Eleição e guerra devem intensificar inflação e gerar populismo fiscal

Wladimir D’Andrade – A Kapitalo Investimentos vê nas eleições presidenciais deste ano e os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia os principais fatores de risco para a economia brasileira, segundo a Carta do Gestor de fevereiro. Para a gestora dos fundos multimercados Kappa FIN e Zeta FIQ, o conjunto destes eventos devem levar a uma “pequena melhora” no balanço externo, “piora significativa” da inflação e “um incentivo extra ao populismo fiscal”.

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A gestora analisa que os dados positivos da balança comercial em fevereiro e o aumento das taxas de juros ajudam na valorização do real perante o dólar norte-americano, movimento que tem sido observado no mercado nos últimos dias. Porém, a inflação e o aumento dos preços das commodities “mais do que compensa a valorização da moeda e do corte de impostos”.

As incertezas, afirma a Kapitalo, seguem em patamares elevados diante da inflação global e do choque de oferta de produtos decorrentes das sanções impostas à Rússia. Para os Estados Unidos, a gestora vê mudanças no discurso do Fed, o banco central norte-americano, indicando uma alta maior e mais rápida nos juros. No caso da China, a Kapitalo enxerga indícios de uma melhora na atividade por conta de ações do governo como a adoção de uma política monetária expansionista.

Fundos

Os fundos Kappa FIN e Zeta FIQ apresentaram, respectivamente, quedas de 0,17% e de 0,98% no mês de fevereiro. Segundo a Kapitalo, contribuíram negativamente as posições de bolsa e commodities e positivamente as posições juros e moedas.

Na Bolsa, enquanto houve ganhos em papeis dos setores de construção, óleo e gás e bancos, as perdas decorreram dos setores de consumo, mineração e siderurgia e transporte e logística.

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