040, o cenário é mais preocupante. “Na divulgação de auto-análise e anúncio da meta líquida zero para 2040, a empresa não consegue assumir a responsabilidade por cerca de 97% de suas emissões, negligenciando as emissões das fazendas e confinamentos que não são de propriedade da JBS e aquelas relacionadas ao desmatamento”, diz o documento.

O relatório complementa que, apesar da pretensão de crescimento da empresa em uma indústria intensiva em emissões de GEE, não foram encontradas evidências de quaisquer medidas de descarbonização profunda planejadas.

Confira a classificação do nível de transparência climática das companhias:

Confira a classificação do nível de integridade climática das companhias:

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