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Santander Asset: “Enfrentamento bélico aumenta o risco de estagflação”

Gestora divulgou a carta mensal de março e ressaltou o cenário adverso para os ativos de risco

Santander Asset: “Enfrentamento bélico aumenta o risco de estagflação”
Exército da Ucrânia se movimenta no sul do país. Foto: Reuters
  • Para a Santander Asset, a guerra entre Rússia e Ucrânia eleva o risco de o mundo sofrer um processo de estagflação - uma combinação de estagnação econômica com inflação alta

Para a Santander Asset, a guerra entre Rússia e Ucrânia eleva o risco de o mundo sofrer um processo de estagflação – uma combinação de estagnação econômica com inflação alta. Em relação às bolsas de valores, a gestora do banco Santander continua com uma visão cautelosa.

“Para alocações em renda variável, o cenário se tornou mais desafiador, principalmente pelo lado internacional. Destacamos o agravamento dos conflitos no Leste europeu e a sinalização de ajuste monetário mais firme dos principais bancos centrais como os maiores empecilhos para uma descompressão do cenário para a Bolsa”, explica a asset.

No cenário doméstico, o Ibovespa continua favorecido pelo forte fluxo estrangeiro na B3 e acumula uma alta de 8,54% em 2022. Essa migração de capital para o País acontece pela ‘atratividade relativa’ das ações, ou seja, pelo desconto na bolsa brasileira em relação aos pares.

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Ainda assim, a Santander Asset vê uma conjuntura nebulosa à frente. “Adotamos uma visão de maior cautela para a Bolsa local, que pode sofrer impactos das incertezas provenientes de juros elevados, inflação pressionada, menor atividade econômica e volatilidade associada às tensões geopolíticas e ao cenário político e fiscal local”.

Já na renda fixa tradicional, a instituição destaca a alta na curva de juros por conta das políticas monetárias mais restritivas. No Brasil, a asset elevou as expectativas para a taxa de juros Selic de 11,75% para 12,25% até o final deste ano, enquanto a inflação deve encerrar o período em 5,9% e o PIB com crescimento de 0,5%.

É esperado também que os juros americanos fechem 2022 em 2% e atinjam o patamar considerado ‘neutro’, de 2,5%, no início de 2023. “Continuamos com visão de maior cautela para a renda fixa em razão de persistência de pressões inflacionárias, aliada às incertezas trazidas pelo quadro fiscal e pelo agravamento do cenário geopolítico global”.

A visão positiva fica para a classe de crédito privado. “O ciclo de alta de Selic e a procura por instrumentos de renda fixa mais conservadores devem continuar favorecendo a captação de fundos de crédito e, por consequência, o fechamento de spreads dos títulos”, afirma a asset.

O real permanece na corda bamba frente ao dólar, segunda a Santander Asset. Por um lado, o fluxo estrangeiro e o diferencial de juros com a economia americana favorecem a apreciação do Real. Por outro, a retirada de estímulos monetários globais, as tensões geopolíticas no exterior e as incertezas de natureza fiscal no âmbito local poderiam enfraquecer a moeda nacional. De acordo com as projeções da gestora, o dólar deve terminar 2022 em R$ 5,30.

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