- No painel “Como a política pode impactar seus investimentos em ano eleitoral”, Decat afirmou que os investidores olham hoje para a questão fiscal e inflação e ‘mais nada’. Isto é, em vez da corrida eleitoral, são as atividades do Congresso que podem produzir volatilidade na bolsa de valores
O mercado financeiro ainda não está preocupado com as eleições presidenciais, diz Erich Decat, analista de risco político da DKPG que participou do primeiro dia da Gramado Summit, conferência de inovação, tecnologia e finanças.
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No painel “Como a política pode impactar seus investimentos em ano eleitoral”, Decat afirmou que os investidores olham hoje para a questão fiscal e inflação e ‘mais nada’. Isto é, em vez da corrida eleitoral, são as atividades do Congresso que podem produzir volatilidade na bolsa de valores.
A PEC do ICMS e os projetos ‘bomba’ de aumentar e/ou prorrogar o auxílio emergencial são exemplos de propostas observadas de perto pelo mercado e que devem pressionar os preços da Bolsa, caso avancem.
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“Em ano de eleição o Congresso é muito criativo em relação a gastos fiscais”, afirma Decat. “Se a ideia da PEC do ICMS avançar, vai ter impacto negativo na Bolsa. E dentro dessa PEC podem ser enxertados vários outros assuntos, temas que atinjam o governo federal, que atinjam os impostos federais, sem compensação.”
Decat afirma também que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não assusta mais o mercado. “Mesmo Lula dizendo que ia estourar o teto de gastos, que era contra o teto de gastos, há muito movimento no sentido de ‘ok, é o que temos’”, diz.
Na outra ponta, ainda há incertezas sobre qual será o direcionamento de uma eventual reeleição de Jair Bolsonaro (PL). “Qual a agenda dele em um segundo mandato? O que seria um Bolsonaro II? Hoje ninguém tem essa resposta”, afirma Decat. “E o sentimento do mercado financeiro é de que o Paulo Guedes não fica mais.”
A terceira via, apesar de ainda desorganizada, é a esperança dos agentes financeiros. Segundo Decat, a grande questão que os investidores irão acompanhar é a popularidade dos candidatos de centro. O cenário eleitoral irá começar a ganhar mais peso a partir de julho.
“Eu não consideroAS pesquisas de hoje válidas. Tem uma galera de centro que é silenciosa, que não está nas redes sociais brigando. E é uma galera que vai decidir na hora, e que não são capturadas pelas pesquisas. Essa turma de centro é pendular, uma hora está esquerda e outra para direita, só vai se decidir na hora”, diz o especialista.
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