Eleven prevê salto de 46% na ação da CVC (CVCB3) e recomenda compra

Eleven prevê preço-alvo de R$ 30 para a ação, que fechou a R$ 20,54 na sexta-feira
Apesar de ainda registrar queda acumulada de 49,65% em 2020, o CVCB3 se valorizou 300% nos últimos seis meses
No último dia 13, a companhia também encerrou as pendências com a CVM e publicou o balanço do 3TRI20

A Eleven Financial Research elevou a recomendação para a CVC (CVCB3) de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 30. Até o fechamento da última sexta-feira (4), os papéis da operadora de turismo estavam cotados a R$ 20,54. A estimativa, portanto, representa um salto de 46% em relação ao patamar atual.

A casa de análises financeiras ressaltou a conclusão do processo de repactuação das debêntures ao final de novembro e os avanços no desenvolvimento das vacinas contra o coronavírus como principais fatores que explicam a recuperação dos papéis da CVC este ano. Apesar de ainda registrar queda acumulada de 49,65% em 2020, o CVCB3 se valorizou 300% somente nos últimos seis meses (de R$6,50 em março para o patamar atual de R$ 20,00).

“O acordo com os debenturistas para renegociação da dívida garante a continuidade dos negócios da CVC Corp que, combinado ao aumento de capital realizado em julho, lhe confere fôlego financeiro até a retomada da sua performance operacional, que já mostrou sinais de melhora”, explicam Daniela Bretthauer, Eric Huang e Tales Granell, especialistas que assinam o relatório.

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No último dia 13 de novembro, a companhia também encerrou as pendências com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e publicou o balanço do terceiro trimestre de 2020. Entre julho e agosto, a operadora de viagens teve prejuízo líquido consolidado de R$ 215,5 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 13,2 milhões obtido um ano antes. Contudo, a geração de caixa operacional até setembro teria atingido R$ 1,2 bilhão em 2020, ante R$ 247,2 milhões no mesmo período de 2019.

Para a Eleven, a CVC deverá continuar ganhando participação no mercado, uma vez que muitos dos concorrentes do segmento não conseguiram sobreviver à pandemia ou operar com a mesma estrutura.

O setor de turismo foi um dos mais impactos pelas restrições de circulação impostas pelo coronavírus, mas o pior parece ter passado. “Consultas de busca por viagens no Google Trends, a retomada da taxa de ocupação nos voos domésticos operados pelas companhias aéreas e o aumento das consultas, reservas e orçamentos de viagens junto às agências de turismo e à própria CVC justificam a nova revisão de nossas estimativas de resultados”, diz a Eleven.