Ascenção e queda do Banco Master marcaram a história do mercado financeiro brasileiro (Foto: Adobe Stock)
O Banco Master foi liquidado pelo Banco Central em novembro de 2025, sob alegação de “grave crise de liquidez” e “violações às normas” do sistema financeiro nacional. A instituição financeira já estava no radar do mercado pelo crescimento rápido, sustentado por uma emissão massiva de Certificados de Depósito Bancário (CDBs).
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Grande parte desses ativos caiu nas mãos de pessoas físicas, atraídas pelas “maiores rentabilidades do mercado” e que agora dependem do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para o ressarcimento do dinheiro investido. Se a emissão de CDBs estava nos holofotes, o uso de fundos de investimento para investir o dinheiro captado em ativos pouco usuais, por vezes, passava despercebido.
Este é um especial sobre a crise do Banco Master, com matérias exclusivas e furos de reportagem que ajudam o leitor a entender a teia de transações financeiras em que o conglomerado bancário estava envolvido, antes e depois da liquidação da instituição. Veja a seguir:
Como R$ 88 milhões da Gafisa foram parar na conta do Banco Master e por que isso afeta a família Klabin
Durante três anos, a construtora abasteceu as contas de empreendimentos ligados a Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master. Procurados, Gafisa, Master, Nelson Tanure e Daniel Vorcaro não comentaram (leia aqui).
Fundos do Banco Master compraram capital relevante do BRB sem divulgar ao mercado
Aquisições começaram no ano passado. O E-Investidor questionou o Banco de Brasília, que disse ter seguido as normas da CVM; o Master optou por não se pronunciar (leia aqui).
Fundos da Reag investigados na Carbono Oculto movimentaram mais de R$ 1,2 bi em títulos do Banco Master
Para especialistas, transações sugerem movimento do banco para se financiar; gestora alega que agiu de forma regular e Master diz que é apenas um entre centenas de clientes da Reag (leia aqui).
Banco Master sofre liquidação e Daniel Vorcaro é preso: como reaver o dinheiro aplicado em CDBs?
Entenda como solicitar ressarcimento via FGC e o que acontece agora com a instituição financeira (leia aqui).
XP e BTG podem ser responsabilizados pela venda dos CDBs do Master?
E-Investidor apurou que a XP e BTG Pactual venderam mais de R$ 32,7 bilhões em CDBs do Master. Procurados, corretora e banco não quiseram comentar (leia aqui).
14 instituições de previdência aplicaram em fundo imobiliário do Master que já perdeu 70% de valor de mercado
Fundo Macam Shopping, administrado pela Master Corretora e gerido pela BlueMac, teve contas de 2024 reprovadas. Procurada, a Master não se manifestou e a BlueMac diz que patrimônio performa bem apesar da queda das cotas. Com exceção do Instituto de Previdência de Silva Jardim (IPSJ), demais fundos não comentaram (leia aqui).